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Amargo Contrato de Casamento romance Capítulo 14

Elizabeth

A casa do pai de Elizabeth não era uma mansão, mas ainda assim se destacava como uma das mais imponentes do bairro nobre em ascensão.

James, atento, permaneceu próximo enquanto ela subia os degraus da entrada.

Tocou a campainha com firmeza. Alguns segundos depois, uma empregada abriu a porta, surpresa ao vê-la.

— Senhora Elizabeth... que surpresa! — disse, dando passagem.

— Bom dia, Dolores — respondeu ela com um leve sorriso, entrando.

A casa havia mudado.

Seu antigo piano vertical havia desaparecido. A decoração, antes discreta e sofisticada, foi substituída por elementos de ostentação exagerada.

Não demorou para sua madrasta aparecer no topo da escada, descendo com um sorriso nos lábios. Afinal, agora Elizabeth era a senhora Walker.

— Elizabeth, que surpresa! — exclamou, demonstrando uma alegria forçada. — Não esperava vê-la tão cedo.

— Onde está papai? — perguntou ela, sem rodeios.

— Está no escritório. Mas... por que essa cara? — retrucou a mulher, notando o semblante sério da enteada. — E essas roupas... — comentou, referindo-se ao vestido cinza que ela usava.

— Preciso falar com ele — disse Elizabeth, já se dirigindo apressada para o escritório, com a madrasta logo atrás.

Ao entrar no pequeno cômodo, Peter a olhou surpreso, mas havia uma visível alegria em seu rosto.

— Elizabeth, querida, que surpresa.

Ele Levantou-se para abraçá-la. Elizabeth correspondeu, ainda que de forma relutante.

— Não esperava vê-la tão cedo. Afinal, você está recém-casada...

— É sobre isso que quero conversar.

— Como? — ele pareceu confuso.

— Sobre o contrato de casamento — respondeu, séria.

O leve franzir de cenho denunciou o desconforto de Peter.

— Por que isso agora? — perguntou, tentando compreender.

Ele a encarou por alguns segundos.

A madrasta aproximou-se e se colocou ao lado do marido, percebendo que talvez fosse melhor intervir.

— Você assinou o contrato. Por que quer falar sobre ele agora? — questionou Helen, curiosa.

Foi ela quem a convencera de que o acordo não tinha nada de mais.

— Quero lê-lo.

— Agora? Mas por quê? Aconteceu alguma coisa? John a está tratando mal? — perguntou o pai, visivelmente preocupado.

— Pra que isso agora, Elizabeth? Você já está casada...

A voz de Helen vacilou, revelando um nervosismo que não passou despercebido por Elizabeth.

— Por favor, pai. Eu tenho o direito de ler esse contrato.

— Está bem — disse ele, com a voz cansada.

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