Elizabeth se espreguiçou lentamente entre os lençois de seda, sorrindo ao sentir a pele quente de John ao seu lado. Ao virar, deparou-se com o olhar dele, que a observava com um sorriso sereno e apaixonado.
— Bom dia, meu amor — disse ele, acariciando de leve o rosto dela, como quem toca algo precioso.
— Bom dia... — respondeu ela, com o rosto radiante, mal contendo o sorriso.
O brilho nos olhos dela foi suficiente para que ele se inclinasse e a beijasse, primeiro com ternura… depois, com um desejo crescente que os arrastou novamente para o turbilhão de carícias e promessas sussurradas.
Elizabeth se deixou levar, entregando-se sem reservas. Já não sabia dizer quantas vezes se uniram, mas a cada vez, John revelava uma nova forma de amar.
Quando, enfim, descansaram, John deslizou os dedos pelo rosto de pele macia da esposa, como se quisesse gravar aquele momento na memória.
— Nossa... Como eu te amo — confessou, com um sorriso que beirava a adoração.
Ela sorriu, acariciando o queixo forte dele, traçando o contorno dos lábios com a ponta dos dedos.
— Eu te amo mais... — disse, antes de apoiar o rosto no peito dele, ouvindo o som firme de seu coração. Seus dedos, curiosos, desenhavam lentamente cada linha dos músculos dos braços dele, depois subiam até o rosto, apertando-lhe de leve as bochechas com um olhar divertido.
— John... — começou ela, mordendo os lábios, fingindo estar séria. — Preciso te dizer uma coisa muito importante...
Ele arqueou uma sobrancelha, interrompendo o carinho nos cabelos dela.
— O quê?
— Estou... morrendo de fome! — anunciou, e caiu na risada.
John gargalhou junto, passando a mão pelo rosto, fingindo indignação.
— Eu também! E muito! — respondeu, puxando-a pela cintura. — Acho que gastamos mais energia do que imaginávamos.
Após um banho longo, onde novas carícias quase os fizeram esquecer da fome mais uma vez, finalmente desceram as escadas. A casa, antes fria e impessoal, agora respirava vida. As cores suaves e os detalhes escolhidos enchiam cada cômodo de aconchego. A cozinha, também remodelada, com detalhes em madeira clara, mármore e flores frescas, exalava a sensação de lar.
Ela se dirigiu naturalmente até a ilha central, mas foi impedida por John, que segurou sua mão.
— Não, senhora. Hoje quem vai cozinhar para você é o chef John Walker.
Ela riu, surpresa.
— Você sabe cozinhar?
— Na universidade tive que me virar... — respondeu, abrindo as portas dos armários com desenvoltura. — E, modéstia à parte, aprendi direitinho.
Ele começou a preparar os ingredientes com mais entusiasmo do que técnica, o que rendeu momentos de riso, trapalhadas e alguns beijos roubados entre mexer panelas e preparos. Quase deixaram a panela queimar duas vezes. Por fim, montaram uma mesa simples, mas repleta de amor, e comeram com fome de quem havia celebrado a vida.
— Está delicioso — elogiou Elizabeth, limpando os lábios com o guardanapo. — Nem sabia que estava com tanta fome assim.
John a olhou, apoiando o queixo na mão, sorrindo de canto.
— É porque gastamos muita energia... — disse, piscando de forma provocante, fazendo-a corar.
— John... — ela riu, disfarçando o embaraço e apertando a mão dele sobre a mesa. — Posso te pedir uma coisa?
Ele entrelaçou os dedos nos dela e beijou suas mãos com carinho.
— Tudo. O que você quiser.
Martha deu um longo suspiro.
— Está bem.
Anne aliviada passou a ligação para Bruce, que ao saber quem era, apertou os lábios, pensando como lidar com a mãe do chefe, já era difícil lidar com John e a mãe tinha o mesmo temperamento
— Senhora Sinclair. — Disse educadamente.
— Bruce. Onde está o John? — A voz autoritária do outro lado não deixava margem para desculpas.
— Senhora, sinto informá-la mas o senhor Walker, está em viagem e não sei o destino.
Não era mentira, após retornarem na região serrana, John informou que iria se afastar do trabalho por uns dias e que sairia em lua de mel com a esposa. Bruce nunca tinha visto o chefe tão feliz, parecia um adolescente apaixonado pelo primeiro amor. Pelo jeito a família dele não sabia o que estava acontecendo.
— Como você não sabe? Você é o assistente dele. Foi o John que pediu para não me contar? Ele viajou com a esposa? Para onde foi? — Martha tentava manter a voz controlada, mas era possível perceber o esforço dela no tom da voz.
— Sim… não… — Bruce se atrapalhou na resposta. — Quero dizer. Ele viajou com a esposa, sim. Só não fui informado do destino, senhora Sinclair.
— Escute bem. Quando John entrar em contato com você. E ele vai… diga quero falar com ele com urgência.
— Sim, senhora.
A ligação foi interrompida, Bruce deu um suspiro. “Mais essa agora” pensou.
John tinha um celular exclusivo para manter contato só com ele, mas só ligava em caso de urgência. Por isso, apenas digitou uma mensagem dizendo que a mãe queria falar com ele e voltou ao trabalho precisava manter o mínimo da demanda da empresa em dia.
Martha por sua vez largou o celular. “Não vou perder a calma”

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Amargo Contrato de Casamento
Olá, quero deixar aqui meus sinceros parabéns por essa linda história, eu amei. Que Deus abençoe vc e toda a sua família...
História linda e emocionante como a fé e o amor são capazes de transformar vidas....
Maravilho...