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Amargo Contrato de Casamento romance Capítulo 156

John e Elizabeth

— Tudo bem? — perguntou John, após ajustar com cuidado os últimos detalhes da jaqueta de couro de Elizabeth. O tecido se moldava perfeitamente às curvas dela, realçando ainda mais seu corpo. O cabelo estava preso em uma trança longa que repousava sobre o ombro, e os olhos brilhavam em um misto de expectativa e ansiedade.

— Sim — respondeu ela com um leve sorriso, tentando esconder a apreensão.

— Deixa eu te ajudar. — John pegou o capacete, segurando-o firme, e com delicadeza o encaixou na cabeça dela. Seus dedos roçaram de leve o rosto de Elizabeth ao prender a fivela. — Está me ouvindo? — perguntou, ligando o intercomunicador embutido.

— Sim, e muito bem — a voz dela soou clara nos ouvidos de John, o que o fez sorrir satisfeito.

— Ótimo. Já andou de moto antes?

Elizabeth balançou a cabeça, mordendo o lábio inferior. — Não, nunca.

— Você confia em mim? — John a fitou, sério.

— Sempre — respondeu sem hesitar, seus olhos firmes nos dele.

— Então é só segurar em mim e acompanhar o movimento. Nada de medo. Está bem?

— Entendi — murmurou, o coração acelerado.

John montou em sua imponente BMW, os reflexos cromados brilhando sob o sol. Com um gesto, a orientou sobre como subir. Elizabeth seguiu as instruções com cuidado, apoiando-se, até se acomodar. Assim que abraçou o marido por trás, ele soltou um riso baixo e com uma das mãos acariciou o braço dela.

— Agora sim. Está pronta?

— Pronta — respondeu firme, mas no fundo sentia um frio na barriga.

John girou a chave e o ronco do motor vibrou, arrepiando Elizabeth dos pés à cabeça. A moto deslizou devagar, e, apesar do estranhamento inicial, a sensação de liberdade logo tomou conta dela. Assim que saíram da mansão, ela sentiu o vento que batia em sua trança, a estrada se abria à frente, e cada curva parecia uma dança em que ela confiava plenamente nos movimentos de John.

Dois seguranças seguiram em outras duas motos, John havia redobrado os cuidados com a segurança de Elizabeth e a própria, temia que algo acontecesse a ela, além de James sempre que Elizabeth saia um outro carro dava cobertura.

Encontraram Marcus com Marion e Daniel com Sophia no posto de sempre. O som das risadas, os cumprimentos calorosos e a empolgação em comum transformaram aquele encontro em algo especial. Era a primeira vez que os três amigos pilotavam juntos acompanhados de suas parceiras.

Desta vez John não dispensou os seguranças que mantinham uma distância para não atrapalhar a liberdade do grupo de amigos, mas atentos a qualquer movimento suspeito.

Depois de alguns quilômetros pela estrada sinuosa, pararam em um mirante com restaurante. O lugar oferecia uma vista espetacular das montanhas. Após um almoço descontraído, recheado de conversas leves e provocações entre os casais, as mulheres se encantaram com a vitrine de doces caseiros e caminharam até ela, rindo e trocando comentários animados.

Enquanto isso, John, Marcus e Daniel permaneceram à mesa, observando de longe.

— John, o que aconteceu? — Marcus foi o primeiro a quebrar o silêncio, arqueando a sobrancelha em tom divertido. — Você e Elizabeth finalmente se acertaram.

John recostou-se na cadeira, os olhos seguindo Elizabeth enquanto ela examinava os doces com Marion e Sophia. Um sorriso sereno surgiu em seus lábios.

— Mais que isso — respondeu, a voz carregada de emoção. — Eu descobri que amo essa mulher mais que tudo nessa vida.

Daniel e Marcus se entreolharam, surpresos pelo tom sincero do amigo.

— John… é lindo.

Ele desceu da moto e ajudou-a a apoiar os pés no chão. Assim que ela ficou de pé, John retirou também o capacete e deixou-o sobre o banco. Aproximou-se, ajeitando uma mecha solta do cabelo dela atrás da orelha.

— Não tão lindo quanto você. — murmurou, a voz baixa e firme.

Elizabeth riu suavemente, mas o olhar dela estava cheio de emoção. — Você sempre sabe o que dizer.

— Não… só estou dizendo a verdade. — John segurou as mãos dela e a puxou para perto. — Hoje, vendo você aqui comigo, sei que não existe estrada, vitória ou conquista que se compare ao que eu sinto.

Elizabeth suspirou emocionada. — E eu sei que não importa onde estejamos… se for com você, já é suficiente.

O vento noturno envolvia os dois, e o brilho das luzes da cidade refletia nos olhos de Elizabeth. John a abraçou pela cintura, inclinou-se devagar e a beijou. Foi um beijo calmo, profundo, como se o tempo tivesse parado para ambos.

Quando se separaram, ela apoiou a testa na dele, sorrindo.

— Então… quando é a nossa próxima viagem de moto?

John riu, envolvendo-a mais forte em seus braços. — Amanhã, depois de amanhã… ou quando você quiser. A estrada é nossa.

E, por alguns instantes, ficaram apenas ali, em silêncio como se o mundo inteiro tivesse sido feito só para eles dois.

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