Quando o elevador chegou ao andar administrativo, parecia que todos estavam estrategicamente posicionados para finalmente ver de perto a tão misteriosa senhora Walker.
Assim que as portas se abriram, os olhares se voltaram instantaneamente. A imagem do casal alto, elegante, impecável, preenchia o ambiente com uma mistura de admiração e surpresa e, para algumas, inevitável inveja.
Caminhando com elegância, John e Elizabeth cumprimentaram a todos com um simpático "Bom dia". John parou no meio do setor.
— Gostaria de apresentar a vocês minha esposa, Elizabeth Walker.
Elizabeth sorriu para todos e inclinou a cabeça. — Prazer em conhecer a todos. Obrigada.
Sorrisos de surpresa e admiração seguidos de “seja bem vinda” “prazer em conhecê-la” foram substituídos por “como ela é linda” “que elegância” depois que passaram.
Na ante-sala, Anne não se continha de curiosidade e assim que eles entraram Anne ficou visivelmente surpresa e admirada.
— Bom dia, Anne. Esta é minha esposa, Elizabeth Walker. — anunciou ele, com evidente orgulho.
— Bom dia, Anne, é um prazer conhecê-la, John me disse que a senhora é muito competente. — cumprimentou Elizabeth, sorrindo gentilmente.
Anne, que já estava encantada com a beleza da mulher, ficou ainda mais desarmada ao ouvir aquela voz suave e musical
— Seja muito bem-vinda, senhora Walker. Se precisar de qualquer coisa, estarei à disposição. — respondeu, um pouco corada.
Elizabeth assentiu e depois virou-se para Bruce.
— Bom dia, senhor Pratt. — disse ela, estendendo a mão a Bruce.
— Bom dia, senhora Walker. Seja muito bem-vinda. — respondeu ele, sorrindo.
John fez um gesto sutil, indicando para que Bruce aguardasse. Em seguida, conduziu Elizabeth até seu escritório.
Ao entrar, ela olhou com atenção cada detalhe: o espaço amplo, sofisticado, e especialmente a parede inteira de vidro que oferecia uma vista privilegiada da cidade.
— Então... é aqui que você trabalha. — comentou, com um leve sorriso.
Ele a abraçou pela cintura, beijou sua testa e respondeu com sinceridade:
— É... o lugar que muitas vezes me priva de estar com você. — murmurou.
Pouco depois, John a levou até a sala onde eram apresentados os projetos sociais apoiados pela empresa: apoio a instituições de acolhimento, programas de capacitação para jovens, iniciativas ambientais e auxílio a comunidades carentes.
Elizabeth observou tudo atentamente. Tomava nota, fazia perguntas, mostrava-se verdadeiramente interessada. Percebeu que, embora bem estruturado, havia certa frieza e rigidez no modo como tudo era conduzido. Faltava alma, empatia... calor humano.
Ao final, olhou para John com os olhos brilhando:
— Isso é incrível. Tem tanto potencial... Podemos fazer ainda mais. — disse, com entusiasmo.
John cruzou os braços, observando-a com orgulho.
— Por isso eu quis que você viesse. Quero que cuide disso, Elizabeth. Dê seu toque, sua sensibilidade. Transforme isso no que você quiser.
— Você está feliz? — perguntou ele, a voz mais baixa, mais íntima.
— Muito. Acho que nunca me senti tão feliz em minha vida. — respondeu, olhando para ele com ternura.
Ele segurou seu rosto entre as mãos e a beijou com delicadeza, mas com a intensidade de quem ama profundamente.
— Eu te amo, Lizzie. — sussurrou.
Ela sorriu. Era a segunda vez que a chamava de Lizzie.
— E eu te amo mais, John. — respondeu, abraçando-o forte.
Por alguns minutos, ficaram apenas ali, no silêncio confortável da penumbra da sala, o luar entrando pelos grandes paineis de vidro e naquele local só existiam os dois, duas almas que se encontram.
*****
O jantar anual dos empresários acontecia no salão do restaurante mais luxuoso da cidade, um evento exclusivo, altamente disputado. A imprensa de negócios fazia ampla cobertura, e, embora o encontro fosse, teoricamente, comemorativo, as conversas giravam, invariavelmente, em torno de contratos, fusões e investimentos.
Quase todos os convidados já haviam chegado, mas a atenção de todos estava voltada para uma única expectativa: a chegada de John Walker. E, mais do que isso, se ele viria, como diziam os boatos, acompanhado de sua misteriosa esposa.
Quando o luxuoso carro preto estacionou na entrada do hotel, o burburinho se espalhou como fogo em pólvora. John desceu primeiro, ajeitando o paletó com a elegância que lhe era característica. Deu a volta no carro e, com a postura impecável, aguardou que James abrisse a porta.
Uma delicada mão de mulher apareceu e John estendeu para pegá-la com todo cuidado. Os flashes foram instantâneos, disparando como metralhadoras. Cada gesto, cada olhar, cada detalhe era meticulosamente registrado pelas câmeras. Parecia o acontecimento do ano, finalmente o mundo iria conhecer a esposa misteriosa de John Walker.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Amargo Contrato de Casamento
Olá, quero deixar aqui meus sinceros parabéns por essa linda história, eu amei. Que Deus abençoe vc e toda a sua família...
História linda e emocionante como a fé e o amor são capazes de transformar vidas....
Maravilho...