O batizado foi marcado para uma manhã de domingo, na pequena capela que John havia construído nos jardins da casa. Para o casal, aquele lugar era especial: foi onde, todas as noites, agradeciam pela vida do filho e pediam proteção para sua família.
Elizabeth estava radiante no vestido azul-claro de renda, o bebê nos braços, envolto em um delicado mandrião branco bordado à mão. John, elegante em um terno cinza claro, não disfarçava o orgulho ao olhar para os dois.
A cerimônia foi conduzida pelo padre amigo da família, que falava com calma, transmitindo serenidade. O pequeno não chorou em nenhum momento; pelo contrário, observava curioso, como se entendesse o que acontecia.
No altar, Adam e Sara, escolhidos como padrinhos, não escondiam a emoção.
— Este é um menino abençoado. — disse o padre, após a cerimônia — Que cresça cercado de amor e fé.
A festa no jardim, logo após o batizado, reuniu famíliares e amigos próximos. Mesas decoradas com flores brancas e azuis, música suave e uma alegria leve pairavam no ar. O restaurante havia preparado um buffet especial, e todos comentavam sobre como o pequeno era sereno e encantador.
Oliver, sentado em lugar de destaque, exibia o bisneto no colo como se fosse um troféu.
— Vejam só, o novo Walker. Forte, firme... já nasceu para liderar. — dizia orgulhoso, arrancando risadas de todos.
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O jardim da mansão de John e Elizabeth estava tomado por cores, risos e música. Balões em tons de rosa e lilás enfeitavam cada canto, e uma grande mesa, repleta de doces delicados e um bolo encantador em formato de castelo, ocupava o centro.
Era o aniversário de dois anos de Mary, uma versão de Elizabeth com os mesmo grandes olhos azuis acinzentados da mãe e os cabelos em cachinhos cor de mel, segunda filha de John e Elizabeth. Enquanto Antony, já estava com quase quatro anos, era igual o pai com os mesmos olhos e cabelos negros.
Os convidados circulavam e se deliciavam com as iguarias preparadas pelo restaurante de Elizabeth. Mary corria pelo gramado com seu vestido de tule branco e uma tiara de flores. O sorriso espontâneo iluminava o rosto meigo, arrancando suspiros de todos. Antony, não desgrudava da irmã, correndo atrás dela e segurando sua mão para evitar quedas.
John, que observava a cena de longe, aproximou-se com um sorriso orgulhoso. Vestido de forma simples, mas elegante, não escondia o brilho nos olhos.
Numa grande mesa estava a família Walker. O patriarca Oliver com suas três filhas e suas famílias. Laura e o marido que antes nunca haviam se aproximado de Elizabeth, estavam felizes por John e até Cathy estava presente com um pretendente. Em uma de suas viagens conheceu um charmoso viúvo e estava considerando a proposta de casamento.
Arthur estava presente com uma nova noiva, desta vez ele parecia mais sério e disposto a ser mais responsável no trabalho, Claire sua irmã, agora médica, fez amizade com Edward e os dois brincavam com as crianças. Martha preferiu uma boa convivência com a nora.
— Tenho que admitir... ela é, sim, uma excelente esposa e uma mãe admirável. — comentou ao perceber o quanto o filho era feliz ao lado de Elizabeth.
Roger sorriu ao lado da esposa, ele havia percebido que Martha passou a simpatizar mais com a nora.
Oliver, já mais frágil pela idade avançada, assistia tudo de sua cadeira especial, mas o brilho nos olhos não havia diminuído e estava feliz ao ver toda a família reunida. Em certo momento Mary correu até ele e pediu colo, ele a segurava e sempre que podia e não cansava de repetir:
— Esta menina tem o mesmo olhar da mãe. Forte, mas doce. Vai dar trabalho pro mundo!

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Amargo Contrato de Casamento
Olá, quero deixar aqui meus sinceros parabéns por essa linda história, eu amei. Que Deus abençoe vc e toda a sua família...
História linda e emocionante como a fé e o amor são capazes de transformar vidas....
Maravilho...