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Amargo Contrato de Casamento romance Capítulo 165

Logo chegou o momento esperado: os presentes. Entre bonecas, livros ilustrados e roupas delicadas, Oliver se aproximou com um sorriso maroto, carregando uma pequena caixa perfumada de madeira.

— Este é para a minha neta aniversariante. — disse, solenemente.

Quando Mary abriu a caixa, um filhote de pedigree, de pelo macio e olhos vivos, saltou para fora, arrancando gritos de surpresa. A menina bateu palminhas, encantada, e todos ao redor riram da cena.

Mas Antony, que assistia em silêncio, sentiu o coração apertar. Seus olhos marejaram discretamente. Oliver percebeu e se aproximou com sua cadeira de rodas.

— O que foi, campeão? Não gostou do presente da sua irmã? — perguntou, suavemente.

— Eu gostei, vovô… mas é tudo para a Mary. — disse Antony, baixinho, tentando esconder a tristeza. — Eu também queria um cachorrinho…

Oliver passou a mão nos cabelos do neto e sorriu de canto.

— Eu entendo você, Antony. Mas hoje é o aniversário da sua irmãzinha. É justo que ela seja o centro das atenções, não acha?

O menino assentiu, sem muita convicção, mas logo seu avô piscou, em tom conspiratório:

— Quem disse que eu esqueci de você?

Olhou para Jeremy e este tirou uma caixa escondida atrás da cadeira.

— Este é só seu. — disse, entregando a caixa para Antony.

Quando ele abriu, tirou outro filhotinho, tão encantador quanto o da irmã, mas de cor diferente.

Os olhos de Antony brilharam, e ele saiu correndo pelo jardim com o cachorrinho nos braços, gritando:

— Papai! Mamãe! Olha só! O vovô me deu um também!

Mary, ao ver o novo filhote, correu em direção ao irmão, e logo os dois estavam de joelhos na grama, cada um abraçado ao seu cachorrinho.

John se aproximou, cruzando os braços e encarando o avô com uma mistura de reprovação e sorriso divertido.

— Vô… dois filhotes de uma vez? Você sabe a confusão que isso vai dar, não sabe?

Oliver deu de ombros, rindo.

— Confusão boa. Agora a família está completa.

O ponto alto da festa foi a hora do parabéns. John, com Antony no colo, ajudou a segurar a pequena aniversariante diante do bolo. Todos cantavam, e Mary batia palminhas sem entender muito bem a razão de tanta euforia, mas contagiada pela alegria.

— Faz um pedido, filha! — Elizabeth sussurrou ao ouvido da menina.

Após a missa John se aproximou e disse com emoção no olhar:

— Você consegue encher nossos corações de esperança, Lizzie

Ela sorriu e respondeu baixinho:

— Não é a minha voz, John... é o amor que Deus coloca dentro de nós. Eu só deixo transbordar.

Os funcionários comentavam entre si após cada missa:

“É impossível não se emocionar…”

“Parece que ela canta direto para a alma.”

“Ela canta como um anjo.”

Oliver, emocionado, sempre fazia questão de abraçar a neta após as celebrações.

— Elizabeth, minha querida, você não trouxe apenas luz para meu neto... trouxe fé para toda a família — dizia, segurando suas mãos com carinho.

A capela, que havia começado como um sonho de Elizabeth, tornou-se rapidamente um símbolo dentro da empresa. Mais do que um espaço físico, representava união, fé e gratidão. Valores que passavam a guiar não apenas a família Walker, mas também todos que trabalhavam ao seu lado.

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