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Amargo Contrato de Casamento romance Capítulo 166

Quando o entardecer chegou, os convidados começaram a se despedir. As crianças, exaustas, praticamente adormeceram no sofá, embaladas pelo cansaço das brincadeiras. Elizabeth acariciava os cabelos dos pequenos, observando cada detalhe com aquele olhar que só uma mãe conhece. John, de pé ao lado dela, a observava, tomado por um amor tão intenso que às vezes se perguntava, em silêncio, se realmente merecia tamanha felicidade.

As babás vieram buscá-los, e Elizabeth orientou com carinho:

— Deixem que durmam assim, sem se trocar... estão exaustos.

Pais amorosos, eles sabiam equilibrar amor e disciplina. Por mais que pudessem oferecer o mundo aos filhos, entendiam que os maiores presentes seriam sempre a presença, o amor e os valores que cultivavam.

Quando a casa finalmente se aquietou, com tudo já organizado, John se aproximou da esposa por trás, envolvendo-a em um abraço apertado, cheio de ternura, como se o tempo nunca tivesse passado desde o início da história deles.

— Já te agradeci hoje por me dar esses dois presentes maravilhosos? — sussurrou, deslizando os dedos pelos cabelos dela.

— Já... — respondeu ela, sorrindo de canto. — Mas acho que você ainda pode agradecer... de outras formas. — completou, com aquele olhar provocante que ele conhecia tão bem.

E mesmo após quase oito anos de casamento, o desejo entre eles parecia arder como no primeiro dia. Elizabeth, agora com a beleza ainda mais madura, exibia o mesmo corpo curvilíneo que sempre encantou John, até mais desejável aos olhos dele.

— Senhora Walker... não me provoque. — murmurou, roçando os lábios no pescoço dela.

— Tá bom... então eu vou embora. — respondeu ela, fingindo escapar, sorrindo divertida.

Mas John não permitiu. Puxou-a com firmeza, colando seu corpo ao dela.

— Acha mesmo que pode sair assim e me deixar desse jeito? — sussurrou, sua voz rouca, os lábios percorrendo lentamente o pescoço dela.

— Não, senhor Walker... na verdade, eu quero... que me leve lá pra cima. Agora — sussurrou ela, rendida, enquanto um arrepio percorria seu corpo.

— Seu desejo... é uma ordem. — respondeu ele, sorrindo, antes de tomá-la nos braços.

E, mais uma vez, eles se deixaram levar... pelo amor, pelo desejo e pela vida plena que construíram juntos.

*****

Na manhã seguinte, John e Elizabeth dormiam abraçados quando a porta do quarto foi aberta com cuidado e dois pares de pezinhos caminhavam com todo cuidado, os risinhos tentando ser abafados por mãozinhas se aproximavam devagar da cama.

— Eles estão vindos. — Sussurrou John no ouvido de Elizabeth

— Hum Hum - murmurou ela

Os dois fingiam dormir enquanto os passinhos e os risinhos gostosos de Antony e Mary se aproximavam. Quando chegaram na cama pularam fazendo a maior algazarra.

Enquanto Antony pulava sem parar, Mary se esgueirou entre John e Elizabeth separando os dois. Elizabeth, que tentava fingir que ainda estava dormindo, abriu um olho, contendo o riso.

Mary se aconchegou nos braços da mãe, enquanto Antony subiu nas costas do pai, que até então fingia estar dormindo.

— Papai! Acorda! — gritou, sacudindo os ombros de John.

De olhos fechados, John resmungou, fingindo uma voz grave e rouca:

— Me deixem dormir mais cinco minutos... — virou-se para o lado, arrancando risadinhas dos dois.

Antony, decidido, deu três tapinhas nas costas do pai, John abriu um olho, fingindo indignação e num movimento rápido, segurou o filho, fazendo cócegas sem piedade.

— Hahahaha! Paraaa! Paraaa! ... não cócegas! — ria, se debatendo, enquanto Mary gargalhava, batendo palminhas.

Elizabeth balançava a cabeça, sorrindo. Mary e caiu na risada, deitando-se sobre as pernas da mãe que começou a fazer cócegas nela também, que soltava gritinhos de alegria

John, então, se sentou na cama, puxando todos para um abraço coletivo.

Elizabeth fingiu estar brava, cruzando os braços:

— Ah é? Então a senhora provadora oficial vai me dizer se essa massa tá boa. — pegou uma colherada e levou até a boquinha de Mary, que experimentou com gosto.

— Humm... tá maravilhosa, mamãe! Mais! — pediu, sorrindo.

Enquanto isso, John cuidava das panquecas na chapa, virando uma delas com habilidade.

Minutos depois, a mesa estava posta, repleta de panquecas, frutas, mel, chocolate e aquele clima gostoso de aconchego em família.

John serviu os pratos enquanto Elizabeth ajeitava os sucos e distribuía os guardanapos.

— Então, quem é o rei da panqueca? — brincou John, olhando para as crianças.

— Você, papai! — disseram em coro, entre risadas e bocas cheias.

Terminado o café da manhã, as crianças ficaram brincando com os cachorrinhos enquanto Elizabeth e John organizavam a cozinha.

Logo depois, Elizabeth olhou o relógio e avisou:

— Vamos nos arrumar, pessoal. Hoje é domingo, dia de ir à missa.

— Obaaa! Eu vou usar meu vestidinho azul, mamãe! — gritou Mary, empolgada.

— E eu vou colocar minha camisa igual a do papai! — completou Antony, correndo atrás de John.

Pouco tempo depois, estavam todos prontos. Mary com um vestido azul delicado, faixa branca na cintura e sapatinhos de verniz. Antony, com camisa branca, suspensórios e aquele jeitinho levado, parecia uma miniatura do pai.

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