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Amargo Contrato de Casamento romance Capítulo 169

O domingo amanheceu ensolarado, tingindo o céu de um azul cristalino. A casa dos Walker, iluminada pelos primeiros raios de sol, transbordava de alegria e expectativa. Elizabeth, radiante, vestia um elegante vestido branco, bordado com rendas delicadas no colo e nas mangas. Seu ventre, ainda discreto, começava a revelar os sinais de uma nova gestação, trazendo ao lar um brilho especial.

Na sala, John, impecável em um terno cinza claro, ajudava Anthony a ajeitar a gravata borboleta azul-marinho. O menino mantinha-se firme, tentando não se mexer, mas um sorriso maroto escapava a cada vez que o pai franzia a testa fingindo concentração.

Enquanto isso, Mary rodopiava alegremente com seu vestidinho branco, bordado de pequenas flores. Seus cabelos soltos ganhavam um encanto especial com a tiara de laços brancos que coroava sua cabecinha, para onde ela ia os cachorrinhos iam atrás.

— Papai, estou bonita? — perguntou ela, segurando a saia do vestido e girando, fazendo-o esvoaçar em um círculo gracioso.

John sorriu, abaixou-se até a altura da filha e ajeitou a tiara em seus cabelos.

— Você não está bonita, Mary… está deslumbrante. Uma verdadeira princesa.

— E eu? — interrompeu Anthony, inflando o peito. — Estou como um cavalheiro de verdade?

John lhe lançou um olhar orgulhoso.

— Um perfeito cavalheiro. — respondeu, e Anthony abriu um largo sorriso, endireitando-se com ainda mais postura.

Elizabeth observava a cena à porta da sala. Seu coração se encheu de uma ternura tão profunda que os olhos se umedeceram. Aproximou-se devagar, repousou a mão sobre a de John e murmurou com doçura:

— Vamos? Deus nos espera.

Ao saírem de casa, o sol iluminava o jardim recém-regado, e o aroma das flores parecia abençoar a manhã. As crianças correram na frente, gargalhando, rumo ao carro.

James já os aguardava à porta, com um sorriso discreto nos lábios. Por dentro, porém, sentia uma alegria imensa ao ver aquela família crescendo cheia de amor e alegria, após testemunhar tanta dor, solidão e sofrimento naquela casa outrora tão fria.

— Bom dia, James! — gritou Mary, chegando primeiro, com seus cachinhos cor de mel balançando. Anthony sempre deixava a irmã ir na frente.

— Bom dia, pequena senhorita Walker. — respondeu ele, abaixando-se para ajudá-la.

Mary cruzou os bracinhos, fingindo-se ofendida.

— Você esqueceu da princesa!

James sorriu, entrando no jogo.

— Mil perdões, Vossa Alteza. Bom dia, pequena senhorita princesa Walker.

Ela riu satisfeita e entrou no carro, com ares de realeza.

Logo depois, Anthony chegou correndo, mas com expressão séria.

— Bom dia, pequeno senhor Walker. — saudou James.

— Eu não sou pequeno! — protestou o menino, erguendo o queixo.

— Claro que não — disse James, piscando-lhe o olho. — O jovem senhor Walker.

Nesse instante, John e Elizabeth se aproximaram, de mãos dadas, com semblantes serenos.

— Bom dia, James. E como está a família? — perguntou Elizabeth, abrindo um largo sorriso.

John, ao seu lado, também refletia, com os olhos baixos, em profunda oração. Recordava-se do homem que havia sido no passado — frio, duro, distante — e agora olhava para sua vida e só conseguia agradecer por ter sido transformado pelo amor e pela graça.

Quando chegou o momento da bênção final, o padre, que conhecia bem a família, lançou-lhes um olhar afetuoso e, com um sorriso, disse ao microfone:

— Que Deus abençoe esta linda família que cresce, não apenas em número, mas em amor, fé e união.

Os fiéis sorriram. Anthony olhou para Mary e sussurrou, com os olhos brilhando:

— A gente tem uma família gigante agora!

Mary sorriu, segurando a mão do irmão:

— E Deus mora aqui com a gente. — disse, levando a mãozinha ao coração.

Na saída da igreja, Elizabeth olhou para John, e ele, segurando-lhe o rosto com ambas as mãos, disse com voz emocionada:

— Eu te prometo, diante de Deus, que vou te amar, te honrar e cuidar de você e dos nossos filhos até o último dia da minha vida.

Ela sorriu, com lágrimas nos olhos, e respondeu baixinho:

— E eu prometo te amar em todos os dias da minha vida... até o céu.

Entre abraços, risadas e olhares apaixonados, eles deixaram a igreja de mãos dadas, cercados pelos filhos, pela esperança e pelo amor. Um novo capítulo se iniciava para os Walker... cheio de vida, fé e felicidade.

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