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Amargo Contrato de Casamento romance Capítulo 172

Pamela

Pamela White Hamilton passava horas vasculhando todo tipo de mídia em busca de informações sobre os Walkers. Revistas, jornais, colunas sociais, sites de negócios. Nada escapava ao seu olhar obsessivo. Colecionava discretamente tudo o que conseguia sobre o casal, artigos sobre como o grupo crescia e se mantinha na vanguarda dos investimentos, fotografias em eventos sociais que sempre destacavam a beleza e a elegância de John e Elizabeth Walker.

A cada nova imagem, a ferida reabria. Lá estavam eles, sorrindo como se o tempo não os tivesse tocado, Elizabeth cada vez mais exuberante e John com seu porte imponente em uma beleza máscula atraente para qualquer mulher, os dois eram considerados o casal mais bonito e elegante segundo as revistas de celebridades e ainda mantinham o mesmo ar de um casal recém-apaixonado.

Sobre os filhos, entretanto, pouco surgia. A privacidade da família era bem guardada. Apenas uma vez, em uma revista de celebridades, Pamela encontrou uma foto rara: John, Elizabeth e os cinco filhos reunidos. Pamela demorou longos minutos encarando aquela página. O sorriso de Elizabeth e John com seus belos filhos em volta a feria como lâmina, e seu ódio só crescia.

No íntimo, sabia que não poderia se lançar contra eles de maneira direta. O poder dos Walker era imenso, os aliados numerosos. Não. Sua vingança precisava ser silenciosa, cuidadosa.

Logan

Os Walkers não eram fáceis de vigiar. John Walker tinha olhos em todos os cantos. Para vigiar aquela família, Logan precisava andar na beira do abismo. Se fosse descoberto… não haveria segunda chance.

Ele sabia que John contava com uma equipe de inteligência altamente treinada e equipada. Investigar os Walkers era como rondar um leão em seu território. Ainda assim, a promessa de Pamela e o desafio em si eram combustíveis. Logan gostava de riscos emais ainda de desafios.

Naquela madrugada, sentado em seu escritório, acendeu um cigarro e observou a fumaça dançar no ar carregado. Pilhas de pastas, recortes de jornais e telas de computador acesas compunham o cenário. Para ele, aquela desordem era ordem.

A ligação de Pamela ainda ecoava:

— A família Walker… — repetiu para si mesmo, com um sorriso enviesado. — Você nunca muda, princesa.

Pegou uma pasta e rabiscou anotações. John Walker: empresário renomado, respeitado, um império construído com disciplina. Elizabeth: a esposa admirada, envolvida em obras sociais, querida por todos. E os filhos: cinco rostos sorridentes que apareciam em raríssimas ocasiões.

Perfeição demais. E Logan sabia que toda perfeição escondia rachaduras.

Na manhã seguinte, misturou-se à multidão diante do prédio central do Grupo Walker. De terno simples e expressão anônima, observou a entrada movimentada. Funcionários passavam, sempre cumprimentando uns aos outros, um ambiente de prosperidade. Mas não era isso que ele buscava. O que interessava eram sinais: vulnerabilidades, padrões, rotinas.

À tarde, com a câmera de alta precisão ajustada, estacionou diante da escola tradicional frequentada pelos filhos. Viu Anthony sair, mochila jogada ao ombro, cercado de colegas. Pouco depois, Mary apareceu correndo, de mãos dadas com uma professora. Os gêmeos surgiram atrás, risonhos, guiados pela babá.

— Família Walker… tão previsível — murmurou, enquanto registrava cada movimento.

Do outro lado, Pamela apertou os lábios, irritada.

— Continue. Em poucos dias estou de volta. Eu quero cada detalhe, Logan. Quero os pontos fracos, quero saber onde atingi-los.

Ele apagou o cigarro, olhando para as fotos sobre a mesa.

— Você sabe… eu sempre descubro o que me pedem. Vai ser difícil chegar mais perto, mas já tenho algo em mente.

O silêncio de Pamela foi interrompido por um riso baixo, quase um sussurro satisfeito.

— Ótimo.

Alheios a toda essa vigilância e às intenções sombrias que se aproximavam, os Walker seguiam seus dias entre trabalho, lazer e, acima de tudo, a devoção à família que construíram.

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