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Amargo Contrato de Casamento romance Capítulo 173

As crianças corriam pelo jardim em direção ao playground da mansão, as risadas ecoando como música. Até Anthony, geralmente mais reservado, sempre cercado de livros e jogos eletrônicos, não resistiu aos inúmeros brinquedos e se juntou aos irmãos na brincadeira.

As babás, sempre atentas, dividiam-se entre supervisionar as travessuras e trocar confidências animadas. John e Elizabeth vinham logo atrás, ela com a pequena Emily no colo. A menina agarrava-se ao pescoço da mãe com as mãozinhas delicadas, enquanto os olhos curiosos, dessa vez tão parecidos com os de John, observavam tudo ao redor.

Elizabeth acomodou a filha no balanço e se certificou de que a barra de proteção estava firme. Empurrou com suavidade, e Emily, em resposta, soltou gritinhos de pura alegria. Ao levantar os olhos, encontrou John ao telefone, ligeiramente afastado. Assim que desligou, ele se aproximou dela com um meio sorriso.

— Trabalho? — perguntou Elizabeth, estranhando, afinal era sábado à tarde.

— Não. — John balançou a cabeça. — Era o Marcus. Ele voltou da viagem de negócios e quer marcar uma noite só para casais. O que acha?

Elizabeth arqueou as sobrancelhas.

— Sem as crianças?

John riu baixo, já prevendo a reação.

— Sim, só nós. Eles também precisam de um pouco de paz.

Elizabeth suspirou, olhando para os filhos brincando, mas logo sorriu para o marido.

— Acho que seria muito bom. Faz tempo que não nos reunimos assim.

— Ótimo. Vou combinar no grupo. — John passou o braço em torno da cintura dela e lhe beijou a têmpora.

*****

Naquela noite, o grupo se encontrou no restaurante de Elizabeth, uma das filiais do “La Brise”, no centro da cidade. O lugar estava lotado, como sempre, mas para eles havia um reservado elegante e acolhedor.

Além de John e Elizabeth, estavam ali Adam e Sara, Marcus e Marion, Daniel e Sophia, e Bruce e Chloe. O reencontro foi marcado por abraços, risos e lembranças compartilhadas.

Antes de se sentar, Elizabeth fez questão de dar uma volta pelo salão. Cumprimentou clientes, recebeu elogios sobre os pratos e o ambiente, checou discretamente a cozinha. Somente depois voltou ao reservado, onde John a esperava de pé. Ele a puxou para junto de si, envolvendo-a com carinho.

— Tudo bem? — perguntou, beijando-lhe a testa.

— Sim. — Elizabeth sorriu, sentando-se ao lado dele.

A conversa fluiu com naturalidade. Os assuntos mais comentados eram os filhos: os cinco de John e Elizabeth, os três de Adam e Sara, os dois de Marcus e Marion, igual a Daniel e Sophia, e os dois de Bruce e Chloe. Entre risos, relatos engraçados de travessuras e confidências sobre a difícil arte de educar, o ambiente parecia carregado apenas de felicidade.

Foi então que Elizabeth, de repente, ficou séria. O sorriso sumiu, substituído por uma expressão distante.

— O que foi, Lizzie? — perguntou Sara, notando a mudança.

John também virou-se para a esposa, preocupado.

— Amor, aconteceu alguma coisa?

Elizabeth piscou os olhos, como se despertasse de um breve transe.

— Não é nada. Só tive… uma sensação estranha.

— Sensação? Está se sentindo mal? — insistiu John, já em alerta.

— Não, já passou. — Ela forçou um sorriso, pousando a mão sobre a dele. — Foi apenas um instante.

— Quer que continue a seguir? — perguntou o informante.

— Sim. — Logan fechou o notebook com firmeza. — Eles não podem sentir que são vigiados. Continue discreto, registre rotinas, pessoas próximas, qualquer detalhe.

Pouco depois Logan envia as fotos e vídeos para Pamela, ela, recostada no sofá, recebeu a notificação e imediatamente abriu os arquivos. Seus olhos brilharam quando viu as imagens de John e Elizabeth de mãos dadas, sorrindo, cercados de amigos.

— Veja só... — murmurou, inclinando-se para mais perto da tela. — Eles parecem tão intocados, tão certos de que o destino lhes pertence.

Ao ouvir passos se aproximando, Pamela desligou o celular e rapidamente o escondeu na greta do sofá e pegou outro celular e fingiu que estava vendo as redes sociais.

Sebastian entrou logo em seguida e a viu sentada com o celular na mão.

— O que está vendo? — Perguntou frio e se aproximando.

— Nada demais, navegando pelas redes sociais. Sabia que os Abraham estão se separando, parece que a esposa pegou ele no flagra.

A voz dela soou como se contasse uma grande novidade. Sebastian apenas sorriu e achou que sua esposa continuava frívola, mas mesmo assim pegou o celular e viu o histórico, depois o devolveu.

— Vou tomar um banho, quero você está noite.

Pamela sorriu com tranquilidade e quando falou sua voz era suave.

— Estarei te esperando

Assim que ele virou em direção ao banheiro, seu olhar mudou completamente como se fossem duas facas prontas para esfaqueá-lo até a morte.

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