As crianças corriam pelo jardim em direção ao playground da mansão, as risadas ecoando como música. Até Anthony, geralmente mais reservado, sempre cercado de livros e jogos eletrônicos, não resistiu aos inúmeros brinquedos e se juntou aos irmãos na brincadeira.
As babás, sempre atentas, dividiam-se entre supervisionar as travessuras e trocar confidências animadas. John e Elizabeth vinham logo atrás, ela com a pequena Emily no colo. A menina agarrava-se ao pescoço da mãe com as mãozinhas delicadas, enquanto os olhos curiosos, dessa vez tão parecidos com os de John, observavam tudo ao redor.
Elizabeth acomodou a filha no balanço e se certificou de que a barra de proteção estava firme. Empurrou com suavidade, e Emily, em resposta, soltou gritinhos de pura alegria. Ao levantar os olhos, encontrou John ao telefone, ligeiramente afastado. Assim que desligou, ele se aproximou dela com um meio sorriso.
— Trabalho? — perguntou Elizabeth, estranhando, afinal era sábado à tarde.
— Não. — John balançou a cabeça. — Era o Marcus. Ele voltou da viagem de negócios e quer marcar uma noite só para casais. O que acha?
Elizabeth arqueou as sobrancelhas.
— Sem as crianças?
John riu baixo, já prevendo a reação.
— Sim, só nós. Eles também precisam de um pouco de paz.
Elizabeth suspirou, olhando para os filhos brincando, mas logo sorriu para o marido.
— Acho que seria muito bom. Faz tempo que não nos reunimos assim.
— Ótimo. Vou combinar no grupo. — John passou o braço em torno da cintura dela e lhe beijou a têmpora.
*****
Naquela noite, o grupo se encontrou no restaurante de Elizabeth, uma das filiais do “La Brise”, no centro da cidade. O lugar estava lotado, como sempre, mas para eles havia um reservado elegante e acolhedor.
Além de John e Elizabeth, estavam ali Adam e Sara, Marcus e Marion, Daniel e Sophia, e Bruce e Chloe. O reencontro foi marcado por abraços, risos e lembranças compartilhadas.
Antes de se sentar, Elizabeth fez questão de dar uma volta pelo salão. Cumprimentou clientes, recebeu elogios sobre os pratos e o ambiente, checou discretamente a cozinha. Somente depois voltou ao reservado, onde John a esperava de pé. Ele a puxou para junto de si, envolvendo-a com carinho.
— Tudo bem? — perguntou, beijando-lhe a testa.
— Sim. — Elizabeth sorriu, sentando-se ao lado dele.
A conversa fluiu com naturalidade. Os assuntos mais comentados eram os filhos: os cinco de John e Elizabeth, os três de Adam e Sara, os dois de Marcus e Marion, igual a Daniel e Sophia, e os dois de Bruce e Chloe. Entre risos, relatos engraçados de travessuras e confidências sobre a difícil arte de educar, o ambiente parecia carregado apenas de felicidade.
Foi então que Elizabeth, de repente, ficou séria. O sorriso sumiu, substituído por uma expressão distante.
— O que foi, Lizzie? — perguntou Sara, notando a mudança.
John também virou-se para a esposa, preocupado.
— Amor, aconteceu alguma coisa?
Elizabeth piscou os olhos, como se despertasse de um breve transe.
— Não é nada. Só tive… uma sensação estranha.
— Sensação? Está se sentindo mal? — insistiu John, já em alerta.
— Não, já passou. — Ela forçou um sorriso, pousando a mão sobre a dele. — Foi apenas um instante.
— Quer que continue a seguir? — perguntou o informante.
— Sim. — Logan fechou o notebook com firmeza. — Eles não podem sentir que são vigiados. Continue discreto, registre rotinas, pessoas próximas, qualquer detalhe.
Pouco depois Logan envia as fotos e vídeos para Pamela, ela, recostada no sofá, recebeu a notificação e imediatamente abriu os arquivos. Seus olhos brilharam quando viu as imagens de John e Elizabeth de mãos dadas, sorrindo, cercados de amigos.
— Veja só... — murmurou, inclinando-se para mais perto da tela. — Eles parecem tão intocados, tão certos de que o destino lhes pertence.
Ao ouvir passos se aproximando, Pamela desligou o celular e rapidamente o escondeu na greta do sofá e pegou outro celular e fingiu que estava vendo as redes sociais.
Sebastian entrou logo em seguida e a viu sentada com o celular na mão.
— O que está vendo? — Perguntou frio e se aproximando.
— Nada demais, navegando pelas redes sociais. Sabia que os Abraham estão se separando, parece que a esposa pegou ele no flagra.
A voz dela soou como se contasse uma grande novidade. Sebastian apenas sorriu e achou que sua esposa continuava frívola, mas mesmo assim pegou o celular e viu o histórico, depois o devolveu.
— Vou tomar um banho, quero você está noite.
Pamela sorriu com tranquilidade e quando falou sua voz era suave.
— Estarei te esperando
Assim que ele virou em direção ao banheiro, seu olhar mudou completamente como se fossem duas facas prontas para esfaqueá-lo até a morte.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Amargo Contrato de Casamento
Olá, quero deixar aqui meus sinceros parabéns por essa linda história, eu amei. Que Deus abençoe vc e toda a sua família...
História linda e emocionante como a fé e o amor são capazes de transformar vidas....
Maravilho...