No dia seguinte, um domingo ensolarado, a mansão Walker acordou com sons de vida. O aroma de pão fresco e café espalhava-se pela cozinha. As crianças desceram correndo as escadas, ainda de pijama, rindo e disputando quem se sentava primeiro à mesa.
Elizabeth, de vestido leve, arrumava os pratos com a ajuda de Mary, que insistia em querer colocar flores no centro da mesa. John entrou logo depois, já sem a rigidez da semana de trabalho, de calça jeans e camisa dobrada nos braços.
— Bom dia, família. — saudou, beijando a esposa e depois cada filho, um a um. — O que temos hoje no cardápio?
— Panquecas! — gritaram Anthony e Mary em coro, fazendo todos rirem.
Elizabeth olhou para John, os olhos brilhando de ternura.
— Fiz seu bolo preferido. Limão com rodelas de limão siciliano caramelizadas
Ele sorriu,
— Você é incrível.
— Só porque te amo.
— Eu te amo mais.
O sol da manhã de domingo entrava pelas largas janelas da mansão Walker, iluminando a casa com uma luz dourada. As crianças, já arrumadas em roupas bem passadas, esperavam na sala, enquanto John e Elizabeth conferiam os últimos detalhes antes de sair.
— Antony, ajeite a gola da sua camisa, querido — pediu Elizabeth, com um sorriso paciente. — E Mary, segure mais firme a mão da Emily, ela é a menorzinha, lembra?
— Eu sei, mamãe. — Mary respondeu, orgulhosa de ser a “ajudante oficial”.
John observava a cena, ajustando o relógio no pulso, e comentou com voz divertida:
— Parece que temos uma pequena governanta em treinamento. Onde estão Luke e Luize?
Ao ouvir o nome deles, os pequenos não contiveram os risinhos. John e Elizabeth fingiram que estavam procurando e as risadas só aumentavam.
— Achei! — John pegou os dois ao mesmo tempo e depois os colocou no chão. — Vamos se não vamos nos atrasar para irmos na casa do Papai do Céu.
As crianças riram e logo saíram em fila para o carro, James já os esperava com a porta aberta e com um sorriso ao ver a algazarra das crianças entrando no carro.
Com a família cada vez maior, John comprou um carro que comportasse toda a família com conforto, assim todos permaneciam juntos.
Assim que partiram, outros dois carros com seguranças os acompanharam discretamente.
Na igreja, o ambiente era sereno. Elizabeth regia o coro entoando cânticos suaves enquanto os fiéis enchiam os bancos. John, com os filhos entre eles, chamaram a atenção de alguns olhares, não pela ostentação, mas pela naturalidade com que transmitiam unidade. Elizabeth com sua voz pura cantou o salmo elevando todos e sentiam a paz que aquele lugar santo transmitia. Durante a homilia, Elizabeth segurava a mão de John e, de vez em quando, acariciava os cabelos de Emily, que adormeceu no colo do pai.
— Quando vejo vocês, sinto esperança no mundo — murmurou uma senhora idosa ao cumprimentá-los ao final da missa.
Elizabeth sorriu com humildade.
— Somos apenas uma família como qualquer outra, mas agradeço suas palavras.
John se despediu do padre com um aperto de mão firme, e logo seguiram para a casa de Martha e Roger, onde o almoço de domingo já os aguardava.
*****
A residência dos patriarcas Walker estava especialmente movimentada naquele dia. Martha organizava tudo com entusiasmo: a mesa longa no jardim, decorada com flores coloridas colhidas no jardim, guardanapos bordados e o aroma irresistível do assado que saía da cozinha.
— Finalmente! — exclamou Martha ao ver o filho com a nora e netos chegando. — Estávamos ansiosos por vocês.
— Mamãe, a senhora se superou — disse John, beijando-lhe a face. — Esse jardim parece até cenário de filme.
Uma a uma as crianças foram abraçadas e acariciadas por Martha e Roger que não continham a felicidade de ver os netos lindos e carinhosos com eles.
Logo depois chegaram Laura com o marido e os filhos, Arthur agora pai de dois filhos e responsável.
— E aí primo, tudo bem? — Perguntou ao apertar a mão de John e dar um leve abraço em Elizabeth.
— Bem. Soube que está indo muito bem em frente a filial de Miami.
— Graças a você que me deu essa chance e a Lucy, minha querida esposa e meus filhos.
Arthur olhou para Elizabeth e Lucy conversando enquanto as crianças correram em direção aos primos, transformando o jardim em uma alegre algazarra. Elizabeth abraçou a cunhada com carinho.
Quando Laura se aproximou deu um abraço caloroso em Elizabeth e depois em Lucy, sua nora. Martha se aproximou abraçando a irmã.
— Laura, que bom ver vocês. As crianças estavam contando os dias.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Amargo Contrato de Casamento
Olá, quero deixar aqui meus sinceros parabéns por essa linda história, eu amei. Que Deus abençoe vc e toda a sua família...
História linda e emocionante como a fé e o amor são capazes de transformar vidas....
Maravilho...