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Amargo Contrato de Casamento romance Capítulo 183

Residência dos Walker

Alheios ao que se tecia ao redor na família Walker, mais uma manhã começava na mansão Walker como tantas outras, com risos infantis ecoando pelos corredores. Elizabeth guiava as crianças à mesa do café, pacientemente organizando os lugares, enquanto Emily balbuciava palavras soltas, arrancando gargalhadas dos irmãos mais velhos.

Chef Joffrey atendeu a cada pedido dos pequenos com um sorriso colocando cada prato em frente a eles.

— Assim eles ficam mal acostumados. — Disse Elizabeth com um sorriso.

— Não se preocupe senhora, faço com prazer ao ver esses rostinhos felizes.

Enquanto o chef Joffrey e sua ajudante serviam os pequenos, Elizabeth com Emily colo ajudava ela a comer sua papinha matinal. Assim que terminou uma das babás veio pegá-la, depois Elizabeth deu atenção aos outros filhos incentivando eles a comerem e parar com as brincadeiras na mesa.

John observava a cena em silêncio por alguns instantes, apoiado no batente da porta. Havia em seu olhar algo que os outros não viam no ambiente corporativo: uma ternura discreta, quase escondida. Luke, ao perceber a presença do pai, correu para ele.

— Papai, hoje vou mostrar ao senhor meu desenho da escola!

John se abaixou, apertando o filho nos braços.

— Então capriche, meu rapaz. Quero ver algo digno de um Walker.

Elizabeth sorriu, balançando a cabeça.

— John… até para elogiar, você encontra um jeito de transformar em desafio.

Ele devolveu um sorriso leve, mas não respondeu. Dentro dele, sabia que a vida oscilava entre esses momentos de calor humano e o peso das decisões no mundo dos negócios.

Poucas horas depois, já não era o pai amoroso, mas o empresário implacável. No alto do edifício do Grupo Walker, John caminhava com passos firmes, e ao seu lado seguia Bruce, seu assistente de confiança e nas horas livres, amigo de John. Bruce aprendeu muito com John, astuto, sempre atento, Bruce parecia ser a extensão dos olhos e ouvidos do patrão.

— Senhor Walker, os acionistas aguardam a sua decisão sobre a fusão — disse Bruce, mantendo o tom profissional, no trabalho ele chamava John de Senhor Walker, fora do ambiente profissional, John deu a ele liberdade de chamá-lo apenas de John. — Estão ansiosos, alguns até… nervosos.

John ajustou a gravata e entrou na sala de reuniões com a imponência de um general marchando para o campo de batalha. Os diretores se levantaram, cumprimentando-o com reverência.

— Senhores — começou ele, a voz firme como aço —, não estamos aqui para agradar sensibilidades, mas para tomar decisões que definirão o futuro desta companhia.

As horas seguintes foram uma demonstração daquilo que fazia de John Walker uma lenda nos negócios. Argumentava com precisão, desmontava objeções com lógica cortante e impunha sua visão de maneira irrefutável. Bruce, ao lado, passava-lhe documentos, sussurrava informações-chave e anotava cada detalhe.

No final, os acionistas não apenas aceitaram sua decisão como aplaudiram, conscientes de que, sob sua liderança, o Grupo Walker permanecia inabalável.

Quando todos se retiraram, Bruce aproximou-se, entregando-lhe uma pasta.

— Mais uma vitória, senhor. — Ele esboçou um sorriso breve. — Às vezes me pergunto se existe alguém capaz de enfrentá-lo nessa mesa.

John fitou a cidade pela janela de vidro, o olhar distante.

— Todo homem tem pontos fracos, Bruce. O segredo é nunca deixá-los à mostra.

Poucas horas depois, ao regressar para casa, os filhos correram ao seu encontro como se ele fosse um herói. Elizabeth, com um olhar doce, esperava-o na varanda. Ali, não havia acionistas, nem rivais, nem máscaras de aço. Apenas a família que era, ao mesmo tempo, sua fortaleza e sua maior vulnerabilidade.

Dois mundos se equilibravam em John Walker. E ele sabia que precisava ser implacável em um… para proteger o que mais amava no outro.

*****

Como em todas as noites, depois que as crianças foram levadas pelas babás para os quartos, John e Elizabeth permaneceram na sala, aproveitando aqueles raros momentos de silêncio. Elizabeth repousava contra o peito do marido, sentindo o calor e a firmeza de seu corpo, enquanto ambos saboreavam uma taça de vinho.

— Amanhã é o jantar de negócios de que te falei — disse John, quebrando o silêncio com sua voz grave.

— Humhum… estou lembrando — respondeu ela, erguendo os olhos azuis acinzentados para fitá-lo.

Ele girou o vinho na taça, pensativo.

— Para ser sincero, só aceitei porque o anfitrião é um empresário de peso. Tentou me ludibriar, mas acabou sendo obrigado a fechar acordo nos meus termos.

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