Elizabeth
A casa parecia ainda mais silenciosa após a partida de John.
Após terminar de limpar de arrumar a cozinha. Elizabeth subiu para o quarto de John, o quarto que deveria ser dela também. Mas ele não a queria.
Ela entrava ali todas as manhãs. Arrumava, limpava e organizava tudo de forma impecável, olhou para a cama enorme, fria e desocupada.
Elizabeth deu um suspiro e lembrou de seu pequeno quarto dos fundos que era minúsculo comparado a magnitude daquele ambiente. Ela não desejava estar ali por causa do luxo e conforto.
Queria estar ali com John, dormir e acordar ao lado dele. Vez por outra se imagina nos braços dele naquela cama e preferia que os dois compartilhasse um pequeno quarto cheio de amor.
Chorou em silêncio, lágrimas de dor de um amor não correspondido.
Entrou no enorme closet conjugado com o banheiro e o quarto de vestir, luxo e magnitude que não deixava a desejar a nenhum palácio real.
Olhou para o local vazio destinado para os pertences da esposa de John e pensou com tristeza se um dia seria ocupado pelas suas roupas, sapatos, bolsas…mas provavelmente estaria reservado a uma futura esposa que John amaria. Não para ela.
Sentiu um aperto no coração.
“Dentro de três anos eu a quero fora desta casa”
As palavras de John a machucavam e o coração parecia sangrar.
Não sabia como conseguiria suportar três anos sendo desprezada e tratada de forma tão humilhante, mas ela iria aguentar tudo, não por ela ou por sua família.
Por John, os sonhos dela poderiam ser destruídos, os dele não porque ela o amava mais que a própria vida. Por isso estava decidida a aceitar tudo, mesmo que sangrasse por dentro.
O relógio marcava quase meio-dia quando ela terminou de preparar o almoço na esperança que John aparecesse.
Ele não veio.
Suspirou após quase uma hora de espera. Desanimada, sentou-se na bancada da cozinha e comeu sozinha e em silêncio.
Depois de terminar de arrumar a cozinha andou pela mansão impecável. Pegou um livro qualquer e tentou ler. Mas não conseguia fixar os olhos em uma linha sequer.
Por fim, foi passear pelo jardim.
A propriedade era enorme e andou entre as árvores, alamedas cheias de flores, a quadra de tênis que só era usada por ela quando o instrutor lhe dava aulas, mas que John nunca usou.
Elizabeth lembrou que uma vez John chegou cedo em casa e ela estava tendo aula. Ela não o tinha visto chegar e quando viu que ele a observava ficou tão surpresa que perdeu a concentração. Logo depois ele se virou e voltou para a casa.
Após terminar a aula ela o encontrou na sala. Elizabeth ainda usava a roupa esportiva, um vestido justo e curto, típico de uma tenista.
Ele a olhou de forma intensa em cada detalhe de seu corpo esguio e as longas pernas bem torneadas fazendo-a corar profundamente. Ao olhar nos olhos dela, ele desviou e apenas disse.
“Você j**a bem”
“Se quiser podemos jogar qualquer dia desses” - A voz era doce e esperançosa.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Amargo Contrato de Casamento
História linda e emocionante como a fé e o amor são capazes de transformar vidas....
Maravilho...