Elizabeth
Na mansão, Elizabeth aguardava ansiosa o retorno do marido. Estava preocupada pelo jeito que ele saiu de casa.
Ela ouviu o carro sair em disparada pela alameda. Olhava para o celular na mão, queria ligar para ele, mas faltava coragem. Sabia que ele deveria ter ficado abalado pelo que tinha acontecido. Ela também ficou.
Mas, também sabia que John não queria lhe forçar. Sabia quais eram as circunstâncias do momento, ela jamais iria culpá-lo. Queria dizer isso a ele.
Olhava para o relógio a cada minuto. As horas se arrastando e ela andando pela casa em preces e súplicas para que ele voltasse para casa bem.
Por volta de meia-noite, viu os faróis subindo pela alameda. Escondeu-se, como sempre fazia, mas ao ouvir vozes, correu até a sala.
John mal conseguia ficar em pé, sendo praticamente carregado por Bruce.
— O que aconteceu? — perguntou, alarmada.
— Senhora Walker, me desculpe por trazê-lo nesse estado. — Bruce respondeu, notando como ela ainda usava um vestido escuro, sem atrativo algum.
— Venha, vou ajudá-lo a levá-lo para cima.
Tentou segurá-lo, mas John, mesmo sonolento, resistia ao toque. Elizabeth, no entanto, segurou-o com firmeza.
John era alto e pesado e com dificuldade, subiram as escadas até o quarto. Elizabeth correu para tirar a colcha da cama e ajudá-lo a se deitar.
— Onde estou? — murmurou com a voz arrastada.
— Está em casa, senhor Walker. — respondeu Bruce, após deixar o homem desabar na cama.
— Elizabeth… — chamou, quase num sussurro.
— Estou aqui. — disse ela, suavemente, aproximando-se.
John abriu os olhos, e mesmo turvos, os fixou nela.
— Você é tão linda… — murmurou antes de apagar por completo.
Elizabeth ficou paralisada. Era a primeira vez que ele lhe dizia algo que não fosse em tom ríspido.
— Senhora, já vou indo. - Disse Bruce se retirando
— Obrigada, por ter cuidado dele. - Havia sinceridade na voz.
Bruce fez um aceno com a cabeça e saiu do quarto.
Elizabeth, via pela primeira vez via seu esposo dormindo tranquilamente. O rosto másculo e belo, não mais rígido, sereno. Ela chegou perto e a respiração dele estava regular. Admirou-o por longos minutos. Como o amava.
Receosa tocou-lhe o rosto, sentiu a pele quente em seus dedos, de leve acariciou os cabelos fartos, eram tão macios.
Com um suspiro, tirou-lhe os sapatos e o cobriu. Olhou-o mais uma vez, devagar apagou as luzes e foi para seu pequeno quarto, antes de dormir fez uma oração fervorosa.
Não pediu por ela, só por John.
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John
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Amargo Contrato de Casamento
Olá, quero deixar aqui meus sinceros parabéns por essa linda história, eu amei. Que Deus abençoe vc e toda a sua família...
História linda e emocionante como a fé e o amor são capazes de transformar vidas....
Maravilho...