John
Após esse dia, John continuava a evitar que Elizabeth fosse à mansão Walker. Mas ao atender um telefone do avô não pode mais negar, não tinha desculpas.
— Por que você não deixa minha neta vir me visitar? — perguntou Oliver, zangado, quando John mais uma vez protelava a visita.
— Está bem, vô. Vou ver se ela pode ir amanhã — respondeu por fim, resignado.
John temia que o avô se afeiçoasse demais a Elizabeth e, assim, tornasse mais difícil aceitar a futura separação. No entanto, se continuasse evitando a presença dela na mansão, o velho Walker acabaria desconfiando.
Pegou o celular e digitou uma mensagem para Elizabeth:
"Amanhã à tarde, você vai tomar chá com meu avô."
Esperou pela resposta. Que não demorou.
"Está bem." — Sem mais palavras.
"Comporte-se. Ele não sabe do contrato."
"Eu sei e ele não precisa saber."
"Ótimo."
John fixou o olhar na tela do celular esperando algo mais, alguma palavra, uma despedida… que não veio.
Colocou o telefone de lado e voltou a mergulhar no trabalho.
Elizabeth
Elizabeth permaneceu fitando a tela do celular por longos segundos após ler a mensagem de John. Seus olhos percorriam as poucas palavras que, embora diretas, carregavam o peso de uma ordem.
Seus dedos hesitaram sobre o teclado, quase digitando uma despedida, uma pergunta, qualquer coisa que quebrasse o silêncio entre eles. Mas vacilaram e retrocederam.
Ela sempre gostou do avô de John, o senhor Oliver Walker a tratava com gentileza desde o primeiro encontro, e havia nele uma sabedoria serena que a fazia sentir-se acolhida. Mas desde o casamento, as visitas haviam se tornado raras. Martha, tornara-se fria, distante, como se a presença de Elizabeth fosse um incômodo constante.
Mesmo assim, ela sabia o que precisava fazer: Cumpriria o papel que lhe fora imposto como esposa de John.
Ela se afeiçoou ao velho homem, e a ideia de desapontá-lo a incomodava profundamente. Sabia o quanto John valorizava o avô, ela viu o carinho como ele o tratava. Elizabeth não queria ser a causa de qualquer desgosto para aquele homem bom e muito menos prejudicar John.
Decidida a representar o papel de esposa até quando fosse possível, se o senhor Oliver viesse a sofrer com o fim do casamento, não seria ela o motivo.
*****
Na tarde seguinte, James estacionou o carro diante da imponente mansão Walker. Elizabeth subiu os degraus da entrada principal, onde um mordomo abriu a imensa porta para recebê-la. No saguão, Martha a aguardava com o mesmo olhar frio de John.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Amargo Contrato de Casamento
Olá, quero deixar aqui meus sinceros parabéns por essa linda história, eu amei. Que Deus abençoe vc e toda a sua família...
História linda e emocionante como a fé e o amor são capazes de transformar vidas....
Maravilho...