Assim que ficaram a sós, Oliver voltou-se para a jovem ao seu lado com um sorriso gentil.
— Diga-me, querida, como vai o casamento?
— Estamos bem. John é muito ocupado, mas aproveitamos os momentos quando estamos juntos — Elizabeth, não mentia. Por isso desviou os olhos desconfortáveis.
— Entendo… — murmurou o velho, seus olhos experientes observando atentamente cada nuance de sua expressão.
Sobre a mesa, havia um belíssimo tabuleiro de xadrez. As peças, esculpidas à mão, reluziam sob a luz suave. Elizabeth lembrou-se do presente que John deu ao avô.
— É o tabuleiro que John lhe deu? - Perguntou admirando as peças
— Sim. É uma peça linda. Quer jogar?
— Claro.
Jogaram por cerca de uma hora. Elizabeth demonstrou ser uma estrategista nata, dificultando a vitória de Oliver.
— Xeque-mate — disse ele, por fim, com um sorriso satisfeito. — Você j**a muito bem. Não facilitou nada.
— Foi um jogo difícil.
— Falta quase uma hora para o chá. Ainda não conhece bem a mansão. O que achou?
— É belíssima… e enorme. Nem imagino quantos quartos há nesta casa.
— Trinta e dois, para ser exato. Nunca entendi por quê.
Elizabeth arregalou os olhos.
— Trinta e dois? Pra que tantos?
— Quando comprei a casa, não mudei nada. Mas ela parece ainda maior depois que John saiu… embora tenha sido por um bom motivo.
— Entendo — disse ela, lembrando-se de como John tratava bem a família. Era um lado dele que ela nunca conhecera. Ele nunca a tratou assim.
— Hoje só restaram eu, Martha e Roger. Carthy que quase nunca está em casa. Laura casou e foi morar com o marido em outra cidade, seus filhos já estão grandes — lamentou. — Sinto falta da casa cheia… de crianças correndo. Você e John poderiam vir morar aqui e mudar isso.
Elizabeth abaixou o olhar. Queria tanto ter filhos com John… já os imaginou em sonhos, todos parecidos com ele. Mas sabia que ele não a queria nem como esposa, quanto mais como mãe de seus filhos.
— Seria ótimo… mas ainda não falamos sobre filhos.
— Espero que se apressem. Já estou velho e gostaria de ver meus bisnetos — disse ele, percebendo o desconforto dela.
— Querida, pode empurrar minha cadeira? Quero lhe mostrar algo. Não são os trinta e dois quartos, fique tranquila. Apesar de termos elevador que atende os quatro andares.
Elizabeth sorriu e começou a empurrar a cadeira, embora elétrica, Oliver gostava da presença de alguém por perto.
Ele a guiou por todo o térreo, passando por diversas salas íntimas. Parou diante de uma porta de madeira nobre.
— É aqui. Abra, por favor.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Amargo Contrato de Casamento
Olá, quero deixar aqui meus sinceros parabéns por essa linda história, eu amei. Que Deus abençoe vc e toda a sua família...
História linda e emocionante como a fé e o amor são capazes de transformar vidas....
Maravilho...