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Amargo Contrato de Casamento romance Capítulo 49

Elizabeth

Elizabeth despertou lentamente ao sentir a luz suave do sol filtrada pelas cortinas do quarto. Seus olhos se abriram devagar, ajustando-se à claridade amena. Por um momento, ficou apenas olhando para o teto branco, ouvindo o som ritmado do monitor cardíaco ao seu lado.

Tentou se mover. Levou a mão até a testa, sentindo o curativo grosso ali, lembrando-se do tombo, da chuva… e de John.

“Ele me encontrou…”

Alice que estava mexendo no celular, assim que viu que Elizabeth havia acordado levantou imediatamente.

- Senhora, como se sente?

Elizabeth olhou para a enfermeira e teve um momento de confusão antes de lembrar o que estava acontecendo.

- Acho que bem. - Na verdade ela estava incomodada com os acessos no braço e os monitores ligados em seu corpo.

- Quer um pouco de água. - Perguntou a enfermeira

- Sim.

Imediatamente a enfermeira a ajudou a beber água.

Alice se aproximou, ajeitando o travesseiro atrás de sua cabeça.

— O doutor Saints pediu para avisar assim que acordasse para poder fazer novos exames, tudo bem?

Elizabeth apenas assentiu. Estava cansada demais para dizer qualquer outra coisa.

A tarde passou arrastada. Enfermeiras entravam e saíam, medindo seus sinais, ministrando medicação e trocando bolsas de soro. Elizabeth ficou quase todo o tempo de olhos fechados, tentando repousar, mas sem conseguir desligar os pensamentos.

Já era noite quando ouviu passos firmes no corredor. Seu coração acelerou antes mesmo de ver quem era.

A porta se abriu devagar, revelando John. Elizabeth prendeu a respiração.

Ele entrou sem dizer nada. Usava um terno escuro impecável, mas o nó da gravata estava frouxo, denunciando um dia exaustivo. Nos olhos, havia sombras que não estavam ali antes. Ele caminhou até a cama e ficou em pé ao lado dela, em silêncio.

— Boa noite, senhor Walker. Vou deixá-los a sós - Disse Alice deixando o quarto.

— Como você está? — ele perguntou, finalmente, com a voz baixa e rouca.

— Estou bem.

— Que bom.

John sentou-se no sofá tranquilamente. Abriu a maleta e tirou seu notebook.

— Se importa? Tenho alguns assuntos para resolver.

— Claro que não.

Elizabeth o observava enquanto ele mexia habilmente no computador. O barulho do dedilhar e os medicamentos a fizeram cair no sono novamente, provavelmente efeito dos remédios.

Quando reabriu os olhos, encontrou Alice organizando alguns materiais sobre a bancada próxima à cama. A enfermeira se virou, percebendo que ela estava acordada.

— Bom dia, senhora Walker. Dormiu bem? — perguntou, com um sorriso calmo.

Elizabeth olhou para o sofá onde John havia estado.

— Sim… um pouco. — respondeu Elizabeth, com a voz ainda rouca pelo sono e pela tristeza contida.

— Que horas são?

— Obrigada, Sara. E desculpe… eu não queria preocupar ninguém.

— Shhh… — Sara levou a mão até seu rosto e acariciou sua bochecha com carinho. — O importante é que está bem e vai se recuperar rápido. Mas… — seu tom mudou para um sutil divertimento —, da próxima vez, sem aventuras na chuva, combinado?

Elizabeth riu baixinho, mas logo fechou os olhos, sentindo uma tontura suave.

Adam se aproximou, puxou o estetoscópio do pescoço e começou a examiná-la com profissionalismo.

— Como está se sentindo hoje? — perguntou enquanto ouvia seus batimentos.

— Melhor… só um pouco tonta quando tento sentar.

— É normal. — disse ele, afastando o estetoscópio e olhando em seus olhos com uma pequena lanterna. — Sua pressão caiu um pouco por conta do trauma, mas está estabilizando. A boa notícia é que os exames confirmaram que não houve nenhuma lesão interna ou coágulo. A pancada foi superficial, mas vamos monitorar por mais um dia. Seu tornozelo já desinchou e daqui a alguns dias poderá andar normalmente.

Elizabeth assentiu.

Adam suspirou, guardando o equipamento no bolso do jaleco.

— Eu recomendo repouso absoluto hoje. Amanhã, se tudo continuar bem, podemos dar alta.

Ela apenas sorriu.

— Vamos, Sara, deixar a Elizabeth descansar um pouco. — disse Adam, tocando levemente o ombro da amiga antes de se levantar.

Sara se inclinou e beijou sua testa, falando baixinho:

— Vou rezar para que você volte para casa amanhã, meu anjo. Qualquer coisa, me liga.

Elizabeth assentiu, apertando sua mão antes de vê-los sair.

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