Elizabeth
Elizabeth despertou lentamente ao sentir a luz suave do sol filtrada pelas cortinas do quarto. Seus olhos se abriram devagar, ajustando-se à claridade amena. Por um momento, ficou apenas olhando para o teto branco, ouvindo o som ritmado do monitor cardíaco ao seu lado.
Tentou se mover. Levou a mão até a testa, sentindo o curativo grosso ali, lembrando-se do tombo, da chuva… e de John.
“Ele me encontrou…”
Alice que estava mexendo no celular, assim que viu que Elizabeth havia acordado levantou imediatamente.
- Senhora, como se sente?
Elizabeth olhou para a enfermeira e teve um momento de confusão antes de lembrar o que estava acontecendo.
- Acho que bem. - Na verdade ela estava incomodada com os acessos no braço e os monitores ligados em seu corpo.
- Quer um pouco de água. - Perguntou a enfermeira
- Sim.
Imediatamente a enfermeira a ajudou a beber água.
Alice se aproximou, ajeitando o travesseiro atrás de sua cabeça.
— O doutor Saints pediu para avisar assim que acordasse para poder fazer novos exames, tudo bem?
Elizabeth apenas assentiu. Estava cansada demais para dizer qualquer outra coisa.
A tarde passou arrastada. Enfermeiras entravam e saíam, medindo seus sinais, ministrando medicação e trocando bolsas de soro. Elizabeth ficou quase todo o tempo de olhos fechados, tentando repousar, mas sem conseguir desligar os pensamentos.
Já era noite quando ouviu passos firmes no corredor. Seu coração acelerou antes mesmo de ver quem era.
A porta se abriu devagar, revelando John. Elizabeth prendeu a respiração.
Ele entrou sem dizer nada. Usava um terno escuro impecável, mas o nó da gravata estava frouxo, denunciando um dia exaustivo. Nos olhos, havia sombras que não estavam ali antes. Ele caminhou até a cama e ficou em pé ao lado dela, em silêncio.
— Boa noite, senhor Walker. Vou deixá-los a sós - Disse Alice deixando o quarto.
— Como você está? — ele perguntou, finalmente, com a voz baixa e rouca.
— Estou bem.
— Que bom.
John sentou-se no sofá tranquilamente. Abriu a maleta e tirou seu notebook.
— Se importa? Tenho alguns assuntos para resolver.
— Claro que não.
Elizabeth o observava enquanto ele mexia habilmente no computador. O barulho do dedilhar e os medicamentos a fizeram cair no sono novamente, provavelmente efeito dos remédios.
Quando reabriu os olhos, encontrou Alice organizando alguns materiais sobre a bancada próxima à cama. A enfermeira se virou, percebendo que ela estava acordada.
— Bom dia, senhora Walker. Dormiu bem? — perguntou, com um sorriso calmo.
Elizabeth olhou para o sofá onde John havia estado.
— Sim… um pouco. — respondeu Elizabeth, com a voz ainda rouca pelo sono e pela tristeza contida.
— Que horas são?
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Amargo Contrato de Casamento
Olá, quero deixar aqui meus sinceros parabéns por essa linda história, eu amei. Que Deus abençoe vc e toda a sua família...
História linda e emocionante como a fé e o amor são capazes de transformar vidas....
Maravilho...