Martha
Ao saber que o Grupo White finalmente havia fechado a parceria com o Grupo Walker, Martha sentiu um misto de alívio e satisfação. Mas, em sua mente, aquele era apenas o início de um jogo muito maior.
Decidida a avançar em seus planos, organizou um estratagema para confrontar Elizabeth e Pamela, já que as duas nunca haviam ficado frente a frente. A única vez que se viram pessoalmente foi no aniversário de Oliver, e mesmo assim, por breves instantes.
Ela entrou na biblioteca, onde Oliver lia calmamente, e falou com a voz mais suave que conseguiu produzir:
— Pai, estou pensando em chamar Elizabeth para tomar chá conosco amanhã à tarde. O que o senhor acha?
A pergunta parecia inocente, mas carregava segundas intenções evidentes em sua expressão. Oliver levantou os olhos, surpreso, e sua fisionomia se iluminou de imediato.
— Seria ótimo, filha. Faça isso. Fico feliz que queira se aproximar dela.
Martha sorriu como se demostrasse satisfação em receber a nora.
— Ótimo, vou providenciar — respondeu, forçando um sorriso antes de sair.
Caminhou até sua sala pessoal e fechou a porta, sentou em sua mesa e pegou o celular e, sem hesitar, procurou o contato de Elizabeth. John havia passado o número tempos atrás, mas Martha nunca havia tido intenção de usá-lo, até aquele momento.
O telefone foi atendido no terceiro toque.
— Senhora Sinclair? — a voz de Elizabeth soou surpresa e com uma leve insegurança.
Martha fez questão de parecer amável, embora sua doçura fosse forçada.
— Elizabeth, querida… — disse com um tom calculado. — Gostaria de convidá-la para tomar um chá aqui em casa amanhã. Você pode vir?
Do outro lado, houve um breve silêncio.
— Sim, claro… será um prazer.
— Ótimo. Espero você amanhã à tarde — finalizou, desligando sem esperar qualquer despedida.
Do outro lado, Elizabeth permaneceu olhando para o celular, atônita, sem acreditar no convite repentino.
Sem perder tempo, Martha buscou outro contato em sua lista. Dessa vez, um sorriso genuíno surgiu em seu rosto enquanto ligava.
— Olá, querida — disse assim que a ligação foi atendida, sua voz transbordando falsa doçura.
— Senhora Sinclair, que prazer receber sua ligação — respondeu Pamela, com entusiasmo genuíno.
Para Pamela o apoio da mãe de John era essencial para seguir seu plano de conquistar John. Com ela do seu lado, com certeza aquele casamento não duraria um dia após o término do contrato.
— Pamela, amanhã estarei organizando um chá aqui em casa e gostaria muito de convidá-la. Acho que será uma tarde bastante interessante.
Martha não escondeu o tom sarcástico na voz.
— Será um prazer tomar chá com a senhora — respondeu ela, empolgada. — Faz tempo que não nos vemos.
Martha baixou ligeiramente o tom de voz, deixando-o quase conspiratório.
— Também convidei outra pessoa… Elizabeth. Acho que será uma ótima oportunidade para colocá-la diante de alguém tão elegante, refinada e talentosa como você. Está na hora de ela entender seu verdadeiro lugar.
Pamela riu suavemente, satisfeita.
— Tenho certeza de que me divertirei muito — disse, com a voz carregada de veneno. — Estou ansiosa para conhecê-la… pessoalmente.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Amargo Contrato de Casamento
Olá, quero deixar aqui meus sinceros parabéns por essa linda história, eu amei. Que Deus abençoe vc e toda a sua família...
História linda e emocionante como a fé e o amor são capazes de transformar vidas....
Maravilho...