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Amargo Contrato de Casamento romance Capítulo 54

Martha

Ao saber que o Grupo White finalmente havia fechado a parceria com o Grupo Walker, Martha sentiu um misto de alívio e satisfação. Mas, em sua mente, aquele era apenas o início de um jogo muito maior.

Decidida a avançar em seus planos, organizou um estratagema para confrontar Elizabeth e Pamela, já que as duas nunca haviam ficado frente a frente. A única vez que se viram pessoalmente foi no aniversário de Oliver, e mesmo assim, por breves instantes.

Ela entrou na biblioteca, onde Oliver lia calmamente, e falou com a voz mais suave que conseguiu produzir:

— Pai, estou pensando em chamar Elizabeth para tomar chá conosco amanhã à tarde. O que o senhor acha?

A pergunta parecia inocente, mas carregava segundas intenções evidentes em sua expressão. Oliver levantou os olhos, surpreso, e sua fisionomia se iluminou de imediato.

— Seria ótimo, filha. Faça isso. Fico feliz que queira se aproximar dela.

Martha sorriu como se demostrasse satisfação em receber a nora.

— Ótimo, vou providenciar — respondeu, forçando um sorriso antes de sair.

Caminhou até sua sala pessoal e fechou a porta, sentou em sua mesa e pegou o celular e, sem hesitar, procurou o contato de Elizabeth. John havia passado o número tempos atrás, mas Martha nunca havia tido intenção de usá-lo, até aquele momento.

O telefone foi atendido no terceiro toque.

— Senhora Sinclair? — a voz de Elizabeth soou surpresa e com uma leve insegurança.

Martha fez questão de parecer amável, embora sua doçura fosse forçada.

— Elizabeth, querida… — disse com um tom calculado. — Gostaria de convidá-la para tomar um chá aqui em casa amanhã. Você pode vir?

Do outro lado, houve um breve silêncio.

— Sim, claro… será um prazer.

— Ótimo. Espero você amanhã à tarde — finalizou, desligando sem esperar qualquer despedida.

Do outro lado, Elizabeth permaneceu olhando para o celular, atônita, sem acreditar no convite repentino.

Sem perder tempo, Martha buscou outro contato em sua lista. Dessa vez, um sorriso genuíno surgiu em seu rosto enquanto ligava.

— Olá, querida — disse assim que a ligação foi atendida, sua voz transbordando falsa doçura.

— Senhora Sinclair, que prazer receber sua ligação — respondeu Pamela, com entusiasmo genuíno.

Para Pamela o apoio da mãe de John era essencial para seguir seu plano de conquistar John. Com ela do seu lado, com certeza aquele casamento não duraria um dia após o término do contrato.

— Pamela, amanhã estarei organizando um chá aqui em casa e gostaria muito de convidá-la. Acho que será uma tarde bastante interessante.

Martha não escondeu o tom sarcástico na voz.

— Será um prazer tomar chá com a senhora — respondeu ela, empolgada. — Faz tempo que não nos vemos.

Martha baixou ligeiramente o tom de voz, deixando-o quase conspiratório.

— Também convidei outra pessoa… Elizabeth. Acho que será uma ótima oportunidade para colocá-la diante de alguém tão elegante, refinada e talentosa como você. Está na hora de ela entender seu verdadeiro lugar.

Pamela riu suavemente, satisfeita.

— Tenho certeza de que me divertirei muito — disse, com a voz carregada de veneno. — Estou ansiosa para conhecê-la… pessoalmente.

John percebeu e se sentiu um pouco incomodado, ele também lembrou do dia que, com crueldade, havia lhe dito para não sorrir para ele. Desde então nunca mais a viu sorrindo, nem que fosse de leve.

Mas se manteve firme e começou a caminhar em direção ao escritório, mas foi interrompido pela voz dela o chamando.

— John? - A voz saiu firme e ao mesmo tempo suave, como se o nome dele fosse uma música pronunciada por uma anjo.

Ele parou, sem se virar surpreso pelo tom da voz dela, e respondeu, sentindo que sua voz saiu mais rouca do que pretendia:

— Sim?

— Sua mãe… ela me convidou para tomar chá amanhã na mansão Walker. - A voz saiu firme.

Ele se virou para encará-la, surpreso, franzindo levemente o cenho.

— Minha mãe te convidou? — perguntou, sem conseguir esconder o tom de espanto. Logo pensou consigo mesmo que deveria ser para agradar o avô, ele sabia que sua mãe não simpatizava com Elizabeth, mesmo sendo ela quem a escolheu para ser sua esposa por contrato.

— Sim… tudo bem eu ir? — Perguntou demonstrando que não tinha medo de Martha.

Havia um entendimento velado em que Elizabeth sabia que a mãe de John não gostava dela.

— Não há problema. Pode ir — disse, com a voz controlada.

E deixou a sala.

As oito horas em ponto, Elizabeth, com toques suaves na porta, abriu e anunciou que o jantar estava servido.

Não demorou muito, John foi para a sala de jantar e encontrou a mesa posta para uma pessoas e a refeição ainda quente sobre a mesa. Com um suspiro sentou-se para jantar sozinho mais uma vez.

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