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Amargo Contrato de Casamento romance Capítulo 71

James abriu a porta com um movimento ágil, rolou para fora e disparou, atingindo um dos sequestradores na perna. O homem caiu com um grito abafado.

Elizabeth vendo o que estava acontecendo começou a rezar fervorosamente. Ao ouvir o tiro colocou as mãos sobre as orelhas apavorada.

— Oh. Deus nos ajude, proteja o James…. Por favor! - Elizabeth estava aflita e só conseguia rezar. — Pai Nosso, que estais no céu….

Os homens de trás ficaram apreensivos porque não esperavam a reação do motorista. Não atiraram para não acertarem na mulher. Precisavam dela viva e começaram a avançar em direção ao carro enquanto James trocava tiros com o homem caído e o outro que se protegia na porta do carro da frente. James conseguiu acertá-lo novamente neutralizando-o.

Mas, nesse instante, os criminosos de trás chegaram ao carro. Um deles arrombou a porta traseira e, antes que Elizabeth pudesse reagir, a puxou violentamente para fora.

Elizabeth começou a gritar em desespero, tentando se agarrar em algo, mas foi puxada com brutalidade. O homem a segurou pelos braços puxando para trás com força, ela tentava lutar enquanto era levada.

— James! - Gritou ela apavorada.

James viu Elizabeth sendo arrastada, os braços lutando em vão contra a força bruta dos sequestradores.

James se ergueu, ignorando os disparos ao seu redor. Avançou como um raio, derrubando o homem armado mais próximo com um chute certeiro no estômago e depois um gancho em cheio na cabeça do oponente derrubando-o no chão.

Outro tentou atingi-lo com a coronha do fuzil, mas James desviou e desarmou o agressor com um golpe brutal no braço, quebrando-o. O homem gritou de dor e caiu no chão em desespero vendo seu braço quebrado com tanta facilidade.

Elizabeth gritava, lutando com todas as forças, enquanto o terceiro homem a segurava pelos ombros e tentava empurrá-la para dentro do carro.

James correu. Atingiu o sequestrador por trás com um golpe seco na nuca, nocauteando-o. Outro tentou atingi-lo, e os dois se engajaram em uma luta corpo a corpo violenta no meio da rua.

Chutes, socos, quedas. James cambaleou ao ser atingido na lateral por uma coronhada, mas se recuperou com um gancho de direita que desfigurou o agressor, nocauteando-o. Sangue escorria de sua têmpora, ele não se importou, seus olhos continuavam fixos em Elizabeth que tentava se livrar do último sequestrador.

Elizabeth tentava se afastar, mas foi agarrada novamente por trás pelo outro sequestrado que havia se recuperado. James, num último impulso, lançou-se sobre o sequestrador, derrubando os dois no chão. Os corpos rolaram, e James cravou o joelho sobre o peito do homem e o nocauteou com dois socos fulminantes.

Silêncio.

Os criminosos estavam desacordados ou feridos. Elizabeth, ajoelhada, tremia, os olhos arregalados fixos em James, que arfava, os punhos manchados de sangue, a camisa rasgada e o rosto ferido.

— Está... está tudo bem, senhora? — disse ele, ofegante

— Sim… acho que sim. - A voz tremia, o coração em disparada.

— Está ferida?

Ela balançou a cabeça negativamente. Mas ao ver o sangue escorrendo pela nuca ficou preocupada.

— James, você está ferido. - Disse preocupada.

— Não é nada. - Garantiu ele.

James levou a mão na nuca e cambaleou. Sangue também escorria na lateral do abdômen onde havia levado um tiro. Ele se deixou cair no chão.

Elizabeth saiu do estado de choque, levantou e correu até ele.

— James… James — ela olhou para ele sem saber o que fazer.

— Estou bem, senhora. - disse ele tentando tranquilizá-la.

— Você vai ficar bem. Oh. Deus por favor…

Sirenes soaram ao longe e logo eles estavam cercados por várias viaturas da polícia e ambulâncias.

James imediatamente foi atendido por paramédicos enquanto Elizabeth era atendida por outro médico, ao constatar que ela estava bem a deixou sentada em uma viatura.

Os sequestradores também foram levados para o hospital.

*****

No hospital, Elizabeth estava aflita, enquanto os médicos cuidavam de James. Ela rezava por ele e também pelos sequestradores. Quando finalmente a porta se abriu e o médico foi ao encontro de Elizabeth com um olhar tranquilizador.

— Ele ama o trabalho… eu sempre soube que algo assim podia acontecer.

Uma enfermeira apareceu e disse que poderiam vê-lo. Elas foram conduzidas a um quarto onde James estava consciente.

Elizabeth respeitosamente se manteve distante até a emoção do casal passar.

— James, meu amor. — Cristy se aproximou e o abraçou. — Como você está? Está tudo bem mesmo?

— Estou bem querida. E o pequeno Michael?

— Está com minha mãe.

Elizabeth ficou emocionada ao ver o carinho entre o casal. Pela primeira vez viu o semblante de James descontraído e um sorriso espontâneo ao olhar para a esposa.

Depois que a emoção do casal passou, Elizabeth se aproximou com um olhar cheio de gratidão e ao mesmo tempo de culpa.

— James, como se sente? - Perguntou com lágrimas nos olhos. Ele poderia ter morrido por sua causa e seu filho talvez não teria mais um pai.

— Bem, senhora.

— Sinto muito. Eu nem sei o que dizer…

— Só fiz meu trabalho e fico feliz por vê-la a salvo. — James falava como se aquilo fosse normal

— Obrigada… Eu nunca vou esquecer. - Disse com a voz embargada.

Ela olhou para a esposa de James, assentiu e saiu do quarto deixando-os a sós.

Elizabeth parou no fim do corredor do hospital, ainda trêmula, e puxou o celular. Apesar de John não se importar com ela, James fora ferido para protegê-la, ele deveria saber. Com as mãos trêmulas e hesitantes ficou olhando para o contato de John.

Respirou fundo e com o coração em disparada pensou que talvez ele não fosse atender, já que eles pouco se falavam, mesmo assim ligou e colocou o aparelho próximo ao ouvido, ficou com a respiração suspensa com o primeiro toque.

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