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Amargo Contrato de Casamento romance Capítulo 75

Elizabeth

Elizabeth passou o dia inquieta. Caminhava pela casa tentando se ocupar, mas seus pensamentos voltavam sempre para John. Queria ligar para John e perguntar se ele jantaria em casa. Lembrou do dia da tentativa de sequestro e como John fora atencioso para com ela, até lhe serviu vinho e conversaram um pouco.

Respirou fundo, pegou o celular e, com dedos trêmulos, digitou:

"John, você vai jantar em casa hoje?"

Enviou e fechou os olhos na expectativa.

John

John estava numa reunião com os principais diretores do Grupo, um dos diretores estava apresentando um gráfico com os resultados daquele mês, quando seu celular ao lado da pasta cheia de documentos vibrou. ele olhou sem interesse, mas ao ver que a mensagem era de Elizabeth.

Instintivamente, ele pegou imediatamente o celular, o que deixou todos surpresos, John não atendia o celular em reuniões.

John

John estava numa reunião com os principais diretores do Grupo Walker. Um dos executivos apresentava um gráfico sobre os resultados do trimestre. Seu celular, ao lado da pasta de documentos, vibrou. Sem interesse, olhou de relance, mas ao ver que era mensagem de Elizabeth, sentiu algo revirar dentro dele preocupado.

Instintivamente, pegou o celular. Todos se calaram por um segundo. John nunca atendia mensagens em reunião. O diretor que falava parou a apresentação, esperando instruções. John ergueu a mão sem tirar os olhos do aparelho, ordenando:

— Continue.

Mas ele mesmo não prestava mais atenção. Leu e releu a mensagem curta.

"John, você vai jantar em casa hoje?"

Por um momento, pensou em responder imediatamente que sim. Ultimamente, eles estavam mais próximos, e aquilo começava a assustá-lo. Sentia sua armadura emocional enfraquecendo. Respirou fundo, apoiou o celular sobre a mesa, encarou os gráficos sem vê-los. Precisava manter distância, lembrar quem ele era e o que havia planejado. Não podia baixar a guarda.

Além disso, havia o jantar com empresários naquela noite. Importante. Estratégico. E quanto ao aniversário de casamento… estava totalmente bloqueado de sua mente. Não lembrava.

Digitou apenas:

"Não. Tenho um jantar importante."

A resposta de Elizabeth chegou pouco depois, fria e curta:

"Ok."

John jogou o celular sobre a mesa com força contida. Soltou um palavrão inaudível, mas todos os diretores sentiram o clima mudar. Um deles pigarrou, tentando voltar ao assunto.

— Como eu dizia, senhor, pelas estatísticas…

John apenas fitava a tela, perdido em pensamentos. Aquela palavra – “Ok” – ressoava em sua mente como um soco silencioso. Esperava um argumento, um pedido de explicação. Mas o que recebeu foi aceitação. Indiferença. E aquilo, de alguma forma, o incomodava mais do que qualquer reclamação.

*****

Elizabeth ao ver a resposta, que demorou a chegar, ficou arrasada e sem palavras. “Ele de novo não lembrou ou não se importava.” pensou.

— Acho que ele não se importa. — Murmurou.

Colocou o celular sobre a bancada.

A noite Elizabeth esperou por John próximo e quando ele chegou apenas deu um breve boa noite e subiu a escada, não demorou muito Elizabeth ouviu John saindo com seu motorista. Quando John saía com o motorista particular era porque provavelmente demoraria.

Elizabeth

Ao ver a resposta que demorou a chegar, Elizabeth ficou arrasada e sem palavras. Guardou o celular com as mãos trêmulas e murmurou:

Enquanto conversavam, sentiu um leve perfume floral conhecido e virou-se. Pamela estava parada a poucos metros dele, conversando com dois empresários franceses. Vestia um vestido preto longo, justo na cintura, com um decote discreto e elegante, os cabelos num penteado moderno e sofisticado que deixava à mostra seu pescoço alongado e ombros bem delineados. Seus brincos de safira azul reluziam sob a luz do salão. Estava em uma elegância discreta que para John era mais interessante que quando ela se vestia de forma sedutora.

Ao notar que John a observava, ela se despediu dos empresários com um sorriso e caminhou em direção a ele, com passos suaves, porém decididos. Parou ao seu lado e pediu uma taça de espumante ao garçom antes de encará-lo.

— Boa noite, John. — disse, estendendo a mão como quem oferecia para ele beijar.

John ergueu os olhos para ela com frieza.

— Boa noite, Pamela. — respondeu, ignorando a mão estendida e voltando a olhar para Daniel e Marcus.

Por um segundo, o sorriso dela vacilou, mas logo levou a mão para ajeitar o penteado com naturalidade antes de se virar para cumprimentar Daniel e Marcus.

— Boa noite, Daniel… Marcus. — disse, inclinando levemente a cabeça.

— Boa noite, Pamela. Como vai? — perguntou Marcus com educação, enquanto Daniel apenas acenou, visivelmente entediado com sua presença.

— Muito bem. — respondeu, voltando-se para John com um sorriso astuto. — Estou surpresa em vê-lo aqui hoje.

Ele bebeu um gole de seu whisky antes de responder, fitando-a de cima a baixo sem qualquer expressão.

— Eu disse que era uma grande oportunidade.

— Como você não deu certeza se viria, pensei que tivesse outro compromisso… mais exclusivo.

John a olhou, confuso.

— E onde seria?

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