Caminho Traçado - Uma babá na fazenda romance Capítulo 12

Resumo de 12: Caminho Traçado - Uma babá na fazenda

Resumo do capítulo 12 de Caminho Traçado - Uma babá na fazenda

Neste capítulo de destaque do romance Romance Caminho Traçado - Uma babá na fazenda, Célia Oliveira apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.

Passeei mais um pouco com o Noah, minha barriga roncava de fome, mas só comeria depois que Oliver saísse da cozinha. Estava entrando na casa, quando meu celular tocou.

Era um número privado, estranhei porque apenas Isa tinha meu número novo.

— Alô. — Atendi.

— Vagabunda, eu vou encontrar você, e antes de deformar a sua cara inteira, terminarei o que comecei.

Após falar, desligou. Eu sabia muito bem quem era, conhecia aquela voz nojenta em qualquer lugar no universo, era ele, Sandro!

Meu coração errou as batidas, por um segundo fiquei tonta e quase caí no chão com o Noah. Meu maior pesadelo estava acontecendo, ele estava atrás de mim, como conseguiu meu número? Será que ele já sabia onde eu estava?

Minha cabeça girou mais um pouquinho, então por medo de cair do lado de fora com o bebê, fui para dentro da casa. Entrei tremendo tanto, que ignorei Oliver e Saulo me chamando, nem me importei, continuei andando e entrando no quarto, coloquei Noah na cama e me sentei no chão, estava desesperada, sem saber o que fazer. Comecei a chorar incontrolavelmente, Denise entrou no quarto sem bater.

— O senhor Oliver está te chamando, disse para você ir imediatamente. — Ela me olhou, e só aí viu que estava chorando.

— Aurora, o que houve? Você está bem? Meu Deus, você está tremendo!

Eu não conseguia responder nada. Não tinha palavras, apenas medo, ele disse que me encontraria, me estupraria e iria deformar meu rosto, isso porque deve ter ficado com uma enorme cicatriz no rosto.

Denise pegou uma jarra que estava ao lado da mesinha do quarto e me trouxe um copo de água.

— Fala algo, o que aconteceu? O senhor Oliver lhe fez ou falou alguma coisa com você?

Sem obter nenhuma resposta, ela saiu do quarto, o meu estado estava realmente deplorável.

Me deitei no chão em posição fetal, precisava fazer alguma coisa, raciocinar sobre minha situação. Antes que prestasse atenção em algo, vi Oliver em pé frente a cama, ele estava parado e me encarava com uma grande interrogação no rosto.

Tentei me recompor ao máximo e me levantei enxugando as lágrimas, fiquei de pé em sua frente, mas de cabeça baixa, ele não precisava enxergar o meu desespero. O silêncio reinava, parecia querer que eu começasse a falar, coisa que não iria acontecer.

— Pare de drama, eu nem peguei pesado com você. — Começou.

Olhei para ele por um momento, e fiz um sinal de negação.

— Não estou assim por sua culpa. — Continuei de cabeça e voz baixa, estava tentando raciocinar.

— Por que você não me fala do que está fugindo em? Quem sabe possa te ajudar.

Desta vez, a voz de Oliver saiu mansa e suave, nunca tinha escutado-o falar assim, se aproximou lentamente e segurou meu queixo, fazendo com que levantasse a cabeça para encará-lo, ao olhar seus olhos, vi seu semblante diferente também, ele estava sereno, parecia preocupado e disposto a ouvir.

— Eu. — Relutei em dizer, não queria falar dos meus problemas para um completo desconhecido, entretanto o que faria? Não tinha ninguém no mundo, nem um teto, ou um ombro amigo, estava só, Isa não poderia me ajudar, estava morando de favor na casa da tia, além disso, estava ocupada com a faculdade. Talvez se eu falasse agora, ele me deixaria ficar aqui por algum tempo, até arrumar outro lugar. — Eu fugi de casa, senhor. Estou fugindo do meu padrasto.

Ele ficou em silêncio, por um tempo, respirou fundo e perguntou.

— Onde está sua mãe?

— Ela mora com ele e com minha irmã mais nova, filha legítima dele. Mas, minha mãe prefere o marido do que a mim.

— E seu pai? — Continuou.

Aquilo viraria um interrogatório, e eu estava ali para responder todas as perguntas.

— Não senhor! Só falei para que você saiba que eu não sou nenhuma criminosa, ou fora da lei, e não se preocupe, eu irei embora daqui imediatamente.

Ao falar me virei em direção ao armário, comecei a arrumar as minhas coisas dentro da bolsa novamente, nem olhei para o Noah na cama, e agora eu chorava por ele, como ficaria? Esse sem coração, não tinha um pingo de afeto pelo menino, mas com certeza arrumaria alguém para cuidar dele.

— Pode ficar. Não irei registrá-la. — Oliver falou e eu parei para olhá-lo.

— Não precisa ter dó de mim. — Continuei arrumando minhas coisas.

— Não estou com dó de você, eu não iria registrá-la de qualquer maneira mesmo, afinal, você disse que ficaria com o menino por amor, como eu colocaria isso na sua carteira de trabalho mesmo? Salário inicial, amor e carinho?

Eu o olhei incrédula, a cara de Oliver era sarcástica, e um sorrisinho irônico saía do canto de sua boca, como ele conseguia fazer piadas com um assunto tão delicado desses.

— Mas eu não quero causar problemas por aqui, caso ele apareça.

— Eu já te falei, este é o meu território, aqui sou eu que decido quem entra e quem sai.

Parei e pensei por um momento, por mais que eu fosse embora dali, não conseguiria arrumar um emprego tão cedo, porque ninguém iria querer ficar com um funcionário sem registrar. Oliver estava me dando a oportunidade de ter uma moradia, comida e segurança, eu não iria ganhar dinheiro, mas eu também não iria gastar, seria uma troca justa, já que ele precisava de mim para cuidar do filho e naquele momento de certa forma eu também precisava dele.

— Por que está fazendo isso por mim? — Perguntei me dando por vencida.

— Não é por você, é por ele. — Apontou para Noah deitado na cama, depois virou as costas saindo do quarto.

Nesse momento sorri, sei que realmente ele estava fazendo por Noah, mas, no fundo, senti por um milésimo de segundo, que ele se preocupou e estava me ajudando.

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