Acordei com o clarão de um raio, havia dormido com o Noah e tinha me esquecido de fechar as cortinas da janela.
O raio clareava o quarto vez ou outra, mas não se ouvia o barulho do trovão, a janela era bem lacrada, a prova de som. Olhei e vi que Noah continuava dormindo como um anjinho, me levantei, arrastando com cuidado uma das poltronas até a janela, me sentei e comecei a observar a chuva caindo.
Eu amava a chuva, amava os raios, eles eram tão lindos, apesar de perigosos, era a coisa que eu mais admirava na natureza, tão imponentes, seguidos com sua voz majestosa de trovão, olhei no relógio e vi ser 2 e pouco da madrugada, lá fora tudo era assustador, lembrei que cheguei aqui numa madrugada feito essa, raios, chuva e aquele homem.
Lembrei do homem na ponte, do carro parado, dele prestes a se jogar, e a minha interferência, será que salvei a vida dele? Como será que ele estava agora? Quem era e qual o motivo que o traria a tentar contra a própria vida. Bem baixinho, pedi a Deus que o protegesse, onde quer que estivesse, não sabia quem era, mas pedia que seu problema fosse resolvido e ele não precisasse mais pensar, a chegar num extremo desses, não sei o porquê, mas me lembrei de Oliver também, os dois tinham um jeito arrogante parecido. Espera! E se o homem que conheci naquela ponte fosse o Oliver? Mesmo com toda a chuva e o barulho do vento atrapalhando, as vozes se pareciam.
— Deus, por favor, revele a identidade desse homem para mim.
Mais um raio caiu, bem perto da casa desta vez, Noah assustou-se com o clarão e começou a chorar, corri e fechei as cortinas, o peguei no colo, logo ele se acalmou e dormiu de novo, acho que esse pequenino está se acostumando comigo, é só me aproximar que ele se acalma, deitei de novo ao seu lado e adormeci.
Pela manhã, já havia acordado, trocado Noah e feito tudo que tinha que fazer, desci para a cozinha com o bebê no carrinho, Denise estava olhando o celular.
— Bom dia, Denise! — Sorri e cumprimentei.
— Ah, bom dia, Aurora. — Respondeu assustada.
— O que foi? Está com cara de assustada.
— Eu não vi você chegando. — Riu — Estava vendo uma notícia aqui no site.
— Que notícia? Algo interessante?
— Um homem acabou de ser encontrado morto, na ponte que liga da capital até a fazenda, tudo indica que ele se suicidou.
Eu não acreditava no que acabava de ouvir, não, não pode ser!
— Não pode ser Denise me deixa ver! — Corri para pegar o celular da sua mão para olhar a notícia, mas ela o guardou imediatamente, não tinha visto que Oliver havia chegado na cozinha.
— O que está havendo aqui? Que alvoroço todo é esse?
— Desculpa senhor, só estava falando com a Aurora de uma notícia que vi.
— E que notícia séria essa, que fez vocês duas pararem o serviço?
— Um homem se suicidou na ponte que vem aqui para a vila São Caetano.
Oliver parou alguns segundos, parecia está tão surpreso quanto eu, já que ainda estava em choque, não acreditava que aquele homem que encontrei naquela noite, tinha voltado lá e terminado o que pensei haver impedido.
Oliver me encarou.
— Por que está assim Aurora? Você o conhecia?
Me pegou de surpresa com a pergunta, não o conhecia, mas estava muito triste, de certa forma, pensava que ele não voltaria a fazer aquilo, ontem a noite até pensei nele e até cogitei a possibilidade dele e Oliver serem a mesma pessoa.
— Não senhor. — Minha voz saiu tristonha e uma lágrima solitária correu do meu rosto.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Caminho Traçado - Uma babá na fazenda
Os capítulos 73. 74 estão faltando ai ñ da para compreender e ficamos perdidas...
Alguém tem esse livro em PDF ?...
Do capítulo 70 em diante não se entende mais nada, pulou a história lá pra frente… um fiasco de edição!!!...
A partir do capítulo 10, vira uma bagunça, duplicaram a numeração dos capítulos, para entender é preciso ler apenas os lançados em outubro de 2023, capítulo 37 está faltando, a rolagem automática não funciona, então fica bem difícil a leitura! Uma revisão antes de publicar não faria mal viu!!!...
Nossa tudo em pe nem cabeça, tufo misturado, não acaba estórias e mistura com outro, meu Deus...
Lindo demais...