Caminho Traçado - Uma babá na fazenda romance Capítulo 15

Resumo de Bônus: Caminho Traçado - Uma babá na fazenda

Resumo de Bônus – Capítulo essencial de Caminho Traçado - Uma babá na fazenda por Célia Oliveira

O capítulo Bônus é um dos momentos mais intensos da obra Caminho Traçado - Uma babá na fazenda, escrita por Célia Oliveira. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.

No interior do escritório, dois homens conversavam.

— Essa garota está achando que sou algum idiota.

— Quem cara?

— A Aurora!

— Tem paciência com ela, cara, a coitada passou a madrugada toda com o menino no pronto-socorro.

— Ela se esqueceu que sou o patrão, eu que mando aqui!

— O que ela te disse para você ficar tão nervoso assim em? Perdi alguma coisa enquanto estava fora? — Falou se sentando na poltrona do escritório.

— Deixa aquela pirralha para lá. .— Falou sentando-se na cadeira, e abrindo o notebook.

— Foi você quem começou falando dela.

— Me diz, onde você estava para encontrar a Aurora na estrada de madrugada?

— Admirando a perfeição que é a vila. — Riu descaradamente.

— Conta outra, Saulo. — Revirou os olhos.

— Sério Oliver, a vila São Caetano é perfeita cara, você projetou cada coisa ali como se morasse lá.

— Mas moro de certo modo.

— O mercado, o pronto-socorro, a farmácia, banco, escola e o bar. — Se animou. — Cara, aquele bar lá é bom de mais, quando eu estava em Londres o que mais sentia falta era daquele bar!

— Onde quer chegar com essa conversa toda?

— Você sempre direto, meu amigo. — Riu — Mas preciso te dizer que falta uma coisa ali na vila.

— E o que é?

— Um hotel cara. Não é sempre que quero dormir aqui na sua casa, você me entende. — Levantou-se, dando um tapinha nas costas de Oliver.

— Eu não vou construir um motel para você sair por aí comendo minhas funcionárias!

Saulo riu da direta do amigo.

— Eu disse hotel cara, e não são todas as funcionárias, é uma específica e você sabe.

— Nem vem com essa, hotel para quê? Nós não recebemos mais estranhos na vila, esqueceu?

— Mas visitantes traria mais dinheiro para o povo.

— Todos da vila já trabalham e ganham dinheiro, não me inventa essa, esqueceu do estrago que a última pessoa estranha que chegou aqui fez?

— Desculpa cara, não queria chegar a essa conversa.

— Tudo bem.

Tentando mudar o rumo da conversa, mas sem mudar o assunto, pegou uma garrafa de água no frigobar e abriu bebendo a metade do líquido. Após o gole, Saulo continuou.

— Então tem alguma casa vazia por lá para você me alugar? Irei me mudar para a vila, enquanto ficar por aqui.

Dessa vez foi a vez de Oliver ri.

— Saulo, você sabe que é como um irmão para mim, pode morar aqui em casa por quanto tempo quiser.

— Qual é Oliver, acha que é fácil vim embora toda madrugada da vila? Tudo isso porque não tenho um lugar descente para dormir com ela. E eu não vou trazê-la para sua casa por respeito a você, e também porque ela não aceita, e eu preciso de privacidade cara, você sabe! Eu e a morena somos duas pessoas que precisam colocar as emoções para fora, fazendo barulho, entendeu?

— Você não tem jeito em! — Levantou-se rindo, caminhou um pouco e foi até a mesa da escrivaninha, abriu uma gaveta e pegou um molho de chaves. — Toma! — Estendeu a mão com as chaves para o amigo. — É a chave da dependência aqui dos fundos da casa, você já sabe como é lá, amplo, arejado, pode fazer o barulho que quiser e sem se preocupar em ser ouvido, tem sua entrada e saída própria, e acesso à casa principal, assim você tem sua privacidade, e também tem acesso aqui dentro, lá é um lugar muito arrumado, você vai ficar bem instalado e perto de mim, só precisará levar a mobília, já que a que estava lá mandei queimar.

— Obrigado amigão, desse jeito dá para vir assaltar sua geladeira a noite.

Riram. Já fazia dias que Saulo não via o amigo sorrir, afinal, depois do golpe que havia levado da vida, não era tão fácil se recompor do dia para a noite.

— Cara, não fala assim, se você enxergasse a cara de desespero que ela estava quando eu a encontrei com o bebê na estrada, até parecia ser o filho dela.

— Me poupe Saulo, ela só está fazendo isso porque não tem onde morar, e se acontecer algo com o menino, sabe que está no olho da rua, e quer saber do mais? É uma mentirosa, menti sem nenhum escrúpulo, sabe lá do que ela está fugindo, o que esperar de uma pessoa que chega caminhando sozinha de madrugada na chuva? Ela pode ser alguma criminosa procurando esconderijo.

— Sabe que não é isso, você até pesquisou sobre ela, pare de criar teorias na sua cabeça Oliver, ela deve está passando por algo muito ruim, e deve está desesperada sim para arrumar um lugar para ficar, mas cara, uma pessoa não consegue manter o personagem por muito tempo não, eu a vi chorando no hospital pelo seu filho, e não tinha ninguém olhando.

— Ninguém não, você estava não é mesmo? Ela pegou o patinho certo. Acha mesmo que em menos de uma semana ela teria algum sentimento por uma criança que nunca viu? Poupe-me Saulo.

— Por favor, cara, você disse que sou como um irmão para você, então me escuta. — Se aproximou de Oliver e pôs a mão em seu ombro. — Sei que depois do que passou, fica muito difícil acreditar em alguém, principalmente em uma mulher, mas eu que estou de fora, estou vendo algo que você não está vendo no momento, Aurora gosta mesmo de seu filho, ela é uma ótima profissional, cuida muito bem do Noah, como uma mãe, só por isso já teria um ponto comigo, mas ela também te ajudou a.

— Chega! — Cortou a conversa. — Eu já entendi tudo bem? Deixarei que ela continue aqui, quanto a Denise, trocarei de lugar com a Lúcia, espero que você não me peça mais nenhum favor por muito tempo.

Oliver saiu do escritório e foi procurar por Denise, a encontrou no quarto do filho, estava arrumando a cama.

— Denise, quando você terminar tudo, venha até meu escritório, por favor.

— Sim senhor!

— A babá já chegou com o menino do pronto-socorro?

— Ainda não.

Antes de sair do quarto, vê uma bolsa no chão.

— O que é isso?

— Acho que são as coisas da babá senhor.

— Tire tudo da bolsa e arrume no armário ok?

— Sim senhor!

Saiu do quarto do filho e entrou no seu para tentar dormir um pouco, já que a ressaca da noite foi pesada, e ainda foi desperto pelo amigo fora do horário, contando que a Aurora estava no pronto-socorro da vila com o bebê, que havia passado mal.

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