Caminho Traçado - Uma babá na fazenda romance Capítulo 16

Resumo de 15: Caminho Traçado - Uma babá na fazenda

Resumo de 15 – Capítulo essencial de Caminho Traçado - Uma babá na fazenda por Célia Oliveira

O capítulo 15 é um dos momentos mais intensos da obra Caminho Traçado - Uma babá na fazenda, escrita por Célia Oliveira. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.

Acordei com um raio de sol em meu rosto, mais uma, vez esqueci de fechar as cortinas da janela para dormir, estava me sentindo bem, apesar de ter um roxo horrível em minha testa. Fiz tudo que precisava fazer com o Noah, o coloquei no sling e saí para nosso passeio matinal.

O jardim estava alegre, algumas flores estavam desabrochando hoje, e a grama parecia chegar a brilhar de tão verdinha que estava.

Encontrei com Denise no fundo da casa, ela saía de uma pequena casinha, que era ligada a casa principal, parecia uma dependência.

— Bom dia Denise.

— Bom dia Aurora. — Respondeu com um largo sorriso.

— Está linda hoje. — Denise não estava com o uniforme do trabalho, e sim com um vestido longo florido, salto Anabela, brincos grandes de argola e uma bolsa muito linda, que parecia ser de grife.

— Obrigada, hoje é dia de folga, vou aproveitar que é sábado e vou para a capital, fazer algumas comprinhas.

— Que legal.

— E você, não vai tirar o dia de folga não?

— Ah, não, meu serviço é em tempo integral, eu até posso sair, mas preciso levar o Noah junto.

— E por que não vai para a capital, passear um pouco? Hoje não fica praticamente ninguém aqui na fazenda, todos vão, o ônibus mesmo sai daqui a uma hora.

— Eu não conheço a capital, nem saberia andar por lá, ainda mais com um bebê, não conheço ninguém daqui também.

— Como assim não conhece ninguém, e eu aqui? — Riu — Vamos comigo, a gente passeia e come alguma coisa gostosa, depois compra umas blusinhas, para falar a verdade, eu estava louca para arrumar uma companheira de passeio, tia Lúcia já é velha, não gosta de sair comigo não.

— Eu até gostaria Denise, mas estou sem dinheiro também, então a gente deixa para a próxima.

— Como assim, você não recebeu hoje não? — Perguntou curiosa — O senhor Oliver paga todos os funcionários na sexta-feira.

— Ah, é que.— Não quis falar para ela que não recebia dinheiro. — É que o combinado da gente foi diferente, sabe? Deve ser por que olho o filho em tempo integral. — Desconversei.

— Ah, deve ser por isso mesmo, você deve receber bem em Aurora. — Brincou — E o que você vai fazer este fim de semana todinho? Ninguém vem para cá, o senhor Oliver fica sozinho na casa e já deve ter percebido que ele não é muito de conversa.

— Irei fazer o que faço diariamente, ficar e me distrair com o Noah.

— Poxa, fiquei com uma peninha de você agora! — Falou sincera.

— Não se preocupa comigo, talvez eu vá à vila hoje, é bom que faço uma caminhada.

— É minha cara, e vai ser uma boa caminhada mesmo, porque a pé, não é tão pertinho não, e para falar a verdade, é viagem perdida, lá não terá nada interessante, fim de semana todos vão a capital, a vila ficou sem graça depois que as festas pararam.

— E tinha tanta festa assim? — Eu sempre quis ir a uma festa.

Nunca minha mãe me deixou ir, nem nas da escola podia participar, queria saber como era dançar com os amigos, andar e ver muita gente diferente, curtir um pouco, sem bebida é claro!

— As melhores, todo fim de semana! — Falou empolgada — O senhor Oliver fazia questão de chamar até banda famosa, ele fazia de tudo para agradar dona Liana.

— Quem é essa Liana? — Perguntei curiosa.

— Ah, é mesmo, eu não te contei sobre ela, também, estávamos lá dentro da casa, era perigoso ele escutar. — Cochichou. — Eu te conto tudo, mas faz assim, vamos para a capital, lá a gente senta em algum lugar e conversa, afinal, aqui ele pode aparecer e ouvir tudo, aí acabou, vai você e eu para o olho da rua.

— Tudo bem, vou arrumar as coisas do Noah e já volto. Você me espera?

— Claro, mas não demora muito não, pois o ônibus sai daqui a pouco e a gente tem que ir para o ponto.

— Certo, já volto.

Entrei na casa depressa, realmente não podia gastar meu dinheiro, porque ele era meu fundo de garantia, mas a curiosidade para saber e descobrir quem era a mãe do Noah era maior, mas antes de entrar no quarto me encontrei com Oliver no corredor.

— Bom dia, senhor! — Ele não respondeu, então continuei. — Estou indo até a capital para comprar algumas coisas, o Noah irá comigo.

— É claro, ele ficaria com quem?

O ignorante, sem alma, chato pra cassete, não perdia uma oportunidade de soltar uma piada.

— Só estou avisando para o caso de sentir falta do seu filho. — Perco o emprego, mas não perco a indireta.

— Já chamou o Joaquim?

— Para quê?

— Para levá-la.

Ao sair perto da garagem me encontrei com Joaquim.

— Bom dia Joaquim, você por acaso viu a Denise?

— Bom dia senhorita Aurora, ela está ali.

Apontou para minhas costas, Denise já veio em minha direção.

— Demorou em Aurora, o ônibus já deve está saindo.

— Não se preocupa Denise, a gente vai de carro!

Dei um sorriso e ela entendeu, entramos no carro, e Joaquim dirigia em direção a capital.

— Nossa, que bom que chamei você em Aurora, nada mais confortável do que viajar num carro desses.

— Eu não queria, mas o senhor Oliver disse que, mesmo que fossem coisas pessoais para fazer, deveria ir de carro para a segurança do Noah.

— É Tio, hoje você vai dar uma boa volta conosco em! — Se dirigiu a Joaquim.

— Eu só vou deixar vocês nos lugares, andar com vocês nunca!

— Só por a gente ser jovem não é tio? Mas não se preocupa, a Aurora quer conhecer um pouco a cidade, então o senhor irá dirigir muito.

Os dois riram. Foi a primeira vez que vi Joaquim rindo, lá na fazenda ele era muito sério, e não dava brechas.

— Não sabia que o Joaquim era seu tio. — Falei para Denise.

— Ah, ele é irmão do meu pai, e marido de tia Lúcia.

Havia entendido. O restante do caminho foi em silêncio, para não atrapalhar a sonequinha do Noah, também não tinha nenhum assunto para conversar, Denise tinha jeito de ser uma pessoa muito legal, mas não disse nada a ela, enquanto estava perto do tio.

Denise pediu para que o tio nos deixasse perto do shopping, numa praça enorme, linda de morrer, descemos do carro e ela ficou de ligar para o tio, quando precisasse dele de volta.

— Olha, vamos sentar um pouco naquele banco Aurora, assim você dá a mamadeira do Noah, e eu te conto a história toda do patrão.

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