Caminho Traçado - Uma babá na fazenda romance Capítulo 41

Eu poderia acordar amanhã, com mais um problema em minhas costas, mas queria correr esse risco, estava sentindo algo tão forte em relação a Oliver que não conseguia explicar, eu simplesmente olhei para ele e acenei com a cabeça num sinal de confirmação.

Seus olhos brilharam de um jeito que eu jamais havia visto, era algo totalmente novo para mim.

Voltamos a nos beijar, desta vez com mais intensidade, sua mão passeava pelo meu cabelo, segurando forte quando chegou na nuca, sua outra mão me puxava forte para mais perto de si o possível, aquilo era tudo novo para mim, pois borboletas voavam pelo meu estômago, estava naquele momento no melhor lugar do mundo, nos braços de quem eu me sentia protegida.

— Juro que tentei ficar longe de você, mas parece que você tem um ímã. — Oliver falava entre beijos e carinhos. — Toda vez que esperava uma má atitude sua, diante de minha estupidez, você me surpreendia com seu jeito doce e senso de justiça.

Eu não sabia o que falar, tinha medo de dizer algo e estragar aquele momento único, e não queria que aquilo acabasse nunca.

Mas antes que a gente voltasse a se beijar outra vez, um chorinho veio da babá eletrônica que estava ao nosso lado.

— Não acredito. — Oliver sorriu frustrado. — Acho que ele está com ciúmes de você.

— Deixa que irei lá, tudo bem? — Falei tentando me levantar, com minhas pernas meio bambas ainda, do nervosismo do que ouvi agora pouco.

— Não! — Oliver segurou meu braço. — Eu vou, fique aqui e me espere, eu volto logo. — Se levantou, mas antes voltou e me deu outro beijo. — Me espera aqui, por favor, não muda de ideia.

Antes que eu respondesse, ele entrou na casa, é claro que o esperaria, isso tudo podia ser uma grande loucura, mas agora era a minha loucura, eu era a dona de minha vida, e podia arriscar em tudo o que achasse que fosse certo, ou bom para mim.

O vento corria sob as grandes árvores e também balançava um pouco os meus cabelos, o mar fazia seu barulho. Ainda na varanda, sentia o cheiro da terra molhada que vinha de longe, a casa que estávamos era quase frente ao mar, e ao fundo, havia várias árvores, era lindo de dia, mas a noite ficava um pouco assustador, pois o escuro tomava conta, mas aquele lugar era muito agradável, e eu estava sentada numa espécie de sofá, que mais parecia uma pequena cama de descanso, ali estava protegida do frio e do vento, era acolhedor e confortável.

Já havia passado mais de quinze minutos e Oliver ainda não veio, eu ia entrar e esperá-lo lá dentro, mas logo ouvi um barulho estranho, como se fosse de um galho quebrando, achei que podia ser algum bicho passando pelo arredor da casa, mas o barulho ficou mais alto, então me levantei para observar do outro lado da área, podia ser algum bichinho preso aos galhos, fui em direção de onde vinha o barulho, que parou quando cheguei, então por está escuro demais, resolvi voltar para dentro da casa, mas antes que desse meia volta, senti algo cobrir minha boca e nariz, e logo, tudo ficou escuro, só consegui ouvir uma voz bem ao fundo da minha consciência.

— Achei você, sua vagabunda!

[...]

Dentro do quarto, Noah estava com os olhos super atentos, não parecia que iria dormir tão rápido.

— O que foi meu filho, não me diga que está com ciúmes do papai e da Aurora?

Havia dado mamadeira, e o colocado para arrotar, isso acho que durou quase 40 minutos.

— Espero que a Aurora não mude de ideia.

Logo Noah dormiu outra vez, o coloquei com todo cuidado no berço, e o deixei mais acomodado que nunca, logo desci depressa para a varanda.

— Aurora.

Ela já não estava deitada lá, também parecia está mais frio aqui fora, já era quase uma da manhã, então entrei, tranquei as portas e subi para ir ao seu quarto.

A porta estava fechada, eu não abriria de vez, então bati chamando-a.

— Aurora!

Não obtive resposta, chamei mais algumas vezes, e quando fui rodar a maçaneta, um peso em minha consciência se manifestou.

“Ela não quer fazer isso, Oliver, respeite sua privacidade"

Se ela não me respondeu, podia já está dormindo, ou simplesmente não queria falar naquele momento, talvez estivesse confusa.

Respeitaria o seu silêncio, então resolvi não perturbá-la, voltei para o meu quarto e me deitei na cama, me senti um lixo, por tomar uma atitude tão precipitada, mas parecia que ela queria tanto quanto eu, por que mudou de ideia tão rápido? Por que não me falou nada? Me perdi em meus pensamentos, e tentei cochilar um pouco, mas eu não conseguia, não conseguia esquecer o gosto do seu beijo, o toque e o calor de seu corpo. Preciso vê-la, preciso saber, o que houve.

Me levantei e fui mais uma vez bater na porta de seu quarto.

— Aurora?

Como mais uma vez não obtive resposta, tive que fazer o que tanto me neguei. Abri a porta do quarto.

Estava tudo escuro, chamei seu nome mais uma vez, mas ela não respondeu, então acendi a luz, a cama estava arrumada do mesmo jeito que estava pela manhã, olhei no banheiro e não a encontrei, logo um sinal de alerta soou em meu consciente.

— Ela foi embora.

Abri seu armário, mas vi que todas as suas roupas estavam ali, sua bolsa e seus documentos.

Desci mais uma vez a escada e meu coração parecia já está pressentindo o pior, abri a porta e liguei todas as luzes de fora.

— Aurora, Aurora! — Gritei.

Andei por todo redor da casa, logo peguei o celular e liguei para Danilo vir imediatamente, quando voltei para dentro da casa, perto da escada dos fundos, vi algo brilhando no chão, me aproximei e vi ser seu celular no chão.

— Não pode ser. Droga não pode ser!

Logo Danilo chegou com Selma.

— Dá uma olhada nas câmeras de segurança agora, alguém esteve aqui e levou a Aurora!

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Caminho Traçado - Uma babá na fazenda