Acordei com uma dor de cabeça enorme, não conseguia me mexer direito, pois meu corpo também doía.
Logo, flashes do que aconteceu vieram em minha memória, eu me desesperei. Abri mais meus olhos, desesperada, e percebi estar nua.
— Não. Não pode ser! — Meus olhos já estavam marejados.
Estava deitada num colchão velho, então consegui me sentar com muito esforço. Da minha cabeça corria sangue, como se estivesse ferida, avistei do lado do colchão minhas roupas.
Mapeei o local e estava num tipo de quarto, tudo era imundo, escuro e com um cheiro forte de mofo. Me arrastei para pegar minhas roupas, mas logo a porta se abriu e eu vi meu pior pesadelo ali na minha frente. Ainda estava escuro, mas sabia que era ele. Uma luz de um candeeiro ou coisa assim se acendeu.
— Enfim, acordou, achei que teria que me divertir com você dormindo.
— Sandro, me solta! Você está louco?
— Louco? — Gritou e se aproximou. — Olha para mim, Aurora, olha! — Se abaixou ao meu lado e aí sim vi seu rosto, ele tinha uma cicatriz enorme, de um corte profundo, no rosto. — Olha só o que você fez comigo!
— Eu me defendi de você.
— Defendeu? Aquele prato acabou quebrando no meu rosto e me cortou, olha!
— Foi você que procurou por isso! — Falei chorando, eu estava desesperada. Estava nua na frente dele. O que ele havia feito comigo enquanto eu estava desacordada? — O que você fez, por que tirou minhas roupas?
Sandro caiu na gargalhada.
— Por enquanto, nada, mas confesso que quase te peguei dormindo, porém, não teria graça alguma, eu quero ver seus olhos, seu desespero, quero ver você gritar para eu parar, enquanto eu te pego de todos os jeitos possíveis.
— Me solta, por favor, Socorro! — Gritei com voz desesperadora.
— Grita, grita! — Zombou — Ninguém vai te escutar mesmo, nós estamos tão longe de tudo.
— Para com isso, Sandro, me deixa em paz, eu não conto para ninguém sobre isso, se me deixar ir embora.
— Você vai me pagar. Sabe o que passei depois do que aconteceu? As pessoas me olham torto, parecem ter medo de mim, me desprezam como se eu fosse um monstro! — Logo me deu o primeiro tapa na cara.
— Mas você é um monstro! — Gritei.
— Vou te mostrar o que é ser um monstro, eu vou te cortar pedaço por pedaço, farei você sofrer até seu último suspiro, acabarei com esse seu rostinho, ninguém vai te reconhecer depois do que fizer com você.
— Você tem noção do que está fazendo? A polícia virá atrás de você, você será preso!
— Preso? — Mais uma vez, bateu no meu rosto. — Quem vai chamar a polícia? Quem sentirá sua falta? Você não tem ninguém, sua vagabunda! Acha mesmo que seu patrão irá notar a sua ausência? Sua tola, você não passa de um lanchinho. De onde você veio, tem várias, acha que não vi você se esfregando nele agora pouco?
— Para com isso, Sandro, por favor.
Eu falava em meio às lágrimas e ao constrangimento de estar totalmente vulnerável frente a ele.
Logo, na porta, apareceu mais uma pessoa.
— Me solta! — Tentava falar, mas era sem resultado.
— Para que foi fazer tudo isso? Você poderia estar em casa uma hora dessas, eu iria te tratar bem, até poderia te dar algum dinheiro todo mês. Você viveria com sua mãe e sua irmã, não precisaria arriscar a vida com um e com outro. Eu até poderia deixar você sair conosco, uma vez ou outra no final de semana, mas o que fez hein? Preferiu se arriscar na vida fácil, eu poderia te dar alguns presentes, se você me agradasse!
Logo soltou meu pescoço e começou a socar minha costela.
Acabarei com você, Aurora, mas antes disso, terminarei uma coisa que queria ter feito há muito tempo!
— Não, por favor!
Eu tentava me levantar, tentava me defender, mas estava dolorida, dos t***s e socos que recebia. Meu choro se tornou mais desesperador, quando ele se levantou e começou a tirar as calças.
— Vai ver o que perdeu, poderia ter ficado comigo, poderia ter feito tudo por livre e espontânea vontade. Se tivesse feito, estaria em casa agora, comendo do bom e do melhor, tendo conforto e perto de sua família. Mas não fez, azar seu! Olha o lado bom, agora você irá conhecer o que é um homem de verdade.
Após falar isso, Sandro terminou de tirar sua roupa e se ajoelhou no colchão, vindo para cima de mim.
— Quando eu terminar de me divertir com você, eu vou deixar meu primo fazer o mesmo e, quando já estiver bem satisfeito, começarei a arrancar seus dedos, um por um, depois arrancarei sua língua e deformarei a sua cara inteira.
Juntei todas as forças que tinha e comecei a chutá-lo e afastá-lo de mim, que logo me deu outro soco tão forte nos olhos que cheguei a ficar tonta, caí de novo deitada, e ele veio e puxou minhas pernas, abrindo uma para cada lado.
— Vai ter que pagar caro hoje!
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Caminho Traçado - Uma babá na fazenda
Os capítulos 73. 74 estão faltando ai ñ da para compreender e ficamos perdidas...
Alguém tem esse livro em PDF ?...
Do capítulo 70 em diante não se entende mais nada, pulou a história lá pra frente… um fiasco de edição!!!...
A partir do capítulo 10, vira uma bagunça, duplicaram a numeração dos capítulos, para entender é preciso ler apenas os lançados em outubro de 2023, capítulo 37 está faltando, a rolagem automática não funciona, então fica bem difícil a leitura! Uma revisão antes de publicar não faria mal viu!!!...
Nossa tudo em pe nem cabeça, tufo misturado, não acaba estórias e mistura com outro, meu Deus...
Lindo demais...