Caminho Traçado - Uma babá na fazenda romance Capítulo 43

Acordei com uma dor de cabeça enorme, não conseguia me mexer direito, pois meu corpo também doía.

Logo flashes do que aconteceu, vieram em minha memória, eu me desesperei, abri mais meus olhos desesperada e percebi que estava nua.

— Não. Não pode ser! — Meus olhos já estavam marejados.

Estava deitada num colchão velho, então consegui me sentar com muito esforço, da minha cabeça corria sangue, como se estivesse ferida, avistei do lado do colchão minhas roupas.

Mapeei o local e estava num tipo de quarto, tudo era imundo e escuro, e com um cheiro forte de mofo. Me arrastei para pegar minhas roupas, mas logo a porta se abriu e eu vi meu pior pesadelo ali na minha frente, ainda estava escuro, mas sabia que era ele, logo uma luz de um candeeiro ou coisa assim se acendeu.

— Até que enfim acordou, achei que teria que me divertir com você dormindo.

— Sandro, me solta! Você está louco?

— Louco? — Gritou e se aproximou. — Olha para mim Aurora, olha! — Se abaixou ao meu lado e aí sim vi seu rosto, ele tinha uma cicatriz enorme, de um corte profundo, no rosto. — Olha só o que você fez comigo!

— Eu me defendi de você!

— Defendeu? Aquele prato acabou quebrando no meu rosto e me cortou, olha!

— Foi você que procurou por isso! — Falei chorando, eu estava desesperada, estava nua na frente dele. O que ele havia feito comigo enquanto eu estava desacordada? — O que você fez, por que tirou minhas roupas?

Sandro caiu na gargalhada.

— Por enquanto nada, mas confesso que quase te peguei dormindo, porém, não teria graça alguma, eu quero ver seus olhos, seu desespero, quero ver você gritar para eu parar, enquanto eu te pego de todos os jeitos possíveis.

— Me solta por favor, Socorro! — Gritei com voz desesperadora.

— Grita, grita! — Zombou — Ninguém vai te escutar mesmo, nós estamos tão longe de tudo.

— Para com isso, Sandro me deixa em paz, eu não conto para ninguém sobre isso, se me deixar ir embora.

— Você vai me pagar, sabe o que passei depois do que aconteceu? As pessoas me olham torto, parecem ter medo de mim, me desprezam como se eu fosse um monstro! — Logo me deu o primeiro tapa na cara.

— Mas você é um monstro! — Gritei.

— Vou te mostrar o que é ser um monstro, eu vou te cortar pedaço por pedaço, farei você sofrer até seu último suspiro, vou acabar com esse seu rostinho, ninguém vai te reconhecer depois do que fizer com você.

— Você tem noção do está fazendo? A polícia virá atrás de você, você será preso!

— Preso? — Mais uma vez bateu no meu rosto. — Quem vai chamar a polícia? Quem sentirá sua falta? Você não tem ninguém, sua vagabunda! Acha mesmo que seu patrão irá notar sua falta? Sua tola, você não passa de um lanchinho, de onde você veio, tem várias, acha que não vi você se esfregando nele agora pouco?

— Para com isso Sandro, por favor!

Eu falava em meio as lágrimas e ao constrangimento de está ali totalmente vulnerável frente a ele.

Logo, na porta apareceu mais uma pessoa.

— Acabei de fumar cara, estou morrendo de sono, quando você terminar com ela me chama, quero um pedacinho dessa garota antes de você deformar a cara dela. — Riu.

— Vai lá e descansa, vou demorar aqui, relaxa, que antes de acabar com essa vagabunda quero vê-la sofrer muito.

Olhei para o outro homem que estava ali, e o conheci, aquele rosto, era aquele homem que entrou no quarto onde eu estava internada no hospital.

— Você. — Falei com voz fraca, os t***s que recebia de Sandro, eram fortes, e sentia que minha boca também sangrava.

— E aí gatinha. Eu ia voltar para falar com você aquele dia, mas não deu, então avisei para meu primo vir te ver!

— Primo?

Agora tudo fazia sentido, foi assim que Sandro me encontrou. O homem virou as costas e saiu do quarto.

— Achou que se esconderia de mim por tanto tempo, menina burra? Ainda bem que sua mãe não acreditou nem um minuto na sua história.

— Sandro, por favor, pensa na Alice, não faz isso.

— Cala a boca! — Dessa vez ele me deu um soco tão forte na barriga, que caí deitando no colchão, ele veio para cima de mim. — Você acabou com meu rosto, sua vadia, só por conta de um orgulho? O que teria se você tivesse ficado comigo aquele dia em? Seria nosso segredo, sua mãe jamais desconfiaria, você não iria fazer mais do já fazia na rua com qualquer um, além disso, está fazendo até com o seu patrão!

— Cala boca, isso é mentira, me respeita!

Sandro segurou o meu pescoço, me enforcando.

— Vi vocês dois lá na varanda da casa, ele iria te pegar. Você virou uma prostituta, e está ficando com um e com outro atrás de abrigo.

— Me solta! — Tentava falar, mas era sem resultado.

— Para que foi fazer tudo isso? Você poderia está em casa uma hora dessas, eu ia te tratar bem, até poderia te dar algum dinheiro todo mês, você viveria com sua mãe e sua irmã, não precisaria arriscar a vida com um e com outro, eu até poderia, deixar você sair conosco, uma vez ou outra no final de semana, mas o que fez em? Preferiu se arriscar na vida fácil, eu poderia te dar alguns presentes, se você me agradasse!

Logo soltou meu pescoço, e começou a socar minha costela.

Eu vou acabar com você Aurora, mas antes disso, terminarei uma coisa, que queria ter feito há muito tempo!

— Não por favor!

Eu tentava me levantar, tentava me defender, mas estava dolorida, dos t***s e socos que recebia, meu choro se tornou mais desesperador, quando ele se levantou, e começou a tirar as calças.

— Vai ver o que perdeu, poderia ter ficado comigo, poderia ter feito tudo por livre e espontânea vontade, se tivesse feito, estaria em casa agora, comendo do bom e do melhor, tendo conforto e perto de sua família, mas não fez, azar seu, mas olha o lado bom, agora você irá conhecer o que é um homem de verdade.

Após falar isso, Sandro terminou de tirar sua roupa, e se ajoelhou no colchão, vindo para cima de mim.

— Quando eu terminar de me divertir com você, eu vou deixar meu primo fazer o mesmo, e quando a gente já estiver bem satisfeito, começarei a arrancar seus dedos, um por um, depois arrancar sua língua, e deformarei a sua cara inteira.

Juntei todas as forças que tinha, e comecei a chutá-lo e afastá-lo de mim, que logo me deu outro soco tão forte nos olhos que cheguei a ficar tonta, caí de novo deitada, e ele veio e puxou minhas pernas, abrindo uma para cada lado.

— Vai me pagar caro hoje!

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Caminho Traçado - Uma babá na fazenda