Caminho Traçado - Uma babá na fazenda romance Capítulo 44

— Senhor, tem um homem deitado no chão, perto daquela porta.

— Algum sinal da Aurora? — Perguntei impaciente.

— Não!

— Estamos só esperando sua ordem para agir, vamos imobilizar aquele, e entrar com todo o cuidado, pelos cômodos atrás da vítima e do outro sequestrador.

— Então vamos, comecem imediatamente, eu irei junto.

Os homens começaram a se aproximar mais da construção, Oliver já estava com sua arma em mãos também, logo que entraram imobilizaram o primeiro homem, que era o dono do carro e funcionário do hospital.

Fazendo apenas sinal, o capitão dos seguranças mandou todos se separarem e procurarem por Aurora.

Oliver acompanhou um deles, andaram fazendo revista em vários quartos, aquele lugar seria um hotel se a construção não tivesse sido abandonada, então o que não faltava era cômodos para revistar.

— Aquela porta ali.

Oliver disse mostrando para uma porta, no fundo, ele sentia ser ali que ela estava.

Os dois, com cuidado, abriram a porta, e ali viram uma cena grotesca.

— Vou te mostrar o que é um homem de verdade!

Ouviram aquilo saindo da boca do homem que estava nu, em cima de Aurora, naquele momento os olhos de Oliver viraram fogo, e ele por puro instinto, ficou cego de raiva, e foi para cima do homem, que ainda não havia percebido a entrada deles.

— Vou acabar com você!

Dizendo isso, Oliver segurou o homem pelo pescoço o jogando contra a parede, logo foi para cima dele com socos e chutes, a cara do homem em menos de 30 segundos, já estava toda ensanguentada, ele estava caído desacordado no chão, Oliver tirou sua camisa e se aproximou de Aurora, e a vestiu, logo os outros seguranças entraram no quarto.

— A polícia já está chegando senhor, eles cuidarão dele.

Aurora chorava descontroladamente.

— Calma, eu estou aqui.

Oliver falava enquanto a abraçava e a pegava no colo.

— Vou levá-la para o hospital.

Enquanto saía com Aurora no colo, Oliver olhou para trás onde o padrasto dela estava.

— Antes da polícia chegar, tratem de cuidar muito bem dele e do outro lá!

Após entenderem o recado, voltou a caminhar com a moça no colo, levou-a para o carro, e cuidadosamente colocou-a no banco de trás, antes que a soltasse, ela segurou o seu braço.

— Obrigada, por isso. — Falou bem baixinho como num sussurro, ela estava fraca de tanto apanhar.

— Fica tranquila, vai ficar tudo bem.

Deu um beijo em sua testa e dirigiu até o hospital.

Chegando lá, foi atendida imediatamente, um médico legista também veio para examiná-la e ver se houve consumação do ato.

— Estou contando com isso.

O médico que estava atendendo Aurora chegou para falar com Oliver.

— Vou desligar, qualquer coisa me mantenha informado.

Desligou o telefone e seguiu o médico até a sua sala, após se sentar, ouviu tudo que o ele tinha a dizer.

— Senhor Oliver, a senhorita Aurora chegou com alguns hematomas no corpo, após serem examinados, constatou-se uma pequena lesão no rim direito, mas já tratamos disso, também está com o maxilar quebrado, o cirurgião dentista cuidará disso, é um procedimento não cirúrgico, então não há riscos.

Oliver ouvia atentamente cada palavra.

— Ela relatou que o padrasto tirou suas roupas enquanto estava desacordada, a agrediu física e psicologicamente, disse que enquanto estava em plena consciência, não houve nenhum tipo de penetração, mas não lembra de nada antes, então o médico legista a examinou cuidadosamente, e constatou que o abusador não chegou a consumar o ato com ela.

Oliver deu um suspiro de alívio, além de ser agredida, Aurora não merecia ter esse tipo de trauma em sua vida.

— A moça está um pouco atordoada, mas a tarde ela pode ser liberada para depor, mas, claro, sem sair do hospital, nós já conversamos com uma psicóloga que irá cuidar dela.

— Eu sei que vocês irão fazer todo o possível para que ela fique bem.

Uma das coisas que Oliver mais tinha era dinheiro e influência, ele nunca abusava de nada, mas naquele momento, ele usou isso a seu favor, todos tratariam Aurora como ela deveria ser tratada, além disso, se não fosse seu poder e influência, jamais a polícia trabalharia tão rápido em questão da busca, nem teria condições de pagar ótimos seguranças, que trabalharam incansáveis, para achar a moça o mais rápido possível, são nessas horas que se ver realmente o valor do dinheiro.

— Posso vê-la agora?

— Ela está na sala do cirurgião, mas daqui a uns vinte minutos, o senhor pode visitá-la.