— Vai ficar aqui? — Me levantei, por não acreditar no que dizia.
— Acha mesmo, que eu ficaria longe de você? — Tirou a camisa, se levantando e me agarrando. — Temos algo pendente, esqueceu?
Oliver sabia como me deixar constrangida, seus beijos me tomaram e me preencheram, tirando todo a tensão que estava há alguns minutos.
— Estou com medo. — Comecei.
— Do quê?
— Toda vez que estamos juntos, alguma coisa ruim acontece!
— Não vai acontecer nada Aurora. Eu não deixarei que ninguém nos atrapalhe, nem nesta noite, nem de agora para frente.
Então me pegou no colo, me levando para o quarto.
— Oh, não, temos um intruso.
Noah dormia lindamente na cama de casal, como jamais imaginaria que Oliver viria, e que dormiríamos juntos, não me preocupei em arranjar um lugar para o bebê, que estava em sono profundo.
— O que tem no outro quarto?
— Não sei, quando cheguei, Denise e Lúcia já estavam terminando de arrumar a casa.
Desci de seu colo, e fomos para o outro quarto. Dentro dele havia uma escrivaninha, e uma poltrona.
— Não acredito nisso. — Falou frustrado — Aurora, essa noite passa, mas pode ter certeza que será a última que você me escapa.
— Eu não quero adiar mais nada!
Não sei de onde me veio tanta coragem, então grudei no pescoço de Oliver outra vez, o beijando com toda a intensidade do mundo, para mim não importava onde seria, na cama, no sofá, no chão, ou em cima da mesa, eu o queria e não podia mais esperar.
Naquela madrugada, nós fizemos amor, isso mesmo! Havia mais que desejo entre nós, um sentimento tão profundo e intenso que não tinha noção que pudesse existir.
Embora, o amanhã fosse cheio de incertezas, me senti segura o suficiente ali, deitada no tapete da sala, aproveitando cada pedacinho de seu corpo, como se fosse completamente meu.
Dormimos ali mesmo, no tapete da sala, quero dizer, ficamos ali, porque a última coisa que fizemos foi dormir, pois nossos corpos se recusavam a descansar, sentindo a necessidade do outro.
Era sete da manhã e ouvi o barulho de alguém bater na porta.
— Oliver. — O bonitão do meu patrão estava nu, com os braços envoltos ao meu corpo. — Acorda, tem alguém batendo na porta.
— A essa hora?
— Já são sete e pouco.
— Já? Deve ser a Lúcia, mandei que viesse preparar seu café!
— Por quê? Eu mesma posso fazer isso.
— Não quero você com outros afazeres, a não ser cuidar do Noah.
— Tudo bem, mas precisamos levantar, ou ela vai nos achar aqui no chão. — Me soltei de seus braços.
— Aurora. — Falou manhoso, e mais uma vez me puxou para si. — Sem pressa, por favor. — Beijou meu pescoço. — Deixa a Lúcia lá fora, até o Noah colaborou conosco e está dormindo ainda.
Dito isso, me beijou mais uma vez, subindo em cima de mim, me fazendo estremecer novamente.
[...]
Noah já havia acordado e brincava no tapete da sala, não no mesmo é claro, o da noite passada retirei para poder lavá-lo, ele brincava com alguns brinquedinhos que Joaquim trouxe da fazenda, como a casa era pequena, não tinha muita coisa para fazer, então me sentei no sofá e fiquei mexendo do celular disfarçadamente, olhando para a foto do homem, que me fez perder o juízo na madrugada inteira, ele havia acabado de tomar café e saído, pobrezinha da Lúcia, ficou esperando lá fora, por mais de uma hora e meia, antes de me levantar para abrir a porta, e quando ela viu o Oliver aqui, ficou rosa de vergonha.
Eu não sei se ela sabe o que aconteceu entre a gente, mas sei que a coitada ficou constrangida por chegar tão cedo e nos atrapalhar.
— O que está fazendo Lúcia?
— Uma lasanha.
— Está com um cheiro delicioso.
— E o gosto também estará, o senhor Oliver virá almoçar aqui?
— Não sei Lúcia, ele não disse. — Respondi triste — Foi para a fazenda e não deu nenhuma notícia até agora.
— Você está um pouco apreensiva Aurora?
— Na verdade, estou é muito, enquanto aquela mulher não ir embora definitivamente daqui, não me sentirei melhor.
— Eu também penso assim, minha filha. Ela não tem direito de aparecer de uma hora para outra, como se nada tivesse acontecido, o que será que o senhor Oliver irá fazer?
— Eu não sei Lúcia, mas confio nele!
— Você está gostando dele não é?
— Está tão na cara assim? — Perguntei envergonhada.
— Está sim! Na cara dos dois, e eu fico muito feliz de ver o patrão seguindo a vida, com uma pessoa que presta e que ama o filhinho dele de verdade.
— Acha que ele está gostando de mim Lúcia? — Queria ouvir uma segunda opinião, queria saber o que as outras pessoas achavam.
— Claro que sim. — Se aproximou de onde estava. — O patrão está até voltando a ser como era antes, e é por sua culpa Aurora, você está fazendo que ele perceba que ainda existem mulheres boas neste mundo.
— Posso te confessar algo, Lúcia?
— Claro que pode menina, te tenho como se fosse uma filha, igual a Denise.
— Você sabe, eu não tenho estudos, e nem onde cair morta, acha que Oliver iria querer algo sério comigo?
— Que bobagem menina, olha, não é fazendo comparações não. Mas, dona Liana era assim que nem você, sem parente, dinheiro, e qualquer noção de estudos superior, e o senhor Oliver quis namorá-la. Imagina com você, que além de muito bonita, tem caráter e um ótimo coração, ele vai é casar e fazer todos seus caprichos.
— Eu não tenho nenhum capricho Lúcia, na verdade, a única coisa que queria nesse mundo era a minha irmãzinha perto de mim. — Lembrei de Alice e me preocupei em saber como ela estava.
— Você vai ter, pode ter fé, tudo irá se ajeitar, é como falo para a Denise, na hora certa tudo acontece, e sobre esse seu medo de que o Oliver não queira nada com você, tira do seu coração, olha só o Saulo e a Denise, quando soube que eles estavam juntos não podia acreditar que ele queria algo serio com ela, e olha só, ele quer casar o mais rápido possível e ela fica enrolando, tenha fé filha!
— Tenho fé sim Lúcia, falando em Denise, como será que estará por lá, e por que ainda não ligou para dar alguma notícia?
— Pois é, eu também estou morrendo de curiosidade para saber o que está se passando lá, vamos ligar para ela? — Perguntou animada.
— Vamos sim.
Após pegar meu celular, o telefone chamou umas cinco vezes antes de ser atendido.
— Alô Denise, esqueceu de mim, foi?
— Oi Rora, não foi não, é porque ainda estava sem tempo, mas eu ia te ligar agora mesmo.
— Ia era? E o que você iria me falar?
— Você nem sabe, o patrão não dormiu aqui na fazenda esta noite, então quando chegou, Liana estava com a cara nada boa, e já queria explicações.
— O quê? Quem ela acha que é para fazer isso? Onde aquela bruxa está agora Denise?
— Nesse exato momento, está no escritório com o Oliver, os dois estão brigando!
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Caminho Traçado - Uma babá na fazenda
Do capítulo 70 em diante não se entende mais nada, pulou a história lá pra frente… um fiasco de edição!!!...
A partir do capítulo 10, vira uma bagunça, duplicaram a numeração dos capítulos, para entender é preciso ler apenas os lançados em outubro de 2023, capítulo 37 está faltando, a rolagem automática não funciona, então fica bem difícil a leitura! Uma revisão antes de publicar não faria mal viu!!!...
Nossa tudo em pe nem cabeça, tufo misturado, não acaba estórias e mistura com outro, meu Deus...
Lindo demais...