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Casamento Secreto com o meu Chefe romance Capítulo 104

Laura Stevens –

Eu segurava firme a mão de Nathan enquanto caminhávamos pelo shopping, tentando parecer o mais discreta possível. As roupas pretas largas, o boné cobrindo quase todo o meu rosto e os óculos escuros ajudavam a manter minha identidade escondida.

Nathan, por outro lado, pulava ao meu lado, alheio a qualquer perigo. Ele segurava o carrinho novo que Christian havia dado, o empurrando com cuidado, como se fosse o bem mais precioso que tinha - e para ele, era mesmo.

— Mamãe, posso tomar outro sorvete? — Ele pediu com a voz doce, me olhando com aquele olhar pidão que eu conhecia bem.

Sorri fraco, puxando-o suavemente para perto.

— Só depois que escolhermos as roupas, querido. — Sussurrei, mantendo meus olhos atentos a todos os rostos que passavam por nós.

Continuamos com o passeio; entramos em uma loja de roupas infantis e enquanto ele corria pelos corredores pegando camisetas de super-heróis, eu vigiava cada canto, com o coração batendo acelerado.

Depois de pagarmos, saímos com algumas sacolas. Nathan ainda tagarelava, contando sobre o novo desenho que queria assistir com o pai.

Foi então, que tudo aconteceu rápido demais. Assim que saímos da loja, Nathan, distraído com o brinquedo, esbarrou sem querer em uma mulher alta, elegante, com um perfume forte que imediatamente me deixou em alerta.

— Cuidado, querido! — Murmurei, abaixando para segurar firme a mão dele.

Antes que eu pudesse levantar o rosto para pedir desculpas, a mulher se virou devagar, e a voz dela soou baixa, mas firme, quase como uma sentença:

— Eu estava mesmo te procurando.

Meu coração parou.

Levantei o olhar devagar e me deparei com Amanda.

Os olhos dela estavam marejados, mas não havia doçura alguma em sua expressão. O rosto estava tenso, duro, como se lutasse contra um turbilhão de emoções.

Senti o chão sumir sob meus pés.

Por um segundo, meu instinto foi puxar Nathan e correr.

Mas minhas pernas não obedeceram.

— A-Amanda? — Sussurrei sentindo minha boca seca, engolindo em seco.

Ela me olhava fixamente, como se estivesse confirmando que eu realmente estava ali, viva, diante dela.

Nathan percebeu minha tensão e se encolheu ao meu lado, segurando mais forte minha mão.

— Mamãe? — A voz dele saiu baixa, confusa.

Amanda olhou para Nathan e naquele momento, seus olhos se arregalaram por um instante, como se finalmente estivesse encaixando as peças.

— Laura... — Ela sussurrou com a voz embargada, com os olhos intercalando entre mim e Nathan. — Meu Deus, é ele?

Engoli o nó que se formava na garganta, puxando Nathan um pouco mais para perto de mim, numa tentativa instintiva de protegê-lo.

— Amanda, a gente não pode conversar aqui. — Falei num tom baixo, tenso, olhando ao redor, rezando para ninguém perceber aquela cena.

Ela riu, um riso nervoso, com lágrimas começando a descer pelo rosto.

Ele assentiu devagar, mas não soltou minha mão nem por um segundo.

Me levantei, encarando Amanda de novo.

— Eu te imploro... vamos a algum lugar mais reservado. Só um café, por favor.

Amanda respirou fundo, e por um instante, pensei que ela fosse começar a gritar, mas então ela desviou o olhar, limpando o rosto rapidamente, e assentiu, tensa.

— Ok. — Disse com a voz ainda trêmula. — Vamos.

Ela seguiu na frente e eu fui atrás, segurando Nathan com firmeza. Eu não sabia como conduzir aquela situação sem colocar meu filho em risco, mas precisava manter a calma.

Caminhamos até um café mais afastado, num canto menos movimentado do shopping. Amanda escolheu uma mesa no fundo, quase escondida, e se sentou com os olhos ainda vermelhos, me observando com intensidade.

Me sentei à frente dela, trazendo Nathan para o meu colo, e senti o olhar dela pesar ainda mais sobre nós dois.

Ela se inclinou sobre a mesa, e sua voz saiu quase como um sussurro, mas carregada de emoção:

— Ele é do Christian, não é? Quero dizer...Como vocês sobreviveram?

— Amanda, tem tanta coisa que você não sabe...- Fui interrompida.

— Então me conta, porque olha... Achei que eu te conhecia, mas agora, você é uma verdadeira estranha para mim.

— Eu não tive escolha. Por favor, acredite em mim.

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