Casamento Secreto com o meu Chefe romance Capítulo 105

Laura Stevens –

A tensão entre Amanda e eu ainda pairava no ar enquanto Nathan terminava seu sorvete, animado, completamente alheio ao turbilhão de emoções que crescia dentro de mim.

Eu não sabia bem como reagir. Por mais que Amanda tivesse sido alguém importante na minha vida, o fato de ela ter me procurado agora, depois de tanto tempo, me deixava inquieta.

Estávamos nos olhando em silêncio, quando o som de passos firmes se aproximou me fez gelar.

Christian.

O ar ao meu redor pareceu mudar quando ele parou ao lado da mesa, a presença dele dominando tudo.

Ele vestia um terno escuro impecável, sua postura era firme e a expressão séria. E para minha total irritação, ele se sentou ao lado de Amanda.

Mordi o lábio, segurando um suspiro.

Ele colocou um braço sobre a cadeira dela, em um movimento casual, mas que fez meu peito apertar de ciúme. Eu sabia que não havia nada romântico entre eles, mas ainda assim… por que ele tinha que se sentar ali?

Ele passou os olhos entre nós duas antes de finalmente falar:

— Amanda, preciso da sua ajuda.

Ela arqueou uma sobrancelha, cruzando os braços.

— Minha ajuda?

— A identidade de Laura e Nathan precisa continuar oculta. Pelo menos, até que eu resolva algumas coisas. — A voz de Christian saiu firme, mas baixa.

Amanda estreitou os olhos, agora completamente séria.

— O que está acontecendo, Christian?

Ele respirou fundo, inclinando-se um pouco para frente.

— Vai vir coisa grande. Vocês duas logo vão saber.

Meus olhos se estreitaram.

— O que isso significa? – Perguntei com um timbre fraco e baixo, olhando-o atentamente.

Ele não desviou o olhar do meu.

— Significa que onde tudo começou, vai ser onde tudo vai acabar. Eu tenho um plano!

Amanda e eu trocamos um olhar.

— Um plano? — Perguntamos juntas em uníssono.

Christian apenas sorriu de canto, tomando um gole do café que acabara de chegar.

— Isso mesmo.

Soltei um suspiro irritado.

— E você não vai contar nada?

Ele ergueu a xícara, bebendo mais um gole, completamente indiferente à minha irritação.

— Não agora.

Amanda soltou uma risada seca.

— Típico de Christian Müller.

Christian finalmente tirou os olhos de mim e se virou para Nathan, que brincava distraído com seu carrinho.

— Como tá indo a coleção? — Perguntou, casualmente.

Nathan ergueu o olhar, com os olhos brilhando.

— Faltam só dois! Mamãe disse que talvez eu ganhe no meu aniversário!

Um meio sorriso surgiu nos lábios de Christian.

— Talvez? — Ele olhou para mim com a sobrancelha arqueada, claramente se divertindo com aquilo.

Cruzei os braços.

— Sim. Talvez.

Ele apenas balançou a cabeça, voltando a atenção para Nathan.

— Sempre.

Christian apenas balançou a cabeça, satisfeito. De repente, Nathan olhou para ele com um sorriso esperto.

— Você manda nelas, papai? – Perguntou ele apontando para Amanda.

Me engasguei com o café, vendo Amanda soltou uma gargalhada.

E Christian apenas sorriu, o sorriso de um homem que sabia exatamente o que estava fazendo.

— O que você acha, campeão?

Olhei feio para ele e Amanda riu ainda mais.

Idiota.

Christian respirou fundo ao ver minha expressão fechada, como se pudesse ler exatamente o que passava na minha cabeça. Então, segurou a mão de Amanda, que ainda estava próxima a ele e me encarou com um olhar firme.

— Antes que você pense qualquer coisa, ela quem não me deixou afundar no meu luto.

Meu coração apertou e Amanda soltou um leve suspiro, confirmando com a cabeça.

— Para com isso, é nojento você me segurar assim. – Disse ela, se soltando dele.

— Somos amigos, irmãos, melhores amigos. — Disse com um tom tranquilo, quase divertido, tentando quebrar a tensão. — E ela é a minha secretária.

— E não se preocupe. Ninguém pode se aproximar dele. — Amanda virou o rosto pra mim, agora com um sorriso cheio de segundas intenções.

Eu nunca seria uma ameaça entre vocês.

Olhei pra ela por um momento, respirando fundo.

— Eu sei... — respondi, por fim, num sussurro sincero, tentando engolir o orgulho.

Christian se recostou na cadeira, ainda me observando, com aquele sorriso discreto nos lábios, satisfeito com a cena.

— Viu? Nem doeu, Laura. — Ele provocou, com um brilho divertido no olhar.

Fiz uma careta para ele, mas no fundo, eu estava feliz por ter tido aquele momento de sinceridade.