Laura Stevens –
Depois de alguns minutos tranquilos no café, o clima entre nós estava mais leve.
Christian olhava pra Nathan com aquele brilho no olhar que ele não conseguia esconder e aquilo aquecia meu peito de um jeito estranho, como um misto de alegria e medo.
Logo Amanda se despediu, bagunçando o cabelo de Nathan, se retirando em seguida.
Christian pagou a conta e se virou para mim, colocando uma mão firme e possessiva na minha cintura, como se aquilo fosse a coisa mais natural do mundo.
— Vamos? — Ele perguntou com a voz baixa, quase rouca, ficando tão perto que senti o hálito quente roçar minha pele.
Assenti, sem conseguir responder de imediato. Nathan foi na frente, distraído com o brinquedo.
Christian e eu caminhávamos lado a lado e a cada passo, eu sentia a tensão aumentar. A mão dele escorregava sutilmente pela minha cintura me pressionando ainda mais firme com seus dedos, e aquilo me deixava ainda mais nervosa, principalmente depois da cena com Amanda.
Quando chegamos no carro, ele abriu a porta de trás pra Nathan entrar, depois deu a volta até mim. Ao invés de apenas abrir a porta, ele me encurralou contra o carro, ficando perigosamente perto.
— Você vai continuar com essa cara fechada? — Ele perguntou, com um sorriso torto e o olhar queimando o meu.
— Eu não estou de cara fechada. — Murmurei, desviando o olhar, mas o corpo inteiro já reagia à presença dele.
Christian soltou uma risada baixa, segurando meu queixo me obrigando encará-lo.
— Laura, eu te conheço. — A voz dele soava firme, autoritária, mas ao mesmo tempo com um tom mais íntimo. Ele se aproximou mais, deixando a boca perigosamente perto da minha. — E quer saber? Você fica ainda mais linda assim, com ciúmes.
Arfei, tentando manter o controle, mas o olhar intenso dele me desmontava.
— Eu não estou com ciúmes. — Menti, sentindo o perfume dele invadir meus sentidos.
— Não? — Ele provocou, deslizando a mão pela lateral do meu rosto, até enroscar nos fios do meu cabelo. — Então, não vai se importar se eu passar mais umas noites na casa da Amanda?
Arregalei os olhos, sentindo meu coração.
— Christian... — Murmurei indignada.
Ele sorriu de lado, se inclinando mais e antes que eu pudesse responder qualquer coisa, ele encostou a testa na minha, deixando os lábios roçando levemente nos meus, mas sem me beijar de fato.
— Eu não quero ninguém, Laura. Só você. — Falou ele com firmeza, deixando a respiração pesada. E naquele instante senti o chão sumir sob meus pés.
Aquela declaração, tão direta e crua, me desarmou. Eu queria resistir, mas não conseguia.
Sem me dar tempo de pensar, Christian colou os lábios nos meus com fome, me beijando com intensidade. A mão dele se enfiando nos meus cabelos enquanto a outra ainda me segurava pela cintura.
Respondi ao beijo com a mesma necessidade, me entregando àquele toque que me fazia esquecer de tudo — de Amanda, dos perigos, dos segredos.
Quando ele se afastou um pouco, ainda com o rosto colado ao meu, os olhos azuis me fitaram com um desejo latente.

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