Laura Stevens –
Andamos em direção ao quarto de Nathan juntos e Christian
Assim que entramos no quarto do pequeno, vimos Nathan sentado no chão, com as peças do carrinho espalhadas ao seu redor e o rosto iluminado pela empolgação.
Ele então nos olhou e sorriu.
— Olha, papai! Consegui montar a parte da frente! — Disse ele com orgulho, levantando o carrinho meio torto, mas inteiro na mente de um garotinho de cinco anos.
Christian se agachou ao lado dele, observando o que o filho mostrava com tanto entusiasmo.
— Uau, filho, isso está incrível. Você é mesmo muito inteligente. — Ele elogiou, bagunçando o cabelo de Nathan com carinho.
Nathan sorriu largo, se virando pra mim.
— Mamãe, o papai vai me ajudar a terminar, né?
Assenti, me aproximando e me sentando ao lado deles, observando o jeito que Christian olhava para o filho, com orgulho e uma doçura que ele escondia do mundo, mas não de Nathan.
— Claro que vou. — Christian respondeu, pegando algumas peças e começando a encaixar ao lado dele. — A gente vai montar esse carrinho para ele correr mais rápido que qualquer outro.
Enquanto eles montavam, eu apenas os observava.
A conexão dos dois era tão natural, tão linda, que meu coração se apertava e aquecia ao mesmo tempo.
Depois de algum tempo, Nathan bocejou alto, esfregando os olhinhos.
— Acho que o piloto do carrinho está cansado. — Christian disse, sorrindo de lado, pegando Nathan no colo com facilidade.
— Não, papai... quero terminar... — Ele murmurou, mas já aninhava a cabeça no ombro do pai, quase dormindo ali mesmo.
— Amanhã a gente termina, campeão. — Christian garantiu, levando Nathan até a cama e o colocando com delicadeza.
Eu ajeitei o cobertor sobre ele, dando um beijo em sua testa.
— Boa noite, meu amor. Mamãe te ama.
Christian repetiu o gesto, beijando a cabeça do menino e sussurrando:
— Boa noite, filho. Papai tá aqui. Sempre.
Ele se afastou devagar, me esperando sair para apagar a luz e deixar apenas o abajur aceso.
Já na sala, enquanto ele se encostava no batente me observando em silêncio, o clima voltou a pesar.
Não por algo ruim, mas pela intensidade de tudo o que ainda pairava no ar.
— Sabe... — Ele começou a falar, passando a mão pelos cabelos e me encarando com seriedade. — Ver vocês dois juntos, assim, é tudo o que eu sempre quis.
— Eu também. — Respondi baixo, sentindo o olhar dele me atravessar.
Ele se aproximou, ficando a poucos centímetros de mim, com aquele olhar firme, como se quisesse que eu enxergasse a verdade nas palavras dele.
— Eu não vou perder vocês, Laura. Não agora. Não depois de tudo.

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