Christian Müller –
O motor do carro continuava ligado e meus olhos estavam fixos na entrada do prédio, como se a qualquer momento a verdade fosse descer por aquela porta.
E derepente eu a vi. A maldita mulher de capuz e boné.
Seus passos estavam apressados, como se quisesse desaparecer. Como se soubesse que eu estava ali.
— É ela. Siga! - Ordenei.
O motorista começou a dirigir e a seguimos até um prédio distante. Cada segundo que passava, só fazia a raiva crescer ainda mais dentro de mim.
Assim que a mulher desceu do carro e correu em direção a entrada do prédio, saí do carro indo atrás dela.
Entrei no prédio e subi os degraus dois a dois, sentindo minha respiração pesada enquanto eu mantinha o olhar fixo nela.
Meu corpo estava tenso, pronto para atacar a qualquer momento.
Eu a vi entrar pela porta de emergência do terceiro andar e eu fui atrás. Ela parou diante da porta do apartamento e antes que pudesse entrar, eu a agarrei pelo braço a jogando contra a parede.
— O que pensa que está fazendo? — Rosnei, com a voz baixa, segurando-a com firmeza.
Ela se debateu, mas eu a prendi com o corpo, apertando suas mãos contra a parede.
— Me solta, Christian! — Ela sibilou, tentando desfazer do toque, mas eu não permiti.
— Achei que podia brincar com a minha cara, Sophie? — Minha voz era um fio de navalha, fria e mortal. — Achei que eu não ia perceber o joguinho de vocês?
Ela arregalou os olhos, surpresa, pálida.
— Eu não estou...
— Não minta para mim! — Gritei prendendo-a ainda mais na parede, deixando meu rosto a centímetros do dela. — Você estava na casa dela. Eu vi. O que vocês estão escondendo de mim?
Ela respirava rápido, tentando se recompor, mas o medo estava estampado em cada traço dela.
— Christian... você não entende...
— Então me faça entender! — Cuspi as palavras, o peito arfando. — Por que ela está me escondendo você, Sophie? Por que, caralho, vocês duas estão tramando pelas minhas costas?
Ela prendeu o olhar no meu, e por um momento vi algo ali... um medo profundo, como se estivesse diante de um monstro.
— Eu sabia que isso ia acontecer... — murmurou, mais para si mesma.
Apertei mais seu braço.
— Você tem três segundos para me dizer a verdade, ou eu juro que não respondo pelo que vou fazer. — Minha voz estava tomada por um ódio que eu nunca tinha sentido. — Porque se você está usando a Laura, se está a colocando em perigo...
Parei por um segundo, respirando fundo, tentando conter o impulso de fazer algo pior.
— Se você está mexendo com ela, Sophie... Eu acabo com você.
Ela arregalou ainda mais os olhos, engolindo em seco.
— Christian, escuta... Não é o que você está pensando...
— Então me fala o que é! — Gritei, o peito subindo e descendo com a respiração pesada. — Me fala por que você está com ela, por que está escondida como uma criminosa!

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