Christian Müller
Eu estava irritado. A cada segundo que passava, minha mente se tornava um caos completo, as palavras da Sophie martelando em minha cabeça.
Se aquilo fosse verdade... Todas aquelas informações...
Levei a mão ao celular, discando o número do Mark.
— Christian. — Ele atendeu, já em alerta.
— Preciso que fique de olho na Sophie. Cada passo. Cada movimento. Não a deixe sair da sua vista.
— O que aconteceu? — ele perguntou, surpreso.
— Vou te mandar os dados dela por mensagem. Nome completo, endereço, o carro. Tudo. — Continuei a falar, ignorando a pergunta. — Quero que ela sinta que tem alguém respirando no pescoço dela.
— Certo. Vou cuidar disso. — Respondeu Mark com firmeza.
— Mark. — Chamei antes de desligar. — Se ela tentar fugir, me avisa na mesma hora.
— Pode deixar.
Desliguei a chamada com tanta força que quase quebrei o telefone.
Olhei para o motorista, que mantinha os olhos fixos na estrada.
— Antes de irmos para o apartamento dela, passe naquele restaurante. — Ordenei. — Quero o jantar favorito da Laura.
— Sim, senhor. — respondeu de imediato.
Ele fez o que pedi e depois, fomos em direção ao apartamento de Laura.
Quando o carro parou em frente ao prédio, já era noite.
As luzes acesas no apartamento dela me mostravam que ela estava lá, tranquila... sem saber que eu tinha acabado de descobrir o que ela tanto tentava me esconder.
Subi com as sacolas do jantar em mãos e o coração batendo como um tambor, pronto para a guerra.
Bati à porta, firme e quando ela abriu, o sorriso cansado me quebrou.
— Christian? — Ela perguntou surpresa, ajeitando o roupão no corpo.
— Laura. — Respondi, forçando um sorriso. — Trouxe o jantar. Achei que você podia querer companhia.
Ela mordeu o lábio, sem saber o que dizer, mas acabou se afastando, dando espaço para eu entrar.
— Não precisava... — Murmurou.
— Eu quis. — falei, passando por ela, deixando o jantar na mesa.
Me virei, analisando cada detalhe dela, vendo os olhos azuis me encarando, tentando entender o que havia de errado.
— Está tudo bem? — Laura perguntou, com aquele tom doce.
— Claro. — Respondi seco, tirando a comida das sacolas. — Quero aproveitar um pouco com você e com o Nathan. Farei uma viagem a negócios amanhã.
Ela sorriu de leve, mas o olhar dela era desconfiado. Eu estava estranho, e ela sabia disso.
— E o Nathan? — Perguntei, encarando-a de lado.
— Dormindo. — Ela respondeu baixo.
Assenti.
— Vamos jantar? — ofereci, puxando a cadeira para ela.
Durante o jantar, fingi ser o mesmo Christian de sempre. Atento, cuidadoso. Mas por dentro, eu queria gritar.
— Tá mesmo tudo bem? — ela insistiu, bebendo o vinho que servi.
— Sim, Laura. — Respondi, forçando um sorriso. — Só cansado.


Verifique o captcha para ler o conteúdo
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Casamento Secreto com o meu Chefe