Laura Stevens –
Quando ouvi aquelas palavras, senti meu coração bater forte dentro do peito e meu mundo perder o chão. Tudo estava indo bem, mas aquelas palavras ecoavam na minha cabeça como facas cortando a carne.
"O quanto você me ama?"
Eu tentei respirar fundo, mas o ar parecia preso na minha garganta.
— Christian... — chamei, quase em um sussurro, sentindo os olhos se encherem de lágrimas. — Por favor, me dá um tempo...
Ele riu, mas foi um riso seco, amargo, que me arrepiou inteira.
— Tempo? — Ele repetiu, passando a mão pelos cabelos com força, como se quisesse arrancar a própria raiva. — Tempo para quê, Laura? Para continuar mentindo? Para deixar aquele desgraçado te ameaçar?
— Não é isso... — sussurrei, sentindo o choro preso na garganta. — É mais complicado do que você pensa...
Ele se abaixou na minha frente de novo, e quando os olhos dele encontraram os meus, eu vi algo que nunca tinha visto antes: decepção.
— Então me explica! — ele exigiu, a voz grave, controlada, mas com tanta intensidade que minhas mãos tremiam. — Fala, Laura. Me conta a verdade. Toda ela. Agora.
Eu desviei o olhar, respirando fundo, tentando achar coragem para falar. Mas como? Como contar a verdade sem destruir tudo?
Ele segurou meu queixo, com firmeza, forçando-me a olhar de volta pra ele.
— O que ele tem contra você? — sussurrou, os olhos cravados nos meus. — Por que ele diz que o Nathan é do Arthur?
Meus olhos se arregalaram.
Ele sabia.
Ele leu as mensagens.
— Não... não é verdade. — Falei rápido, com a voz falhando. — Nathan é seu filho, Christian. Eu juro por tudo! Eu nunca mentiria sobre isso!
Ele respirou fundo, fechando os olhos por um segundo, como se quisesse acreditar em mim, mas não conseguia.
— Então por que ele fala isso? — ele insistiu, mais baixo, mas com o tom cortante. — Por que, Laura?
As lágrimas começaram a cair, quentes, pesadas.
— Eu não posso contar. — Sussurrei, sentindo meu peito apertar. — Se eu contar, vai machucar mais do que proteger, Christian.
Ele soltou meu queixo devagar e se levantou, começando a andar de um lado para o outro, como um leão enjaulado.
— Sabe o que machuca? — Ele virou para mim, com o olhar carregado. — Machuca te olhar agora e não saber mais quem você é. Machuca pensar que eu confiei em você e que, por trás desse rosto lindo, tem um monte de mentiras.


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