Casamento Secreto com o meu Chefe romance Capítulo 115

115 /204

Laura Stevens –

O bar estava abafado e cheio de gente. As luzes coloridas piscavam, enquanto o som da música vibrava nas paredes.

Meus passos ecoavam no piso de madeira, firmes, mesmo que por dentro, meu corpo inteiro estivesse tremendo.

Ajeitei o sobretudo no corpo, escondendo a roupa curta e justa que usava por baixo. Um vestido preto, colado como uma segunda pele, com as costas nuas e um decote que eu preferia esquecer que estava usando.

Meus cabelos caiam soltos, as ondas bem-marcadas, e minha maquiagem estava impecável. Tudo isso era parte do plano. Eu precisava parecer confiante, segura, embora estivesse quebrada por dentro.

Quando o vi sentado em um dos sofás mais afastados, com um copo de whisky na mão e aquele sorriso debochado nos lábios, senti meu estômago revirar. Dylan estava ainda mais asqueroso do que da última vez.

Seus olhos me percorreram inteira, como se pudesse me despir ali mesmo.

— Não esperava que viesse tão... — ele parou, me analisando com um sorriso maldoso. — Bonita.

Forcei um sorriso, mesmo sentindo o peso do que precisava fazer.

— Você pediu um encontro. Eu vim.

Ele se levantou, aproximando-se devagar, os olhos fixos em mim. Seus dedos tocaram meus ombros, deslizando com intimidade, até segurar as laterais do sobretudo.

— Está se escondendo de mim, Laura? — Ele sussurrou, puxando a peça com lentidão, deixando que o casaco escorregasse pelos meus braços, caindo atrás de mim.

Fiquei exposta. Senti o olhar dele queimando minha pele.

— Vejo que veio pronta para negociar. — Dylan sorriu satisfeito e sinalizou para o garçom. — Uma bebida para a senhorita.

Tentei manter a postura, mesmo com a vontade de sair correndo dali.

— Fale logo o que quer, Dylan.

Ele se aproximou mais, e o garçom colocou duas taças na mesa. Dylan pegou uma e me entregou a outra.

— Calma, amor. Vamos beber primeiro. — Ele tocou minha mão, forçando a taça para mim. — Relaxe. Você está muito tensa.

Olhei a bebida, sabendo o que ele fazia, mas não tinha escolha. Aceitei o copo, levando-o aos lábios e tomando um gole, que desceu queimando minha garganta.

— E então? O que quer em troca de silêncio?

Ele sorriu, apoiando o braço no encosto do sofá, tão próximo que senti seu perfume forte e enjoativo.

— Quero as provas que tem contra o querido senhor Müller e Arthur. — falou devagar, com o olhar preso em mim. — Quero apagar qualquer coisa que possa prejudicar minha... nova família.

Engoli em seco, tentando parecer surpresa.

— E se eu não tiver nada?

Ele riu, se inclinando até o rosto dele quase encostar no meu.

— Não brinque comigo, Ivy. Eu sei o que você conseguiu do Arthur naquela noite. Eu sei que o embebedou, o provocou...

Me afastei um pouco, encarando-o, mas ele continuava sorrindo, divertido.

— Além disso, eu quero você. – Completou Dylan.