Christian Müller –
Fechei os olhos por um instante, respirando fundo, lutando contra o próprio instinto.
— Você precisa beber água, não faz isso. — Falei entre os dentes.
Puxei mais água e, sem opção, levei à minha boca de novo, selando nossos lábios, forçando-a a engolir. E dessa vez, quando nossos lábios se tocaram, o gemido dela contra minha boca me fez perder o ar por um segundo.
Quando eu tentei afastar, ela se esfregou mais, arfando e exibindo os olhos embriagados de luxúria.
— Porra, Laura... — murmurei, colocando a mão em sua cintura para segurá-la, mas ela deslizou as mãos pelo meu peito.
Me inclinei sobre ela, colocando a perna entre as dela, forçando-a a ficar no lugar. Ela gemeu de novo, se apertando contra mim, quente, completamente entregue.
— Fica quieta. — Ordenei com a voz baixa, sentindo o cheiro doce dela invadir todos os meus sentidos.
Ela tentou me beijar de novo e, dessa vez, quando fui colocar mais água na boca dela, acabei a beijando de verdade, incapaz de evitar. Minha mão apertou sua coxa com força, sentindo o corpo dela tremer sob o meu.
O beijo começou como uma forma de obrigá-la a beber, mas terminou com minha boca tomando a dela com vontade, como se eu precisasse provar que ela era minha, mesmo depois de tudo.
Quando me afastei, ainda respirando com dificuldade, encostei minha testa na dela.
— Me conta o que você fez... com o meu pai... e com o Arthur. — perguntei sentindo minha voz falha, com raiva e dor se misturando.
Ela abriu os olhos lentamente e um brilho triste passando por eles.
— Eu... — ela mordeu o lábio, desviando o olhar. — Eu só... beijei eles, Christian. Eu nunca quis... Eles estavam bêbados... eu só fiz para conseguir o que precisava.
— Beijou... como? — perguntei mais firme, minha mão segurando o rosto dela, forçando-a a me encarar.
Ela engoliu em seco, as lágrimas começando a se formar.
— Eu os provoquei... — Ela confessou, com a voz quebrada. — Eu os deixei pensarem que teriam o que queriam. Eu não... não queria fazer isso. Por isso nunca te contei. Como eu ia contar para o homem que eu amo que tive que me vender desse jeito?
Fechei os olhos com força, sentindo o sangue ferver.
— Eles te tocaram? — perguntei, sentindo a raiva presa na garganta.
Ela balançou a cabeça devagar.
— Só tentaram...eu fugi antes. — Seus olhos se encheram de lágrimas. — Eles... Christian, eles são nojentos. Seu pai... Arthur... quando bebem, viram monstros. Gostam de usar mulheres, de gastar com isso. Arthur mesmo, mesmo com Linda, vai para bares toda noite... fica com qualquer mulher que vê.
Minha mandíbula travou. A raiva de saber disso misturada ao alívio por ela não ter ido até o fim com nenhum deles me consumia.
Suspirei fundo, sentindo o coração bater acelerado.


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