Christian Müller –
Carreguei Laura no colo até o quarto, sentindo o corpo dela pesar contra o meu, e a deitei com cuidado sobre a cama, ajeitando o travesseiro atrás da cabeça dela. Ela gemeu baixo, se encolhendo, e eu suspirei pesado, passando a mão pelo rosto antes de me afastar.
Fui até o banheiro e liguei a banheira, deixando a água correr enquanto ajeitava algumas toalhas. Ela precisava de um banho quente para relaxar e tentar eliminar o resto do efeito daquilo que colocaram na bebida dela.
Quando voltei, encontrei-a deitada, com os olhos semicerrados, me observando em silêncio.
— Onde estamos? — ela perguntou, a voz rouca, arranhada.
— Na minha casa — respondi, afrouxando os botões da camisa. — Eu não podia te deixar na sua casa, não assim. Nathan não pode te ver nesse estado.
Ela assentiu devagar, levando a mão à cabeça, como se o mundo ao redor ainda girasse.
— E com quem ele está? — Perguntou ela, franzindo a testa, preocupada.
— Com Amanda. Ela vai dormir com ele no apartamento — Respondi com calma, pegando um copo d’água e me sentando na beira da cama.
Laura fechou os olhos por um instante e, quando os abriu novamente, me encarou com um olhar mole, mas cheio de desejo.
— Eu só bebo... se for da sua boca — Murmurou ela, com um sorriso cansado.
Balancei a cabeça, segurando o riso, e levei o copo até minha boca, bebendo um pouco antes de puxá-la para um beijo suave, deixando que a água escorresse entre nossas bocas. Ela gemeu baixinho, se agarrando à minha camisa, e eu segurei o rosto dela com delicadeza.
Quando o beijo terminou, mantive a testa encostada na dela, respirando fundo.
— Por que você fez isso, Laura? — perguntei em voz baixa, olhando nos olhos dela.
Ela desviou o olhar por um momento, mordendo o lábio inferior, antes de me encarar novamente.
— Para te provar que eu não fiz nada — respondeu com firmeza, mesmo cansada.
Franzi o cenho, sem entender.
Ela puxou o celular de dentro da bolsa que deixara na poltrona ao lado da cama e o estendeu para mim com as mãos trêmulas.
— Escuta — pediu, e eu peguei o aparelho, curioso, ainda sem saber o que esperar.
Dei play na gravação e, conforme a voz de Dylan começou a preencher o silêncio do quarto, senti meu corpo inteiro ficar tenso.
"Você acha mesmo que Christian vai acreditar que esse filho é dele? Ele odeia o pai, Laura. Vai achar que você é como a mãe dele. Uma interesseira."
Pausei o áudio, cerrando os dentes, e olhei para ela.
— Por que não me contou isso antes? — perguntei, sentindo a raiva crescendo no peito, mas me esforçando para não explodir com ela.
Ela respirou fundo, os olhos marejados, e pegou minha mão.

 Verifique o captcha para ler o conteúdo
Verifique o captcha para ler o conteúdo
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Casamento Secreto com o meu Chefe