Laura Stevens –
Acordei com uma dor insuportável na cabeça, como se mil martelos estivessem batendo ao mesmo tempo.
Levei a mão à testa, sentindo o peso do próprio corpo, e só então percebi que não estava no meu quarto e ao abrir os olhos, encarei o teto branco, alto, que eu já conhecia.
O quarto de Christian.
Engoli em seco, sentindo o estômago revirar, e empurrei os lençóis para o lado.
Me sentei na beira da cama, respirando fundo, tentando organizar as ideias. A última coisa que me lembrava era do olhar dele, tenso, intenso, me colocando na banheira e dizendo que cuidaria de mim.
Me levantei devagar, ainda tonta, e andei em direção à porta, apoiando a mão na parede. Cada passo parecia pesar o triplo, mas eu precisei descer.
Precisava saber o que estava acontecendo e procurar por Christian.
Quando cheguei à sala, meus olhos bateram numa mulher que carregava uma bandeja com as coisas do café e assim que os olhos dela bateram nos meus, a bandeja caiu no chão e um grito ecoou por todo cômodo.
—Minha nossa senhora! – Gritou ela, levando as mãos na boca. —Não, não... isso não é possível...
Fiquei paralisada. Meu coração batia descompassado, e a dor de cabeça pareceu sumir diante do susto da reação dela.
Antes que eu conseguisse reagir, a porta se abriu com força, batendo contra a parede, e Christian entrou, ainda com roupa de corrida, suado e ofegante.
— Meire? — ele chamou, caminhando até ela, confuso. — O que aconteceu?
Meire tremia, ainda encarando meu rosto.
— Senhor Müller... eu... eu acho que estou ficando maluca.
Christian segurou o ombro dela com firmeza, mas com cuidado.
— Calma, o que foi? – Ele perguntou, fingindo não entender o que estava acontecendo. E então, Meire apontou para mim, com a mão trêmula.
— A moça... pensei que fosse a minha menina...
Ele então a cortou, firme, mas sereno.
— Meire, essa é Laura. Minha namorada — Disse Christian, sem desviar os olhos dos meus, como se quisesse reforçar aquilo para nós dois.
Meire piscou, ainda sem acreditar, mas respirou fundo, tentando se recompor.
— Ah... sim. Claro.
Dei um passo mais perto, com um sorriso contido, e estendi a mão.
— Muito prazer, Meire.
Ela me olhou por alguns segundos, até finalmente segurar minha mão de volta.
— O prazer é meu, querida.
Christian observava tudo, com o maxilar travado, como se estivesse pronto para intervir a qualquer momento, mas também aliviado por ver Meire tentar manter a compostura.
— Meire, pode deixar que eu cuido disso — ele disse, com a voz baixa. — Por favor, vai descansar um pouco, tudo bem?
Ela assentiu, ainda olhando para mim antes de se afastar lentamente, sumindo pelos corredores da casa.
Assim que ficamos sozinhos, Christian caminhou na minha direção, com o olhar intenso, atento a cada detalhe.

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