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Casamento Secreto com o meu Chefe romance Capítulo 119

Laura Stevens –

Acordei com uma dor insuportável na cabeça, como se mil martelos estivessem batendo ao mesmo tempo.

Levei a mão à testa, sentindo o peso do próprio corpo, e só então percebi que não estava no meu quarto e ao abrir os olhos, encarei o teto branco, alto, que eu já conhecia.

O quarto de Christian.

Engoli em seco, sentindo o estômago revirar, e empurrei os lençóis para o lado.

Me sentei na beira da cama, respirando fundo, tentando organizar as ideias. A última coisa que me lembrava era do olhar dele, tenso, intenso, me colocando na banheira e dizendo que cuidaria de mim.

Me levantei devagar, ainda tonta, e andei em direção à porta, apoiando a mão na parede. Cada passo parecia pesar o triplo, mas eu precisei descer.

Precisava saber o que estava acontecendo e procurar por Christian.

Quando cheguei à sala, meus olhos bateram numa mulher que carregava uma bandeja com as coisas do café e assim que os olhos dela bateram nos meus, a bandeja caiu no chão e um grito ecoou por todo cômodo.

—Minha nossa senhora! – Gritou ela, levando as mãos na boca. —Não, não... isso não é possível...

Fiquei paralisada. Meu coração batia descompassado, e a dor de cabeça pareceu sumir diante do susto da reação dela.

Antes que eu conseguisse reagir, a porta se abriu com força, batendo contra a parede, e Christian entrou, ainda com roupa de corrida, suado e ofegante.

— Meire? — ele chamou, caminhando até ela, confuso. — O que aconteceu?

Meire tremia, ainda encarando meu rosto.

— Senhor Müller... eu... eu acho que estou ficando maluca.

Christian segurou o ombro dela com firmeza, mas com cuidado.

— Calma, o que foi? – Ele perguntou, fingindo não entender o que estava acontecendo. E então, Meire apontou para mim, com a mão trêmula.

— A moça... pensei que fosse a minha menina...

Ele então a cortou, firme, mas sereno.

— Meire, essa é Laura. Minha namorada — Disse Christian, sem desviar os olhos dos meus, como se quisesse reforçar aquilo para nós dois.

Meire piscou, ainda sem acreditar, mas respirou fundo, tentando se recompor.

— Ah... sim. Claro.

Dei um passo mais perto, com um sorriso contido, e estendi a mão.

— Muito prazer, Meire.

Ela me olhou por alguns segundos, até finalmente segurar minha mão de volta.

— O prazer é meu, querida.

Christian observava tudo, com o maxilar travado, como se estivesse pronto para intervir a qualquer momento, mas também aliviado por ver Meire tentar manter a compostura.

— Meire, pode deixar que eu cuido disso — ele disse, com a voz baixa. — Por favor, vai descansar um pouco, tudo bem?

Ela assentiu, ainda olhando para mim antes de se afastar lentamente, sumindo pelos corredores da casa.

Assim que ficamos sozinhos, Christian caminhou na minha direção, com o olhar intenso, atento a cada detalhe.

— Está bem — Disse ele com a voz rouca. — Mas vai fazer o que eu mandar. Vai descansar.

Assenti e ele passou o braço ao redor da minha cintura, me puxando para perto, apoiando a testa na minha por um breve momento.

— Não me assusta desse jeito de novo — sussurrou.

— Não vou — respondi no mesmo tom, fechando os olhos, sentindo o calor dele me envolver.

Ele ficou ali, me segurando firme, como se precisasse ter certeza de que eu estava realmente ali.

— Vamos subir — disse por fim, me guiando de volta para o quarto.

Enquanto subíamos as escadas, eu sabia que aquela aproximação significava mais do que qualquer palavra dita. Era como se ele, enfim, me aceitasse ali. Mesmo com as dúvidas, com os fantasmas do passado.

Quando entramos, ele fechou a porta com um movimento lento, sem pressa, e se voltou para mim, ainda me analisando em silêncio.

—Vamos, deite-se e descanse. Vou providenciar algo para você comer e enquanto isso, quero que se recupere. – Disse ele, com a voz autoritária, me ajudando a deitar.

Encostei o corpo nas almofadas e respirei fundo, já sentindo meu corpo relaxar e não demorou muito para que eu pegasse no sono.

De repente, ouvi o timbre de Christian baixo, me alcançando.

— Fala — Disse ele, com um timbre forte.

De repente, eu o ouvi soltar um suspiro forte e então, a ordem que me fez estremecer.

— Acabe com ele, mas sem deixar rastros, Mark. Nada que nos ligue a isso.

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