Casamento Secreto com o meu Chefe romance Capítulo 122

Laura Stevens -

Levei a mão ao peito, ainda sentindo o coração acelerado com o grito de Amanda. Olhei para Christian, que estava ao meu lado, tenso, já de pé.

— O que será agora? — murmurei, puxando o robe e saindo do quarto apressada.

Christian caminhava colado em mim, e ao chegarmos na sala, encontramos Amanda de pé, com os olhos arregalados, apontando para o notebook ainda aberto na mesa. Sophie também já estava ali, com os cabelos loiros desgrenhados e a cara de quem acabara de acordar.

— O que está acontecendo? — Perguntei, me aproximando e tentando ler o que havia na tela.

Amanda respirava ofegante, como se tivesse corrido uma maratona.

— Já está em todos os sites, Laura. Em todos! — ela exclamou, puxando o notebook para que eu visse melhor.

As manchetes saltavam aos meus olhos como socos:

"Escândalo: Filha de empresário envolvida em bordel de luxo com políticos influentes."

"Richard Thompson é acusado de lavagem de dinheiro; polícia encontra provas em investigação secreta."

Minhas mãos tremeram ao deslizar pelo touchpad, lendo a matéria completa. Cada detalhe que passamos a noite reunindo estava ali, escancarado para o mundo ver.

— Não pode ser... — Sussurrei, sentindo uma mistura de alívio e nervosismo.

Christian, atrás de mim, apoiou as mãos no encosto da cadeira e inclinou o corpo, lendo comigo.

— Bom trabalho, meninas. — A voz dele saiu baixa, mas com um leve tom de orgulho.

— Espera, olha isso! — Sophie apontou para o notebook. — Está passando na televisão também!

Corri até o sofá e peguei o controle, ligando a TV. No mesmo instante, o rosto de Richard apareceu na tela, cercado por policiais.

"Segundo fontes oficiais, a polícia apreendeu computadores, documentos e grandes quantias em dinheiro vivo na residência do empresário Richard Thompson. Informações indicam que há mais nomes envolvidos, inclusive figuras políticas e empresariais importantes. A operação continua em andamento e novas prisões podem acontecer a qualquer momento."

A repórter falava com tanta emoção que parecia ela mesma não acreditar.

As imagens mostravam policiais entrando e saindo da mansão de Richard, levando caixas lacradas, pastas, malotes com dinheiro. Vizinhos e jornalistas se amontoavam na frente da casa, tentando captar qualquer movimento.

Amanda bateu palmas, rindo nervosa.

— Meu Deus! Nós fizemos isso! — ela exclamou, e Sophie sorriu ao lado.

Christian cruzou os braços, o sorriso de canto já dominando o rosto, com um brilho malicioso no olhar.

— Eu aposto cinquenta dólares que até o final do dia vou receber ligações me perguntando se eu estou envolvido com eles. — falou com um tom divertido, afundando uma das mãos no bolso.

Amanda balançou a cabeça negativamente, contendo uma risada.

— Eles não têm ideia com quem estão lidando.

Amanda ainda olhava para a televisão, atônita, mas sorrindo.

— Se eu não estivesse vendo, não acreditaria.

Sophie cruzou os braços e encarou Christian com um sorriso divertido.

— Christian Müller, o cavaleiro das finanças, quem diria?

Ele apenas sorriu de canto, sem responder, e puxou o controle da TV, abaixando o volume, embora as imagens continuassem passando.

— Agora é esperar para ver o circo pegar fogo. — Murmurou ele, e depois olhou para mim, mais sério. — E manter você e o Nathan longe disso, Laura. Esse é o meu papel agora.

Engoli em seco, sentindo aquele olhar dele que sempre conseguia atravessar minhas barreiras. Mas havia um alívio no peito. Por um momento, parecia que estávamos vencendo.

Me sentei no sofá, puxando uma almofada para o colo, enquanto as notícias continuavam rodando na TV, e as mensagens explodiam nos celulares.

E, por um segundo, me permiti acreditar que, com Christian ao meu lado, talvez tivéssemos uma chance real.

— Então, Christian... — comecei, ainda sem tirar os olhos da tela. — Qual o próximo passo?

Ele se sentou ao meu lado, apoiando o braço no encosto do sofá, com aquele ar tranquilo que só ele conseguia manter no meio do caos.

— Agora, nós precisamos de um plano para a Norma e o Senhor Müller — disse com um meio sorriso. —Mas desses dois, eu mesmo cuido.