Ivy Hunter -
Aquela festa era uma cena tirada diretamente de um filme.
O som suave do violino misturava-se ao burburinho discreto dos convidados, todos elegantemente vestidos, com sorrisos impecáveis no rosto.
Cada detalhe brilhava em perfeição, desde as luzes penduradas no teto até o tilintar delicado das taças de champanhe.
Para mim, aquilo era quase surreal. Um mundo ao qual eu não pertencia.
Meus dedos deslizaram até a borda de uma travessa cheia de doces sofisticados. Quando estendi a mão para pegar um, uma voz masculina soou atrás de mim, carregada de humor:
— Tenho que admitir, você fica muito mais elegante com essa roupa do que com a de coelha.
Meu corpo travou no mesmo instante.
Engoli em seco e virei lentamente o rosto para encarar o homem ao meu lado. Ele me olhava com um sorriso presunçoso nos lábios, como se estivesse se divertindo com minha reação.
O calor subiu pelo meu rosto, queimando minhas bochechas. No mesmo instante, senti as náuseas me tomarem. Eu não sabia se era pela gravidez ou pelo pânico, mas tive que me segurar.
— O que…? — Minha voz saiu falha, mas me obriguei a me recompor. — Quem é você?
Na hora, eu só pensava em o que aconteceria se Christian descobrisse. Aquilo seria muito vergonhoso.
O homem riu baixo, inclinando-se levemente em minha direção.
— Mark. — Ele estendeu a mão, mas eu não me movi. — Você realmente não se lembra de mim?
— Eu deveria? - Perguntei o olhando atentamente.
Ele cruzou os braços e me olhou, soltando um riso como se estivesse se divertindo da minha situação.
— Eu estava no bar naquela noite. Vi tudo, você realmente não se lembra de mim?
— Que noite? — perguntei hesitante.
— A noite da briga. Você e seu ex causaram um belo espetáculo. - Disse ele me fazendo o olhar confusa.
Eu então, tampei minha boca. Será que era ele o pai do meu filho... Perguntei mentalmente, sentindo meu corpo congelar.
Eu respirei fundo e tentei tirar mais alguma coisa dele, antes de tomar minhas conclusões precipitadas.
— O que você sabe sobre isso?
— Só posso dizer que foi hilário ver os dois sendo expulsos depois de tudo. Foi bem… gratificante.
Naquele momento eu fiquei tensa.
— Expulsos? — repeti, cada vez mais perdida.
Ele inclinou a cabeça para o lado, como se estivesse tentando entender algo.
— Você não se lembra, não é?
Mark então apontou com a cabeça para o outro lado do salão, e eu segui seu olhar.
Meu coração quase parou.
Christian estava ali. Alto, impecável, emanando autoridade. Seu olhar estava sério sobre uma mulher que parecia não estar lhe proporcionando uma conversa agradável.
E então, a voz de Mark me trouxe de volta.

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