Christian Müller –
Fomos conduzidos a uma sala ao lado, onde o delegado nos pediu que aguardássemos.
O ambiente era frio, com paredes brancas e uma mesa de metal no centro. Me sentei de um lado, enquanto Andressa ocupava a cadeira oposta, evitando meu olhar.
Momentos depois, o médico entrou na sala, carregando um envelope pardo.
Ele se posicionou ao lado do delegado e começou a relatar os resultados dos exames.
— Após a realização dos exames, constatamos que a senhorita Andressa sofreu agressões físicas recentemente. Além disso, encontramos vestígios de espermas e DNA que correspondem ao senhor Christian Müller, mas não completamente. — Informou o médico, com voz profissional.
Senti um frio percorrer minha espinha. Como poderia haver vestígios do meu DNA nela? Mantive a expressão séria, aguardando mais esclarecimentos.
O delegado prosseguiu:
— Por outro lado, nos exames realizados no senhor Müller, não encontramos qualquer vestígio que indique contato físico ou atividade sexual nos últimos cinco dias, ainda mais como a senhorita alegou.
Andressa franziu o cenho, claramente desconcertada com a informação.
O delegado então puxou um documento da pasta e o colocou sobre a mesa.
— Temos aqui um mandado de busca e apreensão para a residência da senhorita Andressa. Nosso objetivo é verificar se há evidências de um relacionamento abusivo ou de alguém que possa tê-la ajudado a forjar provas contra o senhor Müller. Nossas equipes estão a caminho da sua residência neste momento. — Declarou ele, com firmeza.
Andressa empalideceu e suas mãos começaram a tremer.
— Além disso, senhorita Andressa, você está sendo formalmente acusada pelo envolvimento na morte de Ivy Hunter. — Acrescentou o delegado, observando-a atentamente.
Ela se levantou abruptamente, derrubando a cadeira.
— Ivy não está morta! Ela está fingindo outra identidade! — gritou, apontando para mim.
Mark, interveio com calma.
— Senhor delegado, aqui estão os registros que comprovam que Ivy Hunter está morta. Meu cliente está atualmente com a senhorita Laura. Aqui estão a certidão de óbito de Ivy e os documentos de identidade de Laura. — disse ele, entregando os papéis ao delegado.
O delegado examinou os documentos e assentiu.
— Entendo. Senhorita Andressa, a partir deste momento, você está proibida de deixar o estado enquanto estiver sob investigação. Até que os resultados completos dos exames sejam concluídos, o senhor Müller é considerado inocente e está liberado. — Afirmou ele, com autoridade.
Me levantei, ajustando o paletó, e lancei um último olhar para ela, antes de cumprimentar os policiais e o delegado com um aceno de cabeça, saindo da sala em seguida.
Fomos embora de lá e assim que chegamos e casa, ao passar pela porta, fui imediatamente envolvido pelos braços de Laura, que correu ao meu encontro.
— Christian... – Disse ela com sua voz embargada, me apertando em seus braços.
Amanda, que ainda estava presente na sala, assentiu com a cabeça, acrescentando:
—Tinha que ver o quanto Laura estava preocupada. Ela não parou de andar de um lado para o outro o dia todo.
Respirei fundo, permitindo que a tensão do dia começasse a se dissipar enquanto olhava ao redor. Dominic aproximou-se, fornecendo uma atualização da situação.
— Todos foram descansar. Emitimos uma nota oficial desmentindo as acusações e também divulgamos informações sobre o baile.
Amanda completou:
— Eu também senti sua falta, campeão. E prometo que não vou mais me separar de você, nunca mais. – Falei ainda o mantendo em meus braços.
Laura se juntou a nós, nos envolvendo em um abraço coletivo.
De repente, Amanda respirou fundo e falou.
— Ah, vamos jantar pizza. Não sabíamos quando você voltaria e não estávamos a fim de cozinhar hoje.
Laura olhou para o celular, franzindo a testa.
— Falando nisso, Sophie está demorando com as pizzas. O que será que aconteceu? Vou ligar para ela.
Assim que ela falou, pegou o telefone e ligou para Sophie, formando uma carranca no rosto.
— Vou tomar um banho, tirar esse peso de delegacia. Qualquer coisa me avisem. – Falei me movendo em direção ao quarto. Da porta ouvi Laura e Amanda resmungarem
—Que estranho, ela desligou o telefone? – Perguntou Amanda. —Ela não faria isso, ainda mais com tudo o que está acontecendo.
—Concordo. Tente de novo que eu também estou tentando aqui! – Respondeu Laura.
Entrei no quarto e antes que eu pudesse me despir, ouvi um grito choroso vindo de Laura.
—NÃO PODE SER! – Gritou ela me fazendo correr de volta até a cozinha. Assim que cheguei perto, a cena era deplorável, ela estava sendo segurada por Dominic e naquele instante, eu já adivinhei o que houve.
—Merda!

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