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Casamento Secreto com o meu Chefe romance Capítulo 138

Christian Müller –

O barulho do celular tocava insistentemente, ecoando por todo o quarto.

Eu estava deitado, com Laura alinhada no meu peito, admirando seus lindos traços, considerando ignorar aquela maldita ligação que nos atrapalhava, mas infelizmente ela não parava.

Respirei fundo e me levante, indo atender ao telefone.

Na tela, o nome "Sr. Wilians", o advogado principal do Grupo Müller, brilhava com insistência.

Franzi o cenho. Se ele estava ligando a essa hora, não era algo bom.

Atendi, levando o celular ao ouvido, enquanto Laura se ajeitava no colchão, me observando com os olhos semicerrados.

— Wilians? O que foi? — Minha voz saiu grave e arrastada de sono.

Do outro lado, a voz do advogado soou tensa, apressada:

— Senhor Müller, me desculpe pela hora, mas... precisamos que o senhor venha para a empresa. Agora. É urgente.

Minha expressão se fechou, e Laura percebeu, passando a mão em meu braço de forma reconfortante.

— O que está acontecendo? — Perguntei, a mandíbula já travada.

— Não posso explicar por telefone, senhor, mas é grave. O presidente Roger Müller está aguardando, e todos os diretores também. A situação não pode esperar.

Fechei os olhos por um segundo, respirando fundo, e levei a mão aos cabelos, deslizando os dedos com força.

— Estarei aí em uma hora. — Finalizei, antes de desligar.

Laura se aproximou mais, me olhando com preocupação.

— Aconteceu alguma coisa?

—Sim. O nosso plano deu certo. Conseguimos atingir o império Müller. – Falei me levantando, virando para a olhar. —Fique aqui que eu resolvo isso e volto mais tarde.

Caminhei até o meu closet para pegar um terno, me vesti e sai do quarto já alertando Mark, que logo se levantou para me acompanhar.

Cheguei ao prédio principal do Grupo Müller com passos firmes, os olhos ocultos atrás dos óculos escuros, a expressão fechada e inabalável. O clima ali dentro era o mesmo de sempre quando uma bomba estourava: olhares baixos, cochichos e tensão no ar.

Henrique Wilians me esperava na recepção dos elevadores, visivelmente nervoso.

— Senhor Müller, obrigado por vir tão rápido.

— Não me agradeça ainda. — Respondi frio, tirando os óculos e o encarando com dureza. — Agora me diga... o que está acontecendo?

Ele pigarreou, ajustando a gravata, antes de começar a andar ao meu lado.

— Tivemos... um problema grave. Um escândalo envolvendo Arthur foi apenas a ponta do iceberg. A empresa está afundando, Christian. As ações despencaram, e investidores importantes estão retirando suas apostas. O nome da família está sendo massacrado na mídia e nos bastidores.

Arqueei uma sobrancelha, caminhando em direção à sala de reuniões.

— Não é o nome da família que está sendo atacado. É Arthur e Roger. O que vocês esperam de mim?

Ele respirou fundo, parando diante da porta.

— Que o senhor assuma o comando total, publicamente. Precisamos de uma figura forte e respeitada para acalmar o mercado. E, mais do que isso... o senhor vai precisar colocar dinheiro na empresa. Muita. — Wilians me olhou com um peso no olhar. — Ou vamos desmoronar.

— Eu disse que só assumiria a parte que era do meu avô. A parte que minha mãe ajudou a construir com tanto suor. O resto? Resolva você, Roger.

Ele bateu a bengala no chão com força, o som ecoando pela sala.

— Christian! — Gritou.

Meu sorriso aumentou, satisfeito. Me aproximei dele, apoiando os punhos na mesa.

— Por dezoito anos eu comandei a parte mais lucrativa do Grupo Müller. Dez anos sem dar um único motivo de vergonha. A única mancha no meu nome foi a morte da minha esposa. E até onde eu sei, isso também tem mais coisa por trás, não tem?

A sala mergulhou num silêncio pesado.

— E agora, depois de tudo, você vem me pedir ajuda? Você, que sempre disse que eu não era capaz, que nunca seria digno de herdar esse império? — Apontei o dedo na cara dele, firme. — Pois parece que, no fim das contas, sou o único que pode salvar esse nome que você acha que construiu.

Me virei, caminhando até a porta.

— Vamos perder os investidores! — Roger gritou, batendo a bengala com ainda mais raiva. — Estamos na zona vermelha, Christian! Precisamos de você!

Parei com a mão na maçaneta, respirando fundo, antes de olhar por cima do ombro, o olhar frio como gelo:

— Sabe o que é, Roger? Eu estou ocupado. Ocupado lambendo as feridas da minha esposa.

Sorri, satisfeito ao devolver a frase, vendo o desespero dele estampado no rosto.

— Boa sorte com os seus problemas, eles não me diz respeito. – Falei saindo da sala, o deixando lá, provavelmente possesso de raiva, ao lado de seu cachorrinho.

Eu sabia que a preocupação dele não era o nome Müller e sim, sobre as coisas que seriam desenterradas daqui para frente.

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