Entrar Via

Casamento Secreto com o meu Chefe romance Capítulo 139

Laura Stevens –

A nossa vingança ainda estava indo com toda intensidade. E dessa vez, meu alvo para a humilhação era Norma Müller. E ela, nada melhor do que atingir o ponto da luxúria e ganância.

Assim como o filho, buscar Norma também era fácil, só ir à loja “Orange Seduccion”, no shopping.

A loja de grife mais famosa da cidade estava impecável como sempre, com vitrines reluzentes e peças únicas, que mais pareciam joias do que simples roupas. Maria e eu caminhávamos entre os cabides como se aquilo fosse parte natural do nosso dia a dia.

Ela observava os vestidos com aquele olhar atento de quem sabia o valor de um bom tecido, enquanto eu me perdia nos brilhos e bordados espalhados por todos os cantos.

E então, começamos com a atuação.

— Menina, você viu o tema do baile da Müller & Companhia deste ano? — comentei, tentando conter minha empolgação enquanto passava a mão por um vestido dourado simplesmente espetacular. — Eu já vou comprar a minha fantasia, não quero deixar para a última hora.

Maria sorriu com aquele ar de madame poderosa, ajustando os óculos escuros no rosto com delicadeza.

— Eu já escolhi a minha fantasia, querida. Hoje eu vim buscar o vestido da minha filha. — respondeu ela, apontando para um modelo deslumbrante, todo bordado com pedras cintilantes.

— Este vestido está um escândalo, Helena. — comentei, me afastando um pouco para ver outros modelos. Então, de repente, um brilho diferente chamou a minha atenção. — Espere... aquele ali não é edição limitada?

Perguntei, baixando um pouco o tom de voz enquanto me aproximava da peça. Antes que eu pudesse tocar o tecido, uma mão com unhas pintadas de vermelho-carmim chegou primeiro.

— Atendente, quanto está essa maravilha? — perguntou a mulher ao nosso lado, com um tom arrogante que eu reconheceria em qualquer lugar. Era Norma, tão artificial quanto suas unhas.

A atendente, sempre educada e com um sorriso polido, respondeu sem hesitar:

— Oitocentos, senhora.

Normanda sorriu com ar de superioridade, cruzando os braços.

— Nossa, tão barato. Será mesmo uma edição limitada? – Perguntou Norma com aquele ar de poder, sorrindo, torcendo os lábios. —Nossa, vocês costumavam trabalhar com peças de mais qualidade aqui. Não o quero mais.

A atendente olhou para nós e ao ver que mantínhamos os olhos nela, respondeu educadamente, sem perder a linha.

— Oitocentos mil, senhora.

Eu precisei conter um riso, mordendo o canto dos lábios, enquanto trocava um olhar divertido com Maria.

Norma pareceu ter engasgado por um segundo, mas logo torceu a boca tentando disfarçar, e eu aproveitei para me aproximar ainda mais do vestido, deslizando os dedos pela barra delicada.

— Eu vou levar. — Declarei com um sorriso contido e elegante.

Norma me olhou com um misto de surpresa e indignação, como se não acreditasse no que tinha acabado de ouvir.

Sem perder o tom, ela se virou para nós, mostrando interesse.

— Sobre o baile que vocês estavam falando... Como conseguiram o convite?

Eu respirei fundo, abrindo um sorriso de leve, levando a mão aos lábios como quem guardava um grande segredo.

— Ah, querida...Meu marido recebeu pessoalmente. Este Christian Müller foi muito gentil em nos visitar. – Fingi, vendo-a cair nas minhas palavras.

Helena pegou o tom da conversa imediatamente e completou com naturalidade:

Maria, ao meu lado, já havia pegado o celular e fingia atender uma ligação, com o aparelho estrategicamente posicionado para filmar discretamente o momento.

— Ah, claro, claro. Passe este outro. — A voz de Norma tremia levemente, embora ela tentasse manter a pose.

Mais um bipe, mais um silêncio.

— Também não foi autorizado, senhora. — A atendente informou, sem alterar o tom, mas já um pouco incomodada.

Maria disfarçava o riso enquanto "falava ao telefone", filmando com maestria a cena lamentável.

— Espere, tenho mais um... — Norma insistiu, mas o nervosismo dela já estava visível em cada gesto.

Respirei fundo, ajeitando minha bolsa no ombro com um sorriso satisfeito.

— Helena, vamos? Quero tanto te mostrar aquele restaurante novo, maravilhoso. — falei alto o bastante para que todos escutassem, lançando um último olhar para Norma.

— Vamos, querida. — respondeu Helena, sorrindo ao "atender" o telefone, fingindo estar em uma conversa casual.

Dei uma última olhada para trás, vendo Norma desesperada revirando a bolsa em busca de mais um cartão. Eu e Maria nos olhamos e tocamos nossas mãos, pelo plano ter dado certo.

—Laura...e esse vestido? Você já tem um desse.

Eu a olhei e sorri.

—Não vou usar o meu, pra você poder usar o seu! – Falei a estendendo o pacote. —Esse baile promete.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Casamento Secreto com o meu Chefe