Laura Stevens – (18)
Quando cheguei em casa, ainda com aquele sorriso no rosto, me joguei na cama com o vestido novo ao lado, como se fosse um troféu. A cena de Norma tentando passar todos os cartões e falhando miseravelmente não saía da minha cabeça.
Aquilo sim foi um espetáculo à parte.
Mas o melhor ainda estava por vir.
Eu já estava confortável, deitada, com um livro aberto nas mãos, tentando ler alguma coisa — embora minha mente ainda estivesse presa à loja — quando ouvi o barulho da porta do banheiro se abrindo.
Christian saiu, com o corpo ainda molhado; me dando a visão das gotas deslizando pelo peitoral definido, os músculos rígidos marcados... e aquela toalha branca, amarrada na cintura, mais parecendo um convite.
Automaticamente, mordi o lábio inferior, incapaz de disfarçar o olhar que descia lentamente pelo corpo dele.
Ele sorriu de lado ao me o encarando, deixando seus olhos perigosamente voraz.
— E aí, amor... — ele começou a falar com a voz rouca, enquanto andava até o closet, pegando a camisa em câmera lenta, como se fizesse de propósito. — Como foi o seu dia?
Fechei o livro devagar, mantendo o olhar nele. Me ajeitei na cama, me sentando com as pernas cruzadas, em total pose de quem sabia exatamente o efeito que causava.
— Ah, meu dia? — sorri de canto, brincando com a ponta do lençol. — Digamos que foi... muito divertido.
Christian arqueou uma sobrancelha, ainda com aquele sorriso no canto dos lábios. E em vez de vestir a camisa, veio em minha direção, largando a peça no caminho.
— Engraçado... — Ele murmurou, parando bem à minha frente, com aquele corpo perfeito, tão perto que eu podia sentir o calor da pele dele. — E o que, exatamente, aconteceu de tão divertido?
Ele se inclinou levemente, aproximando o rosto do meu e antes que eu pudesse responder, pegou minhas mãos com firmeza e as levou direto ao seu abdômen molhado, me fazendo tocar cada centímetro de músculo definido.
— Me conta, amor... — sussurrou Christian com aquele humor malicioso, mantendo os olhos fixos nos meus. — Estou curioso.
Passei as mãos devagar pela pele quente dele, sentindo cada detalhe e ergui o olhar, mordendo o lábio com aquele sorriso travesso que ele adorava.
— Tem certeza... — perguntei, com a voz baixa e provocante — de que quer mesmo conversar?
Christian soltou um riso rouco. Seus olhos estavam escurecendo enquanto me olhava de cima, como um predador encarando a presa.
— Ah, é? — Ele se abaixou lentamente, ficando no nível dos meus olhos, com o rosto tão perto do meu que eu podia sentir a respiração quente dele no meu pescoço. — E o que você quer fazer, amor?
Ele deslizou a ponta do nariz pela minha bochecha até chegar ao meu ouvido, mordendo de leve o lóbulo da minha orelha, me arrancando um arrepio imediato.
Segurei o rosto dele com as duas mãos, puxando devagar para me encarar.
— Eu quero... — murmurei, aproximando ainda mais nossos lábios, roçando devagar, apenas para provocá-lo. — Te mostrar o quanto foi divertido ver a sua madrasta quase se rasgando de ódio.
Christian deu uma risada baixa, pegando minha cintura com força e me puxando para mais perto, até que eu estivesse praticamente sentada no colo dele.



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