Casamento Secreto com o meu Chefe romance Capítulo 142

Laura Stevens –

Meu coração batia tão forte que eu podia ouvir o som em meus ouvidos.

Olhei para Christian, impecável ao meu lado, em um terno negro sob medida, a gravata alinhada com perfeição, o cabelo penteado para trás, os olhos sérios e atentos a cada detalhe.

Sua mão tocou a minha delicadamente, entrelaçando nossos dedos com firmeza

— Está pronta? — ele perguntou com a voz baixa, porém firme.

Assenti, com um leve sorriso.

Ele me olhou por um segundo, e, ao chegarmos diante das enormes portas do salão, as portas se abriram com um som majestoso.

O salão inteiro, estava cheio de pessoas. A música clássica ecoava por todo o ambiente e o som de taças tilintavam junto as risadas falsas das pessoas que estavam lá almejando pela mesma coisa.

Assistir de pé a desgraça dos poderosos.

No instante em que nossos pés cruzaram a soleira, o salão silenciou por um momento, como se todos tivessem prendido o ar.

Eu senti os olhos nos seguindo, analisando, admirando... temendo.

Éramos como dois vultos perfeitos de preto. Como um casal saído das sombras. A mulher e o homem mais enigmáticos daquela noite.

Logo atrás de nós, o segundo casal surgiu: Mark e Amanda.

Ele de terno cinza chumbo, impecável, com a máscara pérola que refletia a luz suavemente. Amanda, com um vestido prata, profundamente decotado, cravejado de pedras que cintilavam como estrelas. Seus cabelos soltos em ondas, e a máscara também pérola, adornada com plumas brancas.

Em seguida, Dominic e Maria surgiram, com a mesma imponência.

Dominic vestia o terno preto com detalhes dourados, impecável. Maria, em um vestido dourado, colado ao corpo, com alças formadas por correntes de ouro que deixavam as costas completamente nuas, fazendo todos os olhares masculinos se virarem para ela.

A máscara dourada escondia apenas parte de seu rosto, e as plumas tremulavam levemente quando ela se movia.

Três casais. Três pares de predadores em meio às presas.

Caminhamos lentamente, cada passo marcado, com movimentos elegante e sincronizado, selando nossa presença imponente.

Podia sentir os olhares grudados em nós, sussurros sendo trocados, como se perguntassem: Quem são eles?

Christian se aproximou do meu ouvido, e murmurou com um sorriso discreto

— Perfeita.

Meus lábios se curvaram de leve, disfarçando a tensão que corria em minhas veias.

Quando nos separamos, os homens seguiram para o canto onde os representantes e empresários conversavam em rodas discretas, enquanto eu, Amanda e Maria nos misturamos à multidão, nossas escutas ativadas, captando tudo o que nossos parceiros diziam, e permitindo que eles ouvissem o que víamos.

— Olha aquele, de casaco azul, com a bengala... — sussurrei, com um sorriso no rosto, como se estivesse apenas comentando sobre a festa.

— Sim, já estamos de olho. — respondeu Mark, direto no ponto.

Maria, com um sorriso afiado, resmungou:

— Essa festa tá cheia de rato disfarçado de gente rica.