Laura Stevens –
Me mantive andando com leveza, embora dentro de mim o coração martelasse como um tambor de guerra.
Christian seguia me observando de longe, atento, protetor. Mas aquilo... aquilo era algo que eu precisava fazer sozinha.
Meus olhos cravaram em Andressa, parada ao lado do bar, rindo forçadamente com um grupo de mulheres que a rodeavam, como abelhas ao redor da colmeia. Mas eu sabia... por trás daquela máscara luxuosa, cravejada de cristais, ela continuava a mesma víbora venenosa de sempre.
Então, vi quando ela pegou a taça de champanhe, levando os lábios com um ar afetado, os olhos correndo pelo salão como se buscasse outra vítima.
Quando terminou a bebida, se afastou do grupo, caminhando com passos calculados em direção ao corredor lateral, o mesmo que levava ao banheiro feminino.
Apertei a taça nas mãos, respirando fundo.
— É agora. – Sussurrei.
— Vai com calma, amor. — A voz grave de Christian respondeu, embora eu soubesse que ele odiava não estar ao meu lado naquele momento.
— Estamos de olho em você. — Amanda completou, firme.
Me aproximei do corredor e, quando ela entrou no banheiro, contei até três antes de segui-la.
O ambiente interno estava vazio, o som abafado da festa ficando distante.
O eco dos meus saltos no piso de mármore preenchia o espaço, misturado ao som da água corrente na torneira.
Tirei o meu fone o jogando ao lado no chão e quando passei pela porta, foi como cair numa armadilha.
um movimento rápido, Andressa girou, batendo a porta atrás de mim com um estrondo que ecoou nas paredes de espelho, me encurralando ali dentro.
— Eu sabia que uma hora você apareceria. — disse ela, me encarando de cima a baixo, com um sorriso cínico. — Mas confesso que não achei que teria coragem de colocar os pés aqui depois de tudo o que aconteceu.
Dei um sorriso frio, tirando a máscara devagar, com calma.
— É... eu não queria perder a chance de olhar para essa sua cara de vadia doente.
Andressa riu, se aproximando um passo, erguendo o queixo com arrogância.
— Acha mesmo que me causa medo, Laura? Ou devo te chamar de Ivy? — ela sorriu, venenosa, fazendo menção de tocar meu cabelo, mas eu dei um tapa a fazendo baixar a mão. E então, Andressa cerrou os dentes. — Você deveria ter ficado no buraco de onde saiu.
Dei mais um passo, ficando tão próxima que podia sentir a respiração dela.
— O problema, Andressa, é que o seu plano não deu certo. Você falhou miseravelmente e olha onde foi parar? No mínimo dormiu com algum rico para estar aqui hoje a noite.
Assim que falei, ela fechou as mãos com força, ameaçando me dar um tapa, mas eu a segurei.
—Você ia mesmo me bater? – Falei soltando um riso, me virando e indo até a pia, lavar a minhas mãos enquanto a encarava pelo reflexo.

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