Casamento Secreto com o meu Chefe romance Capítulo 145

Christian Müller –

O som das algemas se fechando ao redor dos pulsos de Roger, Arthur e Norma ecoou pelo salão como um martelo cravando a sentença final.

A multidão murmurava, chocada, enquanto os três eram puxados pelos policiais, se debatendo, tentando escapar do inevitável.

Roger urrava protestos, Arthur xingava entre dentes, e Norma... ah, Norma se desesperava como um rato encurralado.

Um a um, os convidados começaram a sair, alguns às pressas, outros em silêncio, temendo serem os próximos. Eu observei cada um deles com frieza. As máscaras estavam caindo.

E então, o delegado se virou para mim, ajustando a postura rígida.

— Senhor Müller, preciso que o senhor e sua esposa compareçam à delegacia para prestar depoimentos.

Laura respirou fundo ao meu lado. Seu corpo estava tenso, mas seus dedos continuavam firmes ao redor do meu braço. Ela assentiu antes mesmo que eu falasse.

— Estaremos lá. — Respondi o vendo assentir e se virar.

Ele sinalizou para sua equipe e se retirou, levando consigo os três prisioneiros algemados. Assim que as portas se fecharam, o silêncio dentro do salão pareceu pesar.

Laura e eu trocamos um olhar.

Ela piscou lentamente, deixando escapar um suspiro trêmulo, como se só agora seu corpo processasse tudo.

Estava feito.

Pousei a mão em sua cintura e a conduzi para fora. No caminho, nenhum dos poucos convidados restantes ousou nos encarar. Eles sabiam.

No carro, Laura se sentou ao meu lado no banco de couro, deixando seus ombros relaxando levemente. O motor roncou quando liguei o veículo, e por alguns minutos, não dissemos nada. Apenas ouvimos nossa própria respiração, sentindo o peso do momento.

Ela virou o rosto para mim.

— Acabou... — sua voz soou baixa, quase como um sussurro. Apertei o volante, soltando uma risada seca pelo nariz.

— Quase. Só vai acabar quando eles estiverem atrás das grades.

— Você não está feliz? – Perguntou ela, com dúvidas.

Lancei um olhar de canto para ela, encontrando seus olhos cansados, mas intensos.

— Feliz? — soltei um suspiro. — Laura, eu esperei anos por isso. Mais do que felicidade, sinto um alívio... e uma sede insaciável por justiça.

Ela assentiu, absorvendo minhas palavras.

O celular vibrou no painel.

Olhei rapidamente para o visor, mas antes que eu pudesse atender, um dos seguranças atendeu a chamada pelo sistema interno.

— Senhor Müller! — A voz do outro lado estava carregada de desespero.

Imediatamente, meu corpo se enrijeceu.

— O que foi?

— Andressa... ela atirou em um dos nossos e fugiu!

Meus dedos se fecharam ao redor do volante.

— O quê? — minha voz saiu como um rosnado.

Laura arregalou os olhos, se virando para mim em um sobressalto.

— Como uma mulher conseguiu driblar uma equipe inteira de segurança?! — exigi, sentindo a minha paciência se esvair rapidamente.

O segurança engoliu em seco do outro lado da linha.

— Senhor... ela... ela começou a falar sobre uma suposta gravidez. Disse que esperava um filho seu.

O ar no carro ficou pesado. O coração de Laura parou por um segundo. O meu também.

— Repita. — Ordenei, deixando minha voz sair fria como gelo.

— Ela disse que estava grávida... e os seguranças hesitaram em encostar nela, senhor.