Christian Müller –
O silêncio no carro era pesado, apenas o som dos pneus cortando a estrada preenchia o espaço entre mim e Laura.
Meu coração martelava no peito, minha mente processava cada possibilidade, cada erro que poderia custar a vida do meu filho.
Assim que os faróis iluminaram a entrada da casa, Amanda surgiu na porta, correndo na nossa direção.
Parei o carro bruscamente e saí, vendo Laura fazer o mesmo ao meu lado. Amanda parecia assustada, o rosto pálido de preocupação.
— Christian, o que está acontecendo?
Não respondi. Minha atenção estava completamente voltada para Laura.
Ela respirava com dificuldade, seus olhos estavam brilhando com uma mistura de medo e determinação.
Me aproximei dela, segurando seu rosto com firmeza.
—Christian...- Ela chamou e eu já sabia o que ela queria dizer. Balancei a cabeça em negação, olhando-a nos olhos.
— Eu vou sozinho e trarei nosso filho comigo.
Os olhos dela se encheram de lágrimas.
—Me promete? – Perguntou ela, deixando algumas lágrimas escorrerem pelo rosto.
—Nem que seja a última coisa que eu faço nessa vida! – Falei com firmeza, levando o olhar para Amanda, que já sabia o que fazer.
Ela se aproximou de Laura e abraçou os ombros dela, ainda mantendo os olhos com dureza para mim.
—Vamos entrar, ele sabe o que está fazendo. – Disse ela, virando Laura para entrarem.
Arranquei com o carro, acelerando como se minha própria vida dependesse disso. E, de certa forma, dependia.
Nathan era meu sangue, meu filho.
Eu nunca havia sentido um medo tão paralisante antes. A possibilidade de perdê-lo queimava dentro de mim, alimentando uma raiva infinita.
Minha mão se fechou ao redor do volante, enquanto a outra tocou no painel, acionando a chamada.
O telefone tocou duas vezes antes de ser atendido.
— Nossa, para o seu filho você me procura rapidinho, né? — Andressa soltou uma risada sarcástica, com o tom carregado de veneno.
Cerrei os dentes, obrigando minha voz a sair controlada. Não podia perder o foco agora.
— Onde ele está? – Perguntei fingindo estar calmo.
— Aquele pirralho? — ela zombou. — Tem certeza de que ele é mesmo seu filho?
Minhas mãos apertaram o volante até os nós dos dedos ficarem brancos.

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