Laura Stevens –
Ao ouvir aquelas palavras, Linda tentou me empurrar, mas minha paciência já estava esgotada. Sem hesitar, minha mão voou novamente, acertando seu rosto com ainda mais força.
O estalo do tapa ecoou pelo corredor.
Dessa vez, ela cambaleou para trás, segurando a bochecha vermelha, os olhos arregalados de choque.
— Você perdeu o juízo?! — Ela gritou, deixando sua voz transbordando de ódio.
Eu avancei, empurrando-a contra a parede. Meu rosto estava a poucos centímetros do dela. Meu coração martelava dentro do peito e a raiva queimava no meu sangue.
— Perdi o juízo no instante em que você ousou tocar no que é meu! — Minha voz saiu baixa, perigosa. — Você passou a vida inteira tentando roubar o que nunca te pertenceu e agora, acha que é a certa por aqui?
Ela bufou, tentando se livrar do meu aperto, mas eu não deixei e então, continuei a falar.
— Primeiro foi Henri. Depois, você se jogou para cima do Christian. E quando não conseguiu nenhum dos dois, tentou Arthur. — Rosnei, apertando ainda mais seus braços. — E, como se não bastasse, sequestrou o meu filho!
Seus olhos faiscaram, mas eu não dei espaço para ela se defender.
— Você é podre, Linda. Uma parasita. Sempre tentando pegar o que é meu, sempre querendo se infiltrar na minha vida.
Ela riu com escárnio, mas eu vi a hesitação por trás daquela falsa confiança.
— Engraçado você falar isso. Parece que está assustada, Laura. Tem medo de mim, é? – Perguntou ela com ironia na voz.
E então, eu soltei um riso. Minha risada foi fria, carregada de desprezo.
— De você? Medo? — Me inclinei ainda mais, deixando que ela sentisse a fúria crua nos meus olhos. — A única coisa que eu sinto por você agora é nojo. Você não passa de um verme rastejante que sobrevive à custa dos outros.
Ela tentou se soltar de novo, mas eu a empurrei contra a parede, fazendo seu corpo se chocar com o concreto.
— Dessa vez, Linda, você foi longe demais. — Minha voz saiu baixa, cortante. — Você mexeu com o meu filho! Você o arrancou de mim, o fez passar medo. Você ainda tem a coragem de vir até aqui para conferir o estrago que fez. Você é mesmo doente.
O rosto dela se contorceu em uma expressão de desprezo, mas eu vi o brilho de nervosismo em seus olhos.
— Eu devia quebrar cada um dos seus ossos por isso.
Ela arregalou os olhos.
— Você não teria coragem. Você não mata nem uma formiga, querida Ivy!
— Quer tentar? Diga mais uma palavra, tente mais alguma coisa e eu juro que você vai sair daqui carregada.
O silêncio pesou entre nós.

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